Versos

 

Não fui capaz de evitar,

Este sentimento -

Tão bonito,

Que sonho trás.

Porém, tornou-se voragem,

Perdeu a coragem.

Do nosso jeito contrito,

De um gesto carinhoso nasceu.

Trouxe de volta a esperança,

Brincando comigo -

Feito uma criança.

De tristeza pereceu,

Em branca espuma.

Feito bruma,

De repente, desvaneceu.

Noites ensolaradas -

Transformaram-se em pranto,

Em minha caminhada.

Não vou fugir,

Do que sinto.

Não vou fugi,

Desse sonho.

São para você -

Os versos que componho.

Vão continuar aqui,

No peito sobrevivendo.

Mesmo recíproco,

Não há desenvolvimento.

Quero esquecer a dor,

A muralha da distância.

Desejo transpor,

Dela não quero sobreviver.

Quero do sonho viver,

Construir castelos mágicos.

Contemplar dos meus rabiscos,

Lindas passaradas -

Em suas revoadas.

Quero que sejas capaz,

De me devolver minha paz.

Que depois daquele dia,

Ficou para trás.

Não encontro respostas,

Para minhas indagações.

Não enxergo respostas,

Em suas explicações.

Mesmo com toda ebulição,

De sensações.

De tudo acontecendo,

Que encontra a vida.

Com tudo perecendo,

Em teu olhar.

Não acho a saída,

Nessas condições.

Vejo-me coagida,

Estou de mãos atadas.

Estou de pés amarrados,

Procuro a direção -

Sem apelação.

Cadê a luz?

Nada me conduz -

Nenhuma no fim do túnel.

Sei que é inevitável,

Teu brilho ofusca.

Por que você não vem,

E não me busca?

Assim não é querer bem,

Posso estar enganada.

Mas é isso que você quer?

Sei que me deseja,

Quer ser feliz -

E isso, os outros veja.

Só encontro sombras,

Só encontro tempestade -

Será que é tarde?

0 meu sonho não acontece,

Nada te assombra.

Será que você merece?

Tento encontrar a felicidade,

Tento controlar o meu disfarce.

Contrariando a tristeza -

Que não me deixa com clareza,

A vida desfrutar.

Sei que não há razão,

Para essa tal solidão.

Prefiro um tempo dar,

Por você -

Mais um pouco esperar.

Preciso a ansiedade controlar,

Desprender-me -

Do que me faz sofrer,

Do que não me deixa viver.