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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Menos um dia

 


Outro dia amanhece,

O telefone toca -

Despertando logo cedo,

Para mais um dia de trabalho.


Uma sensação de melancolia provoca,

Salto da cama - Não me atrapalho.

A vida desvanece -

Há tempos perdida.


Do travesseiro -

Já não tenho mais o aconchego.

A água quente que cai do chuveiro,

Entorpece os meus pensamentos.

Em meio aos meus devaneios divago.

Pois a realidade lá fora me cega.


Em meu corpo:

A água devagar percorre fria.

Perdida entre os labirintos,

O seu toque já não sinto.

A água sob o meu corpo:

Tem o efeito de anestesia,

A minha alma arrepia.


O meu pequeno e grande universo -

Preso às armadilhas de um corpo tenso,

Às vontades dos outros tão propenso.


Em outros olhos enxergo a maldade,

Os outros rostos estampados à falsidade.

Pessoas que não sabem viver com simplicidade,

Esta mesma e pura realidade.

Que consigo ver dentro de mim,

Por que não pode ser assim?


Para quê indagar?

Em confusões de palavras:

Não vejo respostas -

Para quê procurar?

Em ordem as palavras:

Não há respostas,

Apenas para o ser aniquilar.


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