Outro dia amanhece,
O telefone toca -
Despertando logo cedo,
Para mais um dia de trabalho.
Uma sensação de melancolia provoca,
Salto da cama - Não me atrapalho.
A vida desvanece -
Há tempos perdida.
Do travesseiro -
Já não tenho mais o aconchego.
A água quente que cai do chuveiro,
Entorpece os meus pensamentos.
Em meio aos meus devaneios divago.
Pois a realidade lá fora me cega.
Em meu corpo:
A água devagar percorre fria.
Perdida entre os labirintos,
O seu toque já não sinto.
A água sob o meu corpo:
Tem o efeito de anestesia,
A minha alma arrepia.
O meu pequeno e grande universo -
Preso às armadilhas de um corpo tenso,
Às vontades dos outros tão propenso.
Em outros olhos enxergo a maldade,
Os outros rostos estampados à falsidade.
Pessoas que não sabem viver com simplicidade,
Esta mesma e pura realidade.
Que consigo ver dentro de mim,
Por que não pode ser assim?
Para quê indagar?
Em confusões de palavras:
Não vejo respostas -
Para quê procurar?
Em ordem as palavras:
Não há respostas,
Apenas para o ser aniquilar.
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