Em versos tristes rimados.
Tiram a sensação,
De meus pés no chão.
Há tanto estardalhaço,
Segue mecânica a multidão.
Calaram-se as vozes,
Em meio aos algozes -
Restaram corpos em poços.
Somos todos humanos,
Não nos incluem nos planos.
Para quê a divisão?
Para sermos libertos,
Não existe raça, credo ou religião.
Os braços estão abertos,
Entregues a punição.
Culpados de crimes inexistentes,
Vivemos um mundo descrente.
Onde vale a lei do mais rico,
E sobreviveremos em subjugação -
De um ideal já caduco.
Gritar -
É o que devemos fazer.
Soltar -
O desejo que emana.
De uma nação mais humana,
Ter o direito ao lazer.
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