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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Acredito (posso voar)

 


Em meu interior -

Busco por momentos de alegria.

Nos instantes de silêncio,

Desprezando o selênio.

Espaço que possa me escutar,

E ouvir todos os desejos.

Que trago guardado no peito,

Trancafiados em meu quarto.

Como em segredo o beijo,

Espreitando sem malicia.

Um espião ao redor,

Não tenho como respirar.


Acredito -

Quando me deito,

Sei que posso voar.

Rumo aos meus sonhos,

Alçando-me nos versos que componho.

Sem nada para me impedir,

Um dia, tornará realidade.

Não sei onde estarei se aqui,

Ou em outro lugar.

O meu coração viverá a felicidade,

Encontrarei enfim a verdade -

E com ela a tranquilidade.


Tenho vivido tantos percalços,

Andando com os pés descalços.

É longa a caminhada,

Não desistirei desta estrada.

Por mais que as trilhas,

Sejam mais esburacadas.

Seguirei por milhões de milhas,

Não medindo a distância.

É ensandecida a chegada, minha ânsia,

Prefiro correr o risco, melhor assim.

Antes lutar, a esperar pelo fim,

Diante do perigo, estou armada.


Acredito -

Quando me deito,

Sei que posso voar,

Nos pulmões novo ar.


Quando estiver cada vez mais alto,

Desatarei os nós dos desenganos.

Atingirei renovados planos,

Conhecerei a outra dimensão,

Tenho certeza da emoção.


Acredito -

Quando me deito,

Sei que posso voar.

Ou olhando para o horizonte,

No olhar fixo vislumbrando o céu.

Basta ver em meu semblante,

No coração, borboletas fazendo escarcéu -

Feito selenita morando em outro lugar.


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