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segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Nuances de vida


Nada mais acontece -

Neste meu supremo mundo distorcido.

Lá fora é cinzento e abstrato -

E as pessoas o enxergam como se fosse perfeito.

Já o meu aqui é meio claustrofóbico.

Agoniza junto comigo e não sei até quando vou suportar -

Eu pairo sobre este lugar com cheiro de cinzas.

Eu permaneço sob o recinto feito uma estátua quebrada.

Não quero que junto os meus pedaços -

Prefiro os cacos ao chão.

Não quero viver neste mundo -

Não quero me acostumar com o que acho feio.

O belo é o que sou -

E também o que mais desejo.

O meu tesão é a alça que me joga para longe.

Não quero a feiura que todos pintam em ordem aleatória -

Prefiro a minha bagunça com cores sobrepostas,

Criando outras nuances de vida.


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