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quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Fichários aprisionados

 


Está faltando um pedaço de mim,

Até parece não ter fim.

Uma sensação de cair no vazio,

Por que não é diferente desde o inicio?

Mudanças são favoráveis -

Para quem deseja crescer.

Os outros não te mostram igual parecer,

Os meus anseios não me são agradáveis.


As pessoas pensam que estou cansada,

No fundo elas têm completa razão.

E eu cheguei à seguinte conclusão,

No fundo - Estou triste -

Daqui a pouco vem à noite,

E ela esconderá o meu pranto.

Quem sabe trará o acalanto, 

Talvez até esteja atrasada.


Desarrumo as prateleiras do quarto,

Em caixas estão meus fichários aprisionados.

Na sala em um canto,

O coração escondido e asfixiado.

Por onde andará a tal liberdade?

Esta fugitiva partiu com a felicidade,

Deixando para trás as lágrimas -

E algumas palavras que trazem as rimas.


Quase se quebrou o espelho,

Mais sete anos de sorte, ainda bem.

Através da janela a lua e seu brilho,

Lindo que sempre tem.

Menos a minha doce privacidade,

Esta foi embora de verdade.

Largando-me com meus fones,

E o bom e velho rock n’ roll.

Sendo o alicerce - O meu anzol,

Qual será o número do seu telefone?


Só peço a Deus -

Que nunca me falte caneta e nem papel.

Se não meu mundo vira completo escarcéu,

Pois são com estes instrumentos.

Que fujo dos inúteis lamentos,

Já que não adianta lutar contra a correnteza.

Essas se dissiparão na certeza,

E em algum dia momentos down darão adeus.


Preciso voar -

Num céu estrelado.

Galgar novo ar -

Ao meu sonho compatível.

Sim isso é possível,

Nada é para dar errado.


Se não for assim,

Deixe-me quieta.

Só mantenha a lâmpada acesa,

E a porta entreaberta -

Para a próxima surpresa.


Você virá ao meu encontro,

(quem adivinha).

Cessando de vez a nostalgia,

(e me fará agradável companhia).

Estou pronta para o confronto,

Que me embriaga com primícias.


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