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quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Ser efêmero

 

Cada indivíduo é um ser,
Possuindo conhecimento ou não –
Tem a sua conexão com o Universo,
Trazendo consigo experiências terrenas.

O seu olhar é limitado,
Enxergando apenas o restrito.
Diferente dos despertos,
Que possuem uma visão amplificada –
Pelo Universo,
Atravessando as galáxias.

A expansividade,
A curiosidade pelo conhecimento,
Causa-lhe atração.
Fazendo com que adquira o aprendizado,
A partir daquilo que vive.

Todos nós sabemos,
Que a vida na Terra não é fácil.
Ainda mais com o decorrer:
Dos dias, meses e anos.
A humanidade –
Transformou o Planeta Terra,
Em modo de expiação,
Com as escolhas mal sucedidas.

Nem tudo deveria ser sofrimento,
Porém, a ganância e o poder,
Trazem consequências.
Mesmo desfrutando de prazeres,
Há um lado sombrio por detrás.

Os recursos -
Que a Natureza nos oferece,
Deveriam ser compartilhados igualmente.
Com a consciência do equilíbrio,
No entanto, são desperdiçados.
O homem é um ser efêmero,
Moldado no egoísmo -
Alienado pelo agir por causas inexplicáveis.

Somente a comunhão,
O pacto pelo bem estar comum.
Fará com que tenhamos um motivo,
Para continuar existindo –
E coexistirmos com a imensidão.

Ostentação nefasta

 


A humanidade:
Seres servis.
Procriando-se em alta demanda,
Transformando a experiência em hostil.

A grande maioria sem o menor resquício,
De consciência.
Destruindo o que encontra pela frente,
Em prol do desmedido capitalismo.
Ostentando o poder e a ganância,
De modo descrente.
Como sobreviver neste lugar incrédulo?

Uma luta desleal,
Onde o mal convence muito mais,
De maneira perspicaz.
Em tamanha ousadia,
Não há sacrifícios.

As fake news,
Espalhando-se feito rastilho de pólvora.
Atingindo a cada um de nós,
Sem piedade.
A compaixão e o respeito,
Riscados do vocabulário.

O que presenciamos é o caos,
O desmantelo –
Da sociedade hipócrita,
Vestindo-se de falsa burguesia.
Uma luta desleal,
Eterno cabo de guerra -
Promovendo atrocidades.

No meio dessa batalha campal,
Do governo o aval.
A população sofrida,
Do básico desprovida.

Como ponderar a ressignificação?
Do Estado sem ponderação,
Que tenta resolver o inevitável –
Na ponta do fuzil,
Promovendo o derramamento de sangue inocente –
Por motivo fútil,
O mártir na contramão da razão.

Ordens nefastas,
Comemorando o mal agouro.
Tempestade sombria,
A realidade fugindo de nossas mãos.

Vazio existencial

 

Ostentação -
É o luxo estampado na cara.
Postado na tela,
Disfarçando o vazio existencial.
Na corrida por like,
Gerando engajamentos.

Redes sociais -
Novo modo de viver.
Os sentimentos deixados de lado.
Humanidade robotizada,
Agindo mecanicamente.
O prazer incendiado na carne,
O gozo na alma –
Arrefecendo o essencial,
Perdendo-se os valores.
A maldade salivando pelos hates,
Fazendo escorrer o sangue.
Vísceras expostas,
Sadomasoquismo social:
A polarização na vida real.

A quem se submeta ao metaverso dimensional,
A realidade fundindo-se com o virtual.
Mentes doentias,
Impregnadas pelo sarcasmo.
A violência gratuita,
À troco de nada.
Pensamentos divergentes,
O antagonismo da ascensão.

A humanidade –
À passos largos do retrocesso,
A involução.
Tanto tempo desperdiçado,
À troco de nada.
Há quem corra na contramão,
Do destino.

Pessoas com opiniões próprias -
Em que nada tem a acrescentar,
Mas que em tudo,
Têm a necessidade em se expressar.
Há momento para tudo,
Também o silêncio.
Não aquele da covardia pelo mal feito,
No entanto, a meditação -
Para alcançar o elo magnífico com o Criador,
Não somos apenas criaturas.
Em tudo há um motivo para coexistir,
Com o Universo –
Em toda a dimensão.

domingo, 25 de setembro de 2022

Aura expansiva

 

O futuro nos espera -
O que se desenha à nossa frente:
A morte ou a redenção?

O presente se faz incerto,
Desenhando arremedos de destruição.
O caos –
A floresta em combustão.

A Natureza –
O Planeta Terra –
Ser vivo –
A Grande Mãe –
Vertendo-se em lágrimas.
Para a poesia,
Buscando nova rima.

Os seres humanos,
Os últimos da fila.
Em estado vegetativo,
Plena tamanha procrastinação.
Na desordem desorientados,
Nenhum senso de direção.
Seguindo em dias aleatórios,
Como gados -
Cadê a interrogação?

Mentes falidas,
Adormecidas.
Lavagem cerebral,
Na dormência criativa.
Recriando exércitos,
Acrescentado números,
Na batalha eleitoral -
Usando da perversidade.

Como psicopatas –
Não medem o grau da maldade.
Alimentando-se do sofrimento alheio,
Não derramam uma lágrima sequer.
Devorando a energia do medo,
Vencendo pela dor, o psiquismo.
Refazendo novas leis,
Manipulando os acontecimentos -
Repetindo mentiras aos quatro ventos,
Promovendo a desordem –
Na ordem aleatória dos eventos.

A salvação se mantém distante,
Os náufragos em pleno mar.
A vida como o sonho de regeneração,
Onde possa haver o despertar,
Nova lufada de ar –
Uma aura expansiva de conscientização.

Chamada resistência


Homens incautos,
Transvestidos de incompetência.
Julgam ser maiores do que os outros,
Em tamanha prepotência.

Escondendo-se atrás de religiões,
Para cobrarem indulgência.
Mergulhados no orgulho, iminência,
Ao ser subjugado, nenhuma contingência.

Aos podres poderes,
Falhos, falta a eficiência.
Aos pobres recebendo migalhas,
Sobra a malemolência.

Aos impuros,
Resta a concupiscência.
Nos desejos a divergência,
Mais um corpo caído, condolência.

As dívidas sempre em pendência,
Os pecadores a penitência.
Um governo insólito, a decadência,
Quem deveria cuidar, negligência.

Por aniquilar, antecedência,
A comida em abstinência.
As contas do Estado, inadimplência,
O que falta na humanidade, sapiência.

Os da periferia, benevolência,
Pessoas com inteligência -
O surreal em ambivalência.

Os jogos de azar, condescendência,
Os legisladores e sua leniência -
O caos e a complacência.

O que nos falta:
A expansão da consciência,
O despertar para nova coexistência.

Na programada obsolescência,
O sofrimento, total veemência.
De uma parte da sociedade,
Em meio a precariedade –
Vestindo-se de resiliência,
A chamada resistência.

Contrastes sem medidas

A medida da vida -
Qual será a perspectiva sobre os contrastes,
Um novo prisma?

O claro e o escuro;
A pobreza e a riqueza;
O frio e o quente.

São tantos os exemplos,
Porém, o antagonismo social –
Torna-se mais escancarado,
Diante da utópica existência.

O preconceito estampado na cara,
O racismo batendo na face.
Pequenas diferenças,
Que não deveriam existir.
Mas que tomam proporções avassaladoras,
Espalhando o caos –
Disseminando a maldade.

Um olhar retrógrado lançado,
Incapaz de enxergar –
O potencial extraordinário do próximo,
Julgado como um qualquer.

Todo ser humano, ou não,
Merece a oportunidade por existir.
Em demonstrar a real natureza,
Em benefício dos outros.

Porém, a mediocridade,
Caminha a passos largos,
Ao seu lado –
Feito uma sombra nebulosa.

É tudo contraditório,
O que buscamos –
Através da resiliência transformar.
Os fatos estão presentes,
Para serem argumentados.

Por que ao invés da dualidade,
Não aprendemos a ser imparciais?
Pois possuímos a triste mania,
De julgarmos através da aparência.
Ninguém é perfeito,
Mesmo que faça o impossível para ser.

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Sublimação

 

Os sonhos,
Um mundo a parte.
Universo paralelo,
Onde os desejos –
São transformados em realidade.
O anseio de viver,
A flecha disparada.
Qual o ponto de partida?
Qual será a chegada?

A vontade de sobreviver,
Com os olhos bem abertos.
Repletos de sensações,
De vicissitudes – As reações.
Transitando pelo imaginário,
Mentalizando o extraordinário.

Tudo é questão de tempo,
Nem que leve uma vida inteira –
Ou quantas mais.
No poder da expansão,
A conectividade com o centro do universo.
No religar com os desejos,
Na boa temperança.
Cálculos que se fecham,
Encaixando-se perfeitamente.
Neste lugar contraditório,
Onde não aprendemos nada.
Deixando-nos levar –
Por velhos erros.

O despertar é a única saída,
Para elevarmos o grau da ascensão.
Mas por sermos seres imediatistas,
Travamos uma luta desigual –
Por objetivos mesquinhos.

Haverá um instante,
O reset para continuar.
Sacrifícios –
Não serão ponderados.
Começando do zero,
Removendo –
Aparando as arestas,
Permanecemos o que for necessário,
Sem nenhum desgaste.

A humanidade –
Regenera-se-a –
Para alcançarmos a sublimação.

Predileção pelo caos


O tempo está se esvaindo,
Feito fios de areia em nossas mãos.
A dualidade da correria diária,
Mesclada por horas:
Que vagamos sem pensar em nada,
Talvez seja um desperdício ou não.
A mente à todo momento sobre pressão,
Inúmeras cobranças,
Ou será quimera ilusão?

A sociedade dividida em grupos,
Uns querendo ser mais do que os outros –
Imperfeita disputa.
No contrassenso do poder,
Ao futuro incerto –
Para quê enriquecer?

A realidade utópica,
Vai tomando outra dimensão.
Um mundo às avessas,
Mergulhados na polarização.
Cada qual brigando para prevalecer o seu lado,
Na desvalorização da empatia.
Infundados questionamentos,
A revolta gerada na classe menos abastada.

Aos incautos,
A predileção pelo caos.
A inveja ultrapassando o limite da moral,
Sucessivos erros –
De uma burguesia dissonante.
Implantando o ódio,
Movendo as massas.

Iminente guerra civil,
No trocadilho do atemporal.
Quantas vidas mais serão necessárias,
Para abastecer a sua rede de intrigas?
Reverberando a condensação da maldade,
Alimentando-se da sinergia do medo –
No contrapeso do que soa incomum.
Engordando a estatística,
Ao seu modo de entender:
Apenas mais um.

Perspectiva particular


O universo é construído por paralelas,
Realidades que se convergem entre si.
Em sonhos psicodélicos,
O sono nos levando para outras dimensões.

Cada ser é único,
Olhando para o mundo –
Sob uma perspectiva particular.
A transformação fluindo –
Gradativamente,
Através do aprendizado.

No entanto, há caminhos diferentes,
Que nos levam para outros lugares.
Às vezes, nem tão confortáveis,
Com os quais imaginamos.

O desejo da paz – Tranquilidade,
É atropelado pela ambição,
Pela sede do poder alheio –
Trazendo o caos,
Gerando as guerras.
O bom senso deixado de lado,
Como se não valesse nada –
Gerando a revolta.
A vida se torna equivalente:
A um zero à esquerda,
Determinado por mentes psicopatas –
Da grande minoria.

É essa mesma individualidade,
Que mostra a essência de cada um.
Revelando a energia transformadora,
Principalmente, resiliente.
Muitas vezes, nem sempre viável,
Fazendo com que criamos novos mecanismos –
Para mover as engrenagens enferrujadas.

Em algum momento,
Pode parecer difícil –
Até tortuoso para alguns.
Mas pouco a pouco vencemos cada batalha,
Neste embate campal.

O viver e sua transitoriedade,
Que nos levam ao extremo.
Esvaindo as forças,
Incapazes de suportar.
Sempre ressurgindo –
A fênix.

À todo segundo,
Recebemos a oportunidade de aprendermos.
É só estarmos abertos,
E aptos a uma nova chance.

 

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Combustível da ignorância


A humanidade,
Vencendo o prazo de validade.
Descendo a ladeira,
Ao sabor da crueldade.
Totalmente perecível,
Mostrando-se substituível.

Afunilando-se estão os dias,
Descumprindo-se as regras.
Aproximando-se o momento das trevas,
Nada condiz com o que se prega.

Poucos são os que se salvarão,
Lavagem cerebral,
Para conter a massa –
Em rota de colisão,
O tiro saindo pela culatra.
Idolatrado “mito” servil,
Enchendo a linguiça –
Do Estado pueril.

Não confie em tudo o que está escrito,
Distorcidas são as figuras de linguagem.
Fazendo-se disfarçar de útil,
A grande demanda falida -
Impregnando-se de vivência inútil.

Puxando a sardinha,
Para o lado que se convém.
Nenhuma promessa cumprida mantém,
Aos “analfabetos” –
Impondo a cartilha da intolerância.
Prometendo o caos,
Espalhando o mal –
Ideias –
Ideais dissociativos.

Iminente guerra civil,
Aos seus olhos –
A coisa mais bonita de se ver,
Indescritível prazer.
A maldade reversa,
O progresso em recesso.

Queimando as matas,
O combustível da ignorância.
Vidas e mais vidas,
Ardendo sem compaixão,
Em prol de não sei o que –
Temida liberação.
Povos indígenas massacrados,
Por vil convicção.

Enquanto, dilacerados,
Por uma luta desleal -
A cada segundo é crucial.
No anseio de revertermos este momento,
Dissonante alucinação geral.
Modificar a história,
Traçar outra linha temporal na memória.
Revertendo o grande derramamento de sangue,
Impondo um fim nesta gangue.

Verdadeiro drama

 



De vez em quando,
Parece que nada faz sentido -
Anestesiados pela realidade.
A impura verdade,
Energia caótica –
Fazendo-nos vibrar lentamente.

Atos questionáveis,
Qual é o limite da intolerância?
Fatos infundados,
Arrefecendo as respostas.
Normalizando a crueldade,
Em qual momento –
Se dará a mudança de chave?
Isso é se em algum dia ocorrerá!

As transgressões,
Alicerçadas no desgoverno.
Estado criminoso,
Delimitando pequeno espaço.
Quem tem coragem de ultrapassar o limite?
A opressão presente,
A resistência deve ser crescente.

O lado mais fraco,
A mercê das intempéries desumanas.
Na pele sentindo no drama,
No sonho rebuscado –
No desejo de ser sempre mais,
Consigo levando os seus iguais.
No apoteótico ensejo,
A equidade do amparo social.
De vislumbrar verdadeiro modo de vida,
E não rastejando dia a dia –
Na luta pela sobrevivência.

Infelizmente, sempre foi assim,
O efeito manada.
Em grupos baseados,
Pregando –
Disseminando montaréus de mentiras,
Protegendo os seus.
Na força bruta dilacerando a carne,
Dos menos favorecidos.
A Deus se oferecendo em falsas indulgencias,
Transvestindo-se de frio caráter.
Afim de atingirem objetivos torpes,
A corrupção feito adrenalina.
Uma droga qualquer vertendo na veia,
Um vício famigerado –
Deixando rastros.

sábado, 17 de setembro de 2022

Mentiras midiáticas

Livre acesso,
A perpetuação –
A mente.

Dissonante imaginação,
Claustrofóbica realidade.
A energia em ebulição,
No interior a revolução.

Eles não desejam –
Que aprendamos a pensar.
O raciocínio causa estragos,
Provoca a evolução –
Em parceria com o discernimento,
A expansão.

Pensamentos lógicos,
Insanidades congruentes.
A loucura distorcida,
Transfigurando-se de perfil.
Os ânimos acirrados,
De forma ardil.
O caos – A pressão –
Tão pueril.

O fardo das mentiras midiáticas,
Pressionando as nossas cabeças.
O conta gotas do tempo acelerado,
Correndo de encontro aos segundos.
Desaceleração no dia a dia,
Imperfeita harmonia.

Incontáveis são as horas de expiações,
No corpo massacrado.
Entorpecido o flagelo da vulnerabilidade,
Por que não somos escolhidos –
Para colher os frutos da bem aventurança?
Semeando –
Plantando a generosidade,
Os frutos apodrecidos caídos ao chão.

Inconsciente rota de colisão,
Desfazendo o elo com a verdade.
A falsidade desenhada –
Em maiores proporções.

Efeitos enigmáticos,
Falcatruas e conchavos -
Disseminando o caos.
Como desfazer os maus entendidos,
Puxar a cortina –
Revelando a preciosa verdade?
Transformou-se a humanidade,
Em um arremedo de crueldade.

 

Nas entrelinhas dos acontecimentos

Todo amanhecer é uma largada,
Mas cruzar a faixa de chegada –
Nem sempre é visível.
Todas às vezes,
É um caminho árduo,
Com muitas implicações.

Por ora, pode haver um descanso,
Um refrigério -
Arremetendo-nos à esperança.
Onde possamos alcançar,
Momentos de bonança.
Mesmo com a alma sangrando,
Os pés dilacerados –
As mãos calejadas -
Por tentar algo,
Recria a expectativa.

A mente em sintonia,
O caráter em sinergia.
Com a realidade resiliente,
Nas entrelinhas dos acontecimentos.
Costurando cada intervalo,
Com o nosso jeito.

Utopia crescente,
Distopia ressonante.
Na ilusão –
De alcançar os objetivos.

A vida –
É como uma caixa de surpresa.
Nunca sabemos o que vamos encontrar,
Entre o ser e o realizar –
Há uma diferença muito grande.

A felicidade nunca se faz completa,
Faz-se como sonho distante -
Feito estrela no céu cintilante.
A diferença se dá no caráter,
Como o lapidamos.
É o que nos difere um do outro:
Em ações –
Em virtudes –
No trato com o próximo.

 

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Colisão do destino


Um arrepio na pele,
Sensação de frio.
Aviso sobre o perigo,
Sem prever a direção.
Os sentidos em alerta,
A ansiedade em expansão.

Euforia negativa no corpo,
Adrenalina na veia.
Como externar –
O que realmente acontece?

Uma reação desmedida,
Que pouco a pouco se faz crescente.
Não há como verbalizar,
Um grito preso na garganta –
O único desejo de ecoar.

Fecho-me em pétalas,
Retraio-me na transmutação.
Em alquimia –
Vomitando a negatividade,
Alimentando-me da positividade -
Infinita ancestralidade,
A perfeição da realidade.

Bem – Mal –
Tempestades atemporais,
O duelo.
Nem tudo é sobre si mesmo,
Os dias correndo à fio.
A humanidade em rota de colisão do destino –
A destruição.

O fato de sermos esquecidos,
Não nos fazem negligentes.
O livre arbítrio,
Às vezes, ressoa veemente.
Sem sabermos para onde prosseguir,
Pelos labirintos territoriais de cada mente.
Única espécie provida de raciocínio,
Os animais comprovam mais sentimentos.
Há quem sugira a Involução,
É apenas o retrocesso –
Uma grande aberração.

Ciclos viciados

 

Por que será que fazemos a distinção da cor da nossa pele,
Se somos todos seres humanos?
Não nos fazemos capazes de tolerar as diferenças,
Como evoluir?

Dia a dia sofrendo –
Grandes ou pequenos atos,
De demonstrações de ódio.
Fazendo-nos incapazes –
Do sentimento de compaixão.

Há uma aura turbulenta,
Que nos rodeia –
Provoca o caos.
As velhas engrenagens,
Movendo-se para que não aconteça o belo.
Não dando ênfase ao que realmente nos tornamos,
E sim, a margem que prevaleça o mal.

Nem sempre é feita a boa interpretação,
Sobre o prisma de verdadeiras intenções -
E a realidade nos leva à ciclos viciados.
É necessário –
Que possamos atingir um estágio maior,
Na canalização.
Onde possamos nos reconectar com a expansão,
Galgando por uma nova conscientização –
Mais humana.

O Planeta Terra –
Não é somente o passado e o presente.
Precisamos trabalhar em conjunto,
Para que o futuro aconteça.

No entanto, a involução –
O retrocesso –
É uma realidade palpável.
As energias estão sendo desperdiçadas,
Em movimentos desnecessários.
É isso o que desejam os seres,
Com baixa vibração.
Que o mesmo tempo passe rapidamente,
Fazendo-nos olhar para o lado positivo.
Com a percepção infantil,
Descartando o principal para a revolução.

Clamor estressante

Supremacia engatilhada,
Democracia ameaçada.
Vil realidade,
A perversidade.
Aos incautos,
Mostrando a verdadeira face.
O inferno –
Desabando sobre as nossas cabeças.
Longínquas fantasias distorcidas,
Bombardeando-nos a mídia.
Como distinguir o que é real,
Ou fake news?

Ameaças aterradoras,
Nadando contra a correnteza –
De um mar de lama.
Levados à revelia,
Julgados como se fôssemos um nada.
Seres desprezíveis,
Lembrados em um momento oportuno.
À mercê de sórdidos planos,
Palavras doces,
Usadas no momento certo.
A falsidade impetrando,
Cortina de fumaça -
Famigerado teatro.

Quantos votos,
Contabilizados nas urnas?
Uma população iludida,
Não sei com o quê.
Acreditando em um monte de mentiras,
Promessas esquecidas com o tempo.
O desgaste sub-humano,
Acontece ano após ano.
Desacreditados –
Quando se deu o engano?

São as semelhantes histórias,
Seguindo as disfarçadas trajetórias.
Onde haveria maior leveza,
Gera um clima pesado de resiliência.
Na obrigação de provarmos o que somos,
O tempo inteiro.
Perante a justiça,
Um clamor estressante.