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terça-feira, 29 de novembro de 2022

Enredo em desalinho

 


A escalada do ódio crescente,
A tormenta e o caos.
Qual é a melhor defesa?
Em meio ao turbilhão –
De acontecimentos.

Atropelam as boas ações,
Desvalorizando o essencial.
Não há medida certa para a maldade,
Sobe-se os degraus da perversidade.

O duelo entre o bem e o mal,
Alimentando as estatísticas -
Fomentada aos olhares incrédulos.
Arrefecendo os sentimentos,
A frieza imperando nos corações –
O iceberg na visão fria,
Zero de empatia.

A vingança não nos levará,
A nenhum outro lugar.
O que nos completa é a justiça,
No anseio o amor prometido.

O equilíbrio na corda bamba,
O pisar dos ovos na estratégia –
O desejo pela sobrevivência,
No peito a resistência.

Cada peça no devido espaço,
O prazer puxando o ar.
Viver é exercício de atrevimento,
No bater de frente com o sistema.

Fugir dos percalços,
Recriar atalhos –
Através dos obstáculos –
Impostos pelos enredos.

Nunca se sabe,
Qual é o pensamento alheio.
O coração é terra,
Em que ninguém caminha.
Se somos várias caixas de surpresas,
Fazendo os outros de queixo caído.

A alucinação enternecida,
Do momento –
O esquecimento,
A perdição.

Ótica da ilusão


As pessoas,
Vendem-se por tão pouco.
Por ostentação,
Momento raso.
Perdem a dignidade,
Na ótica da ilusão.

São inconstantes,
Os fatos nada isolados –
Nas redes sociais,
O falso status.
Não tem medida,
Da compreensão.

Os seres humanos,
Precisam de equalização.
O mundo em pleno –
Aceleramento –
O contingente,
A falta de espaço.

Esgotando-se –
Os recursos naturais.
As chances –
Pela sobrevivência,
Minando as forças.

O reboliço,
Na mente desumana.
O raciocínio,
Em vil retrocesso.
A todo vapor,
Imposta a Involução.
A quem interessa,
A falta de regeneração?

No espaço contraditório,
Escassez de discernimento –
É notório.
Indivíduos agem feito máquinas,
Copiam comportamentos torpes.
Como se fosse tudo ao seu jeito,
A sua hora.
Cessando as engrenagens,
Em meio à loucura.

Não há julgamentos,
Impondo a decisão.
Na retaguarda,
Atropelando as leis –
Arrefecendo a democracia.

A injustiça,
Tomando corpo e forma.
É necessário a reforma,
Indo de encontro a verdade.
Derrubando as diferenças,
Através do olhar.
Enxergando-nos –
Os semelhantes.
No projeto promissor,
Todos têm o devido valor.

Há muito ainda por ser descoberto,
Basta apenas nos permitir –
Para continuarmos por aqui.

Constante aventura

 


Será que me entrego,

Nesta constante aventura –
Que é viver –
Aqui na terra?

Desnorteiam-nos as imperfeições,
Tonturas arrefecem os pensamentos.
Os outros têm haver com você,
Na maioria das vezes não.
Contradizendo as palavras,
O deserto se forma ao redor.
Através do espelho,
Recriando o paraíso.

Destruindo o oásis,
Mas ninguém é capaz –
De me fazer sentir inferior.
Por mais que não enxerguem,
Ou não desejam –
Ver o brilho,
Trago-o aqui comigo.
Desvencilhando-me do perigo,
Dividindo,
Também compartilhando –
Com o paciente papel.
Pois este não briga,
Não retruca,
E não critica.
Apenas aconselha,
Alimentando a centelha.

Com amor me ensina,
De que as pessoas,
Algum dia –
Possam ser melhores.
Ainda há tempo para a expansão,
Da concreta consciência.
Para que possamos transmutar,
Em trezentos e sessenta graus.
Essa realidade –
Que teima nos assombrar.

A observação de nossos atos,
A transmutação da essência.
É a arma perspicaz,
Para transformar o joio no trigo.
Realizando a alquimia,
Do desamor em esperança.

domingo, 27 de novembro de 2022

Infinito Planeta Terra


Essa pressão,
Ameaças de violência.
Conturbando o azul do céu,
Desconstruindo –
O que foi feito.

É como se cessamos,
No meio do caminho.
Para repensarmos,
O próximo passo.
Visando a boa estratégia,
Para combatermos o mal.

O bom senso,
O discernimento,
Transmutando-se –
Na expansão da consciência,
O despertar da humanidade.

No momento atual,
Somos dependentes.
A perversidade,
Fazendo-se fluente.
Nos castelos de indecisões,
A tomada da intolerância.

O falso indulto,
O desejo pelo retrocesso.
Apagando-se –
A iminente luz.
Jamais possamos permitir,
De que as trevas,
Se apossem –
Do que há de mais bonito,
Também natural.

A essência,
A pura inspiração.
Enchendo-nos de alegria,
Por compartilharmos da empatia –
Do amor ao próximo.

As constelações,
À bilhões de quilômetros –
De distância,
São capazes de nos conectar.
Porém, a humanidade,
É incapaz de refletir –
Sobre os seus atos.
Aprofundando-se,
No mais imundo buraco –
Da falta de zelo e empatia.


Tenho as minhas teorias,
Na alma as impressões.
Jamais poderemos nos abater,
Pois lutaremos –
Para sermos o farol,
No infinito Planeta Azul.

Imperfeitas simetrias

Não sabemos como voltar atrás,
Uma palavra lançada –
Um gesto –
Uma atitude –
Deixam as suas marcas,
Causam as suas impressões.

Atos impensados,
Mal calculados,
Desnorteiam-nos.
Levando-nos –
Para diversos caminhos.

Consequências dolorosas,
Devolvendo o frio –
Sensações sem calor,
No entorpecimento da dor.

Figuras sombrias,
Retornam para assombrar.
Minando as energias,
Imperfeitas simetrias.

A perseverança deve ser enaltecida,
Para que possamos buscar o bem.
Não em um modo remoto,
Ou quem sabe aleatório.
Assim desvencilhando,
Dos caminhos a serem seguidos.

A nobreza dos sentimentos,
Deve andar de acordo –
Com o que vislumbramos,
Para o futuro.

A correnteza,
Emana-se com as vibrações –
Da alta sinergia.
Resplandecendo as manhãs,
Outro bonito dia.

O bem é necessário,
A união é precedente.
O repartir –
Compartilhamento –
É primordial.
E trará a comunhão,
Um tanto quanto desejada –
Pelos seres interplanetários.

Ainda teremos,
Muito o que aprender.
E as guerras –
Só trarão o retrocesso.

Refletidos na aura


Vagando por labirintos,

Às vezes, totalmente fora de lógica.
Na busca pelo desenvolvimento,
Do melhor caminho –
Nem sempre é fácil prosseguir.

O cansaço toma conta,
A exaustão por alguma desilusão.
Sem percebermos cometemos erros,
Na tentativa de acertar.

Há um lugar mágico,
Para conhecermos -
Mas precisamos realizar as escolhas certas.
Com a constância, o bom uso,
Do livre arbítrio.
Mesmo tendo alguém para nos ajudar,
Não é fácil cumprir uma missão –
Sem saber qual é.

De uma maneira ou de outra,
Somos guiados através do subconsciente –
Levando-nos ao sobrenatural.
Não é loucura acreditar,
No que é capaz de nos capacitar –
Para a transmutação da consciência.

Outra era,
Na transfiguração das redes,
Que nos reconectam –
Ao esplendor do Criador.
Nenhuma figura abstrata,
Tem o poder da demonstração –
Em obra – A criação.

A perfeição faz morada,
Em cada um.
Por isso, é necessário,
A comunhão –
A ajuda entre os povos.

Dessa forma,
Atingiremos com louvor,
O significado do discernimento.
E descobrirmos o real motivo,
De estarmos aqui.
As respostas,
Os verdadeiros significados.
Estão em nosso interior,
Refletidos na aura.

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Tenacidade do vento


Entre a luz e a escuridão,
Espelhando-se –
Seguem os dias.
Na tenacidade do vento,
Sussurrando as palavras –
Para outras dimensões.

São desconcertantes,
Os atropelos impostos –
Por horas metafóricas,
Camadas psicodélicas.
Nenhuma sombra,
Pode vencer o brilho da aura –
Irradiada aqui dentro.

A essência encantadora,
Desperta sentimentos bons.
A consciência da melanina,
Impregna a pele alva –
Na ancestralidade –
O empoderamento.

Direciona-me a intuição,
A sensibilidade –
De perceber quem é quem.
Não me deixando levar,
Por falsas impressões.

No simples sentir,
O fechar dos meus olhos –
Reverberando a sinergia,
Que nos rodeia,
Visando apenas o bem.
Para que possamos vivenciar,
Cada segundo de bem estar.

A luminescência,
Alimentando o meu ser.
Demonstrando –
Nas atitudes compartilhadas,
Regenerando as ações –
No vislumbre da aurora boreal.

As transmutações estelares,
Devolvendo novos ares –
Para a sobrevivência,
Jamais se apagarão.
De uma forma ou de outra,
Seremos eternos.
Mesmo vagando –
Por estranhos caminhos,
Cidades desconhecidas.

Voltar para casa


Uma viagem insólita,
Os meus pés –
Em passos estratégicos,
Não tão seguros.
O coração,
Saindo pela boca.
São tantas –
As aventuras.
O que mais esperava –
O paraíso?

Deparei-me com pessoas bondosas,
Também cruéis.
A paisagem de tirar o fôlego,
Gradativamente,
Cedendo lugar –
Para a destruição.
A mente iludida,
Construindo uma civilização –
Completa e diferente,
Da qual eu enxergo –
Sem algum exagero.

O verde,
Tomado pelo asfalto –
O frio concreto.
Nuvens de fumaça,
Em todas as direções.
Qual será a motivação?

O progresso,
Deveria andar de mãos dadas –
Com a Mãe Natureza.
Entretanto,
Há o retrocesso.
E a iminente morte,
De tanta beleza.

O bem estar não mais existe,
A não ser a sensação –
De instabilidade,
Incontáveis perigos.
Cada vez mais próximos,
De nossas casas.
Transformando-se –
Em uma realidade sombria.

Com o mar e o céu,
Entregando a perfeição –
Sujeitos a poluição.
Desejo que algum dia,
Essa verdade –
Possa ser modificada,
Com enormes árvores –
Frondosas.

Aí eu terei a certeza,
De voltar para casa.


Delírio coletivo


Tanto falatório,
Para não se chegar a lugar nenhum.
As ameaças,
Tomando conta de nossas vidas.
O dia a dia,
Sob a guilhotina febril –
Das perversidades.

Manobras estratégicas,
No velho jogo de xadrez.
A Democracia,
No fio da navalha.
Um país,
Refém de sórdidas armadilhas.

A lavagem cerebral,
Do mais inteligente –
Destruindo a massa cinzenta.
A realidade jogada fora,
Transmutando-se –
Na miragem desfocada do líder.

Imagens performáticas,
Do delírio coletivo.
Traduzindo ordens aleatórias –
Também incongruentes.
O zelo com a verdade,
É inexistente,
Promovendo o exercício do caos.

Na desordem,
Arrancando do fundo –
De seus seres,
O que há mais insano –
Na vil essência humana.
Muitos se vendendo,
Outros induzidos –
Pelo simples fato de serem aceitos.

Não há remorso,
Quando a meta a ser atingida –
É o sacrifício,
Para alcançar tais objetivos.
A dualidade,
Em dar com uma mão –
E tirar com a outra.
Na promoção de guerras,
Gerando a demanda –
Com corpos tombados ao chão.
A carne inocente,
Em putrefação.
Alimentando os urubus,
Da energia sombria –
Impondo a desarmonia.

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Vírus mesquinho

 

Pouco a pouco perdendo a magnitude,
Da humanidade.
O mal como vírus mesquinho.
Tocando-nos –
Tomando conta de nossas almas.
Feito um micro organismo destruidor,
Tão poluente,
Quanto a fumaça devastadora –
Em nossos pulmões.

Nada é certo,
A não ser a dor da crueldade.
Tomando posse da carne,
A falsa empatia –
Arrefecendo sonhos.
Tornando-nos pobres mortais,
Seres rastejantes –
Por intolerante dimensão,
Totalmente desconhecida.
Diferente daquilo que imaginamos,
Transformando-se em doença –
Como rastilho de pólvora.
Bombardeando o que encontra,
Pela frente.

Todos os sentidos suprimidos,
Restando apenas os primordiais -
Às vezes, nem sempre.

A humanidade paga,
Um alto preço.
Por não aprender a tolerar,
As diferenças do próximo.

A intenção de poder,
De subjugar está no gene –
Do criador.
Lendo-se como mais forte –
Julga-se o poderoso.
No início de tudo,
Tomando posse.
Do que existe de valor,
Aqui na Terra.

De qualquer maneira,
Somos incapazes de progredir –
No que nos torna capaz,
O essencial em nosso cognitismo.

Atividade intelectual

 

Munidos de baixa atividade intelectual,
Vagamos desordeiros pelas ruas.
Na metafórica dos versos,
Corpos perambulando –
Pela tentativa de sobrevivência.

Para alguns a esperança,
Sempre presente.
A outros –
Totalmente ausentes.

Está se transformando o mundo,
Em um enorme hospício –
A céu aberto,
Humanos vazios –
Areia no deserto.
Onde ninguém mais se compreende,
A metamorfose do psique transcende –
A mente,
E não é para o bem.

As boas ações imperfeitas,
Aleatórias – Sem direções.
A quem devemos nos espelhar?
Em nações tão contraditórias,
Perdendo-se os direitos humanos.

Somos criaturas tão efêmeras,
Por estas terras estrangeiras -
Onde compactuamos com o silêncio.
Há muitos que se alimentam,
Dessa energia negativa.
Reiterando as forças malignas,
No descompasso.

A limitação do equilíbrio ,
Afugentando o bom senso.
O desperdício de horas a fio,
Em total perca de tempo.

No tremular dos segundos,
Colocando-nos todos em risco.
Nem tudo o que é certo, prevalece,
Somos meros imortais,
Indefesos –
Perante o furor da Natureza.
A mesma que a destruímos –
Durante ao longo dos anos.

Crueldade crescente

 

Dissonante o espaço atemporal,
De vidas marcadas por tantas diversidades.
A crueldade crescente,
Nas almas de alguns –
Condicionando o exército de zumbis,
Provocando a desarmonia da atmosfera.
Não se cumprindo o predestinado.

A visão completamente distorcida,
Modificando a solidez dos fatos.
O antagonismo sufocando a verdade,
A batalha cruel –
Atingindo aos inocentes.
Em que nada tem haver,
Quebrando o equilíbrio –
Gerando o caos.

Mortes –
A destruição que nos cerca –
Na lavagem cerebral –
Daqueles que se deixam levar,
Pelo condicionamento das mentes.
Sem alguma explicação,
Com objetivos nefastos –
Compactuando com o sofrimento,
Jogado no lixo o discernimento.

A população crescente,
Reacionária.
Desfazendo-se do elo com a empatia,
Esquecendo-se do amanhã –
Menos um dia.
Zafurdando-se em prazeres hostis.
Condenando povos, nações inteiras,
Em pactos diabólicos.
Os horrores espalhados –
Em todas as direções.
De onde virá a grata salvação?

domingo, 20 de novembro de 2022

Declaração do dia

 

Consciência negra –
A tomada da humanidade.
A declaração do dia –
Total ancestralidade.

O início de tudo,
Na Mãe África –
Detentoras de todas as nações.
Até mesmo o ariano,
O sangue do negro -
Possui na sua linhagem.
Não tem como fugir,
Nem tentar arguir.

Com suas mãos poderosas,
Estendendo por cada criatura –
Curvando-se a realeza.
No limiar da intercessão,
Tamanha desenvoltura.
Fazendo-nos rebeldes,
Com os testes diários.

O mundo dividido,
A raça humana subdividida.
Aos que julgam mais fracos,
Impondo os grilhões.
Injustiçadas ações,
Do tempo contemporâneo.

Refletindo o retrocesso,
Aos irmãos negros.
Repetindo episódios de racismos,
Crimes brutais cometidos –
Por aqueles que deveriam zelar.

Forjando –
O inocente criminalizado.
Friamente injustiçado,
Como único delito –
A cor da pele.

Ninguém vem com bula,
Ou letreiro no meio da testa –
Designando o seu papel,
Delatando o caráter.
A humanidade –
Fomentando o caos.

Não importa o sacrifício de alguns,
O sangue derramado –
Alimentando o macabro sistema,
Na impunidade imposta.
O acúmulo de divisas,
Vale muito a pena.

Os modos operandis,
Deveriam ser outros.
Na transparência dos fatos,
A alavanca manobrada –
Conforme a densidade.
No subterfúgio do submundo,
No genocídio imposto –
Pela mão do Estado.

Todos têm direito à vida,
E não ser julgado –
Ou subjugado em seu status social,
Independente da derme,
Raça ou credo.
Em nosso estado laico,
Ainda com sentimentos arcaicos.

Rastilho da alienação

 

Mentalizo um novo céu,
Sob os nossos pés.
Milhares de quilômetros,
Desconhecidos –
Nunca antes explorados.

Após tantas tormentas,
Sempre haverá outro amanhecer –
Iluminado,
Nunca estaremos perdidos.

A esperança –
A resiliência –
Baterá no peito,
Descortinando horas –
De extrema energia.

Nada se sobrepõe ao bem,
A nuvem de poeira –
Dissipara-se-a –
Sobre as retinas,
Luz pungente –
Flamejante.

Às vezes,
Somos incoerentes,
Com o que desejamos.
No fundo,
Só queremos –
Que tudo acabe bem.

Atmosfera pesada,
Ao nosso redor –
Dissipando-se.
No flagelo desumano,
Arrefecendo a piedade.

A falta de tempo,
Conflitos de interesses.
Espalhando-se a alienação,
Feito rastilho de pólvora.
Sem se preocupar,
Com o dia de amanhã.
Permitindo a realização do caos,
Cortando os freios.

Perversidades –
Não há nenhum pingo de remorso.
A crueldade fazendo as suas vítimas,
Deixando o rastro,
De dor e sofrimento.
Crescente movimento abrupto,
Demonstrando forças –
Sugando a energia vital.
No desaceleramento da humanidade,
Atingindo em cheio –
O alvo da involução.

Algum dia,
Pagaremos  um alto valor,
Com o fim de tudo.
Não teremos como retroceder,
Nada de revés.

Reconstrução


Desconcertante o enleio que nos embala –
Na inércia,
A vida realizando cambalhotas –
Peripécias.
Na contramão do momento,
Na tonalidade da incerteza.

Os castelos –
Pouco a pouco construídos,
À dura penas.
De um momento para o outro –
Desabando.

Fortes ventanias,
Soam como tempestades -
Fora de hora.
A tormenta,
Também mostra o valor.
Pois é nela,
Que redescobrindo a fortaleza.
A capacidade de prosseguir,
Cabeça erguida –
Desbravando a provação.

Cada batalha,
Deve ser acolhida.
Mais um tijolo,
Para a construção.

Nenhum mal,
Pode nos abater -
Sem o consentimento.

O livre arbítrio –
A capacidade de discernimento –
Abundância do amor próprio –
São fatores a serem revelados,
A primazia dos sentimentos.

O florescer das atitudes,
As notáveis falas de empatia.
Confesso, estão mais raras,
Na roda gigante –
Fora do descompasso.

Simultaneamente,
Na manipulação das engrenagens.
Impondo o ritmo marcado,
Acelerando ou diminuindo –
O intervalo.
Deixando registrado a marca,
No ímpeto da lucidez –
Impulso dos pensamentos.
Na transitoriedade da harmonia,
Ao reconectar da energia.