Olho ao redor, enxergo cinza e abstrato,
Não existe a variação, vejo mesmo tema.
Como uma pintura que não há forma,
Tento com esforço, seguir este meu dilema.
Em meio aos conflitos, como serão os atos?
Não posso me render a certos estratagemas,
Não vou mudar o meu jeito simples de ser -
Para outros com prazer enganar e satisfazer.
Neste meu mundo sou a estrangeira,
Não irei transformar a minha maneira.
Neste meu mundo sou a estrangeira,
Peça-me tudo - Menos isso agora -
Pode esperar com calma pela demora.
Neste pequeno lugar sou feita de cor e luz,
O meu mundo é imenso universo que reluz.
O coração é o palco onde brilham sentimentos,
Vou vivendo, não sei... de pequenos momentos.
Engrandecendo com sutileza os instantes,
Sem saber se ao certo caminhará comigo o amor.
A poesia amiga trás o aconchego e o calor,
Contagiando-me com intensidade o seu furor.
Neste meu mundo sou a estrangeira,
Não irei transformar a minha maneira.
Neste meu mundo sou a estrangeira,
Peça-me tudo - Menos isso agora -
Pode esperar com calma pela demora.
Vou caminhando entre os campos floridos,
Seguindo o voo da borboleta liberta.
Deixando os meus sonhos coloridos,
Permanecendo com a porta entreaberta.
Para quem saiba você possa entrar algum dia,
Usufruir em teu corpo a luz do luar que irradia.
Apenas fica o desejo que a alma contagia,
Esperando que não seja uma doce nostalgia.
Neste meu mundo sou a estrangeira -
Não irei transformar a minha maneira.
Neste meu mundo sou a estrangeira -
Peça-me tudo - Menos isso agora,
Pode esperar com calma pela demora.
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