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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Conquistas da equalização

 


A percepção vai além,
Do que os olhos mostram –
Anseios sem fim.

Dimensões paralelas,
Recriando átomos.
No espaço psicodélico,
Resplandece a maestria.

Na capacidade da resiliência,
Podemos mais –
Daquilo que é oferecido,
Na expansão da consciência.

O mal em colapso,
O caos reverberando –
Em nossas vidas.

Há um misto de sensações,
Conquistas em equalização,
Abrangente clareza.

No poder da transformação,
A alquimia – Transmutação –
O bem – Pensamentos positivos,
Devem nos acompanhar –
Em uma constante.

As engrenagens da energia,
Permaneça em sinergia.
O movimento – Harmonia.

Uma total oscilação.
Na propagação –
Com outras galáxias,
Plena sintonia.

O Universo –
É infinito –
Pequena centelha.

O mar –
De águas profundas.
Com seu alto ego,
Ultra misterioso,
Esconde perigos.
Sem mensura,
Perfeito e grandioso.

Os seres humanos –
Tão pequenos,
Na equivalência do Planeta.

A humanidade –
Em atrito com a natureza,
Uma guerra sem precedentes,
A Mãe Terra e suas estratégias.

No meio desta batalha,
Já existe um vencedor –
E não somos nós.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Cicatrizes na alma


Planeta vermelho,
Morada – Jornada.
Volita o perispírito,
À procura de abrigo.
Aconchego – Apraz,
Na inconstância –
De meus dias,
Pleno castigo.

Desvio-me dos perigos,
Sobressaltos, a imensidão –
Os anseios em construção.

Por quanto tempo mais?
Qual será a missão?
As datas –
Marcas deixadas pelo corpo,
Invisíveis cicatrizes na alma.

Quem é que presta a atenção?
Em uma realidade sem vida,
Sem viço –
Em total contribuição?

Será que continuar vale a pena,
A lutar por algo sem resultado?


Morbidez sórdida

 


Mentiras –
E mais mentiras.
Calúnias denunciadas,
Fake news propagadas.

A maquiagem cotidiana,
Jogando os maus feitos –
Para debaixo do tapete.

Uma morbidez sórdida,
Sob a alcunha da justiça.
Onde impera a premissa,
Indivíduos comuns e injustiça.
Contaminado à todos,
De forma cabal.

Estado de direito,
Fé pública –
Será que algum dia –
Se terá jeito?

Ao modo desconcertante,
Sobrevivendo a desordem.
Subterfúgios reinante,
No jeitinho brasileiro.
Distorcendo a realidade,
O que se é de verdade?

Burlando leis,
Cometendo homicídios –
Em nome da pacificação.
De onde vem a criminalização?

Corpos inocentes –
Pagadores de impostos,
Dilacerados e descrentes.

De políticas corruptas,
Caem as máscaras.
Repugnantes –
As verdadeiras caras.

Não se tem –
Para onde correr.
Uma sociedade –
Em meio ao caos,
A deriva, a nau.

Corpo tombado

 


Um grito –
Preso na garganta,
Almejando ecoar –
Pela imensidão.

Até quando?
Mais um corpo –
Negro tombado,
Ao lamacento chão.

Vidas desfeitas,
Almas dilaceradas.
Clamam por justiça,
Na injúria  -
De seus destinos.

Sem zelo,
Já condenadas.
A pele preta,
Outra vez –
É massacrada,
Reputação –
Vilipendiada.

Qual é o valor –
De ninguém?
Que nasce à margem,
De vil sociedade.
Onde está –
A incompatibilidade?
O desejo de alguém,
Desde cedo,
Demonstrando o anseio,
Por tal pertencimento –
De um país menos injusto.

Até quando?
Mais um corpo –
Negro tombado,
Ao lamacento chão.

Banho de sangue,
Na vertente –
O bumerangue,
No bate e volta –
Gera a revolta.
Despreparados –
Incompetentes,
A maldade –
Fazendo escola.
Do governo,
As esmolas.

Cidadão subjugado,
Alienado tribunal.
Julgado e condenado,
Por um crime nada brutal:
De ter nascido,
No endereço errado.
O de sonhar –
Em meio ao caos.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

O sagrado


A minha fé –
É independente de religiões.

Como podemos saber quem é que está certo ou não a partir de seus dogmas?

A religião é algo tão concreto e ao mesmo tempo tão abstrato.
A espiritualidade não está em um único local físico, e sim, em nosso espírito.

Deus é único –
Deus é universal!

A sua força tremenda gera uma energia que se condensa a nossa alma e reverbera na transmutação do bem.
São em nossas atitudes que a espiritualidade  se conecta com outras dimensões propagando por linhas invisíveis que transmuta o ser.

Não adianta proclamar uma fé que é morta,
Apenas em palavras, se não há como enxergar as necessidades do próximo.
As vezes, ou na maioria, podemos professar a nossa fé, porém,  somos egoístas ou cegos o bastante para não ver com exatidão.
É necessário haver uma partilha e compreensão.

O afeto –
A ajuda –
São maiores do que todos os desígnios.

A minha fé –
É independente de religiões.

Estamos aqui para somar e não dividir,
Compartilhar ensinamentos,
E ações que nos leve a algum lugar –
Religarmos com o que de fato é sagrado.

A natureza e a destruição


Inconsistente -
Nada palpável.
Um mundo reverso –
De modo transparente.

Onde a natureza agoniza,
Antagonismo de beleza.
Há quem desfrute,
Mas não reconhece a realeza.

Em alta voltagem,
Ainda há o dia e o anoitecer.
O cantar dos pássaros,
Em seus refúgios.

As matas e os mares –
Clamam por piedade.

É tanta falta de respeito,
Esgoto a céu aberto –
Poluição a olhos vistos.
Os animais indefesos,
Correndo riscos –
Pura falta de cuidado.

Ar puro –
Oxigênio –
Daqui a algum tempo,
Será luxo,
Sobrevivemos no lixo.

Atmosfera cinzenta,
Gás carbônico nós pulmões.
O que será feito –
Para as próximas gerações?

Uma parte da população –
Que não tem comoção.
Embutidas em seus casulos,
Fomentando o egoísmo.

Não pensa no futuro,
No bem estar do próximo.
A cada dia, sobre as nossas cabeças,
Um novo golpe:
Recorrente –
Arredio.
A natureza agonizando,
Com total falta de empatia.

Assistimos a sua degradação,
Em uma espécie de reality –
Observando e emitindo opiniões.
E de fato, nada fazemos,
Para cessar a sua destruição.

Sem percebermos,
Que pouco a pouco –
Não resistiremos por muito tempo.

Há um ciclo –
Uma cadeia que se conecta,
Levando também –
Ao nosso fim.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Engrenagens enferrujadas


De forma mística,
Atmosfera psicodélica.
Dias desatualizados,
Estado performático.
Engrenagens enferrujadas,
À mercê da catástrofe.
Afundando de vez no buraco,
O fundo do poço.

Elite nua e crua,
Requintes de sadismo –
Desenfreado – Vil.
Sem arremedo de progresso,
Velhas atitudes –
Antigos são os planos.
Enriquecer – Subterfúgios,
No povo servil:
A máscara de palhaço.

Mudou de nome a senzala,
Em opressão a favela.
Constante crise,
Sem manutenção.
Completa escuridão,
Fora dos sentidos.
Envolvidos numa guerra,
Sem pretensão –
Apenas mera intenção,
De forjar, submeter a força.
Não há mera menção,
De quando estaremos livres.

Corpos espalhados –
Em vida –
Em avançada putrefação.
Não precisa da morte,
Sobrevivência –
Jaz nessa jornada.

A fome –
Arruinando as forças.
O embate corporal,
Na luta travada pela desigualdade –
Minando as energias.
Os governantes de plantão,
Nenhum resquício de piedade.

sábado, 25 de dezembro de 2021

Abandono


Transitoriedade –
No tempo presente.
Distante felicidade,
Poderia ser a eternidade.
Precioso – O bem quisto,
O pressentimento.
Em segundos – Ausente,
Menos do que previsto.

Ao bailar da boemia,
Canta os pássaros.
Em singela sintonia,
Feito flecha – O disparo.
Já raiou mais um dia,
Antes em fuga o sono,
Em futilidade a dicotomia,
A realidade, pleno abandono.

Indomável


 

Imensidão azul –

Revolto,

Transitório.

Nem sempre solicito –
Misterioso,
Inflexível.

Disposto ao transe –
Ao êxtase,
Lua – As fases.

Fomenta a gratidão –
O delírio,
Fascínio.

Pode ser –
Triste,
Traiçoeiro.

Nuvem de poeira –
Majestoso,
Obstinação.

Infinita peregrinação –
Obtuso,
Vestígio.

Completa alucinação –
Impiedoso,
Implacável.

Beleza natural –
Estarrecedor,
Esplêndido.

Surpreendente,
Fatal –
O mar.

Chão de estrelas


O meu ser é uma incógnita,
Sofrendo constantes mutações.
Vestígios de aprendizagem,
Para a expansão – A alma desperta.
No lusco fusco de dias,
Apoiados pela escrita.
A alça de mira,
O rejuvenescimento do âmago –
Da leveza – Irradia a beleza.

Doce refrigério,
Preenchendo territórios.
Traços – Deslumbrantes rumos,
Ar puro, novo mundo.
Sem o receio,
De mergulhar de cabeça –
Neste mar de emoções,
O importante são as sensações.

Na aura psicodélica,
Transmutações de Galáxias.
Redescobrindo as dimensões,
Nas voltas –
Roda gigante – A Terra.
Movimento de translação,
Magnífica inteligência.
Absorvendo  em um tudo,
Imutável aprendizado.
Do ser – A essência,
Plena competência.

Talvez sejamos –
Seres translúcidos.
Sobre nuances –
De sinergia.

Volita o espírito,
Anos luz em transcendência.
Arrebata-nos de vigor primordial,
Na lucidez incontida.

A escrita –
A lucidez –
O cerne –
Abre-se um novo portal,
Com os olhos fechados –
Enxergamos o essencial.
O sexto sentido –
A pleno vapor.

Nada será como antes,
Respostas –
Descobertas gigantes.

Do que será feito o infinito,
E do seu chão de estrelas?

Entre conexões


Resplandece o céu azul –
Sob as nossas cabeças.

Devaneios –
Luzes –
Relâmpagos -
Miscelânea de transmutação,
Regozijo de uma nova alvorada.
Na lucidez intacta de uma mente,
Na transcendência –
Por dimensões.

Um igual tempo –
O Céu e a Terra em comum transição.
Vozes ecoadas –
Telepaticamente compreendidas,
Em total percepção –
Principalmente, compreensão.

Seres interdimensionais –
Procuram alcançar um mesmo objetivo,
No intuito de reverter a destruição.
No entanto, os seres, ditos humanos,
Tem o desejo do enriquecimento.
Não enxergando o básico à sua frente,
Sem observar que tem a menor chance.
Numa arrogância mútua,
Que o levarão para o fim.

É necessário uma conexão,
Desprendimentos para ambos os lados –
Assim se reverterá o quadro.

A Terra –
A Grande Mãe:
Equilíbrio para toda a existência interdimensional.


Consenso em comum

 


Mentalizando toda a positividade –
Em mais um final de ano que se aproxima,
Distanciando-se daquele último dia primeiro de janeiro.
Os mesmos sonhos e iguais desejos se fazem presentes,
Almejando com um novo recomeço de ciclo onde caibam todos, e principalmente, está ansiedade por escrever.
Embora haja tantas ameaças ao lado de fora -
As quais não posso controlar.

Mergulho em meu universo –
Onipresente em tantas galáxias de estrelas.
Desprendo-me de algozes insensíveis –
Os que não enxergam tal capacidade em meu ser.
Refaço-me em pequenos retalhos –
Nos aviamentos de amanhecer,
Encaixando-se perfeitamente entre si.
Revigorando-me com a energia do sol –
Que emana da natureza, seu verde e com todo o seu colorido.

Fecho os meus olhos:
Posso ser tudo o que desejo em desenhos geométricos,
Na transmutação de uma nova realidade –
Com a visita displicente dos pássaros que gorjeiam.

Nada é mais surreal do que a simplicidade –
Nas imponentes árvores que nos fornecem oxigênio – Fazem por si só –
E não tem a triste mania do ser humano de querer algo em troca.

Há tantas coisas simples –
E por menores que sejam, não as valorizamos.
Pelo contrário,
Perdermos preciosos minutos por sermos mesquinhos.

É tempo de renovação –
É tempo de esperança –
Para que haja a solicitude de reparos significantes,
Devem ser realizados para que a vida possa continuar.

Em minha singela missão, estou aqui –
Lançando uma pequena semente ao solo,
Para que floresça, e possa despertar  bons sentimentos.
Porque, se assim chegarmos à um consenso comum,
Poderemos nos tornar pessoas melhores,
Felizmente –
Com a graça do Planeta Terra,

Plenamente, regenerado.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

A nossa existência


Rabiscos –

Um grande emaranhado,
De pontos e linhas.
Um novelo que se forma,
Em uma triste escuridão –
Na mente.

De vez em quando, aquieta-se,
Diante de horas turbulentas -
É necessário uma pausa.

Não me falta o interesse,
E nem tão pouco a vontade.
Precisa quarta a alma,
Resplandecer em meditação -
Abrir espaço para o discernimento.

O aprendizado –
O amadurecimento –
Vem com o tempo,
Na realização do grande evento:
A expansão,
Revela-se na pequena grandeza.
O de parar – Respirar –
Estimular o pensamento,
Para que haja o raciocínio.

Não é pela força e opressão,
E sim, sutileza e energia.
De modo condensado,
Massa bruta.
Como o pão sovado,
Em repouso vai se expandindo.
Às vezes, o elemento – O fermento,
Está bem à nossa frente.
Porém, com a correria, não nos damos conta,
Do que possa ser insignificante –
Seja algo tão grandioso.
Ensinando-nos o que de fato,
Torna-se importante.

Precisamos domar o nosso olhar –
Também a nossa essência,
Para percebermos o quão valor tem:
A nossa existência.

Vil banalização

 


Interesses mútuo,
Desfechos próprio.
O desvendar de uma velha era,
Não causam mais o fervor,
Antigos anseios.
De uma humanidade permissiva,
Beirando ao trágico fim.

Sem alguma conexão,
Desfazendo os elos –
Estendendo paralelos.

A interação mecânica,
Arredios em supremacia.
Imperando o medo,
Infeliz desorganização.
Cada um por si,
Em seus estados lastimáveis –
Em vida – A putrefação.

Dia após dia,
Os sentimentos mesquinhos.
A total banalização,
E nenhum aconchego ou carinho.

Uma luta constante pela sobrevivência,
O Estado – As suas ferramentas – Os fuzis.
Pessoas largadas ao Deus dará,
Abordadas na favelas, entre becos e vielas,
Nenhuma infra estrutura,
Um desespero na forma mais sutil –
Tombado mais uma vítima,
Dessa vez um pai de família.
Apenas mais um número –
Vil estatística.

Governo amaldiçoado,
Promove o caos.
Super-manufaturadas as contas,
Quem é que paga essa fatura?
Um racismo desde o início forjado,
Sentido na carne, cortando a alma.
Para abastecerem cofres,
Cada vez mais abarrotados.

Residentes da periferia ou não,
Moradores de ruas em contraste com a zona sul.
Tratados e tidos como descartáveis,
Para os governantes de plantão –
Em suas condições, nada rentáveis.

Uma Pátria idolatrada,
Municiada com o seu império.
Para quem?

Um povo desumanizado,
No fim das contas –
Os escravizados.

Sem casa, saúde, educação e trabalho –
Em pleno século XXI –
“A ponta do chicote”,
Triste realidade –
Realizando os seus estragos.


O preço


Os meus pensamentos estão vazios...

Não consigo pensar em mais nada que me faça refletir diante de tal situação.

É uma impotência...

Que vai ganhando formas desproporcionais com relação ao meu tamanho físico...

Cada vez mais, torno-me pequena... Menor do que uma formiga.

Deus é testemunha do meu esforço diário.

Apesar da dor, sigo o meu caminho.

A escrita é um alívio para a alma que se refugia em um canto da casa...

Deixando-me quietinha envolta em pensamentos e imaginação.

Nunca pense que estou sozinha... 

No aspecto físico sempre tem alguém.

No entanto, há o outro aspecto, o lado emocional...

Enquanto, houver papéis e canetas, estarei muito bem acompanhada.

Recriando o meu refúgio.


Um mar aberto...

Que deságua no encontro de oceanos.

É um valor muito alto que pagamos por ser aquilo que somos.

E ser diferente – 

Em um amontoado de iguais,

Faz com que você seja:

O estranho –

O esquisito.

Quando na verdade...

Eles que o são!


Escrever (pensamento)

 


Escrever -

É a alquimia da minha alma,

Reverberando-se pelo universo.

Na transmutação do corpo -

Preenchendo de êxtase,

Da vida – O tempo.


Em dias sombrios,

Sobrevive a poesia.

Correnteza de rios,

O desejo irradia.


Insignificante



Aqui dentro tudo oco -

Vazio que ecoa na imensidão.

Sem a vibração – 

Sem a adrenalina.

Buraco negro –

Absorve tudo.


Nada para...

Nada fica...

Dragando o infinito.

Deixando –

Absolutamente –

Insignificante.


Nas feições:

Um tanto faz;

Como tanto fez.

Sei que aos poucos,

Tudo voltará a ser,

Como era antes.

Só não sei quando -

E se ainda voltará.


quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Nau a deriva em meio ao caos


 

Uma tormenta paira sobre a minha cabeça,
E eu com essa mania de escrever como um compromisso diário, tentando registrar o máximo que puder, e o que me for permitido.

                                       ***

O ponteiro da bússola segue indicando o caminho a ser percorrido –
Porém, muitos teimam em não querer prosseguir, remando contra a correnteza,
Não enxergando o que de fato de faz necessário.
Por que somos tão teimosos e insignificantes ao ponto de nos deixar escravizar por tais circunstâncias?
As respostas que tanto desejamos encontrar, não está para além dos céus, e sim, dentro de nós, em nossa essência.
Acredito que desde o início –
Deixamos nos moldar como argila – Não a forma física – E sim, os pensamentos e raciocínio.

Sei que trago aqui em minha essência a rebeldia –
De bater de frente,  realizando perguntas, que  na maioria das vezes, deixam aqueles que querem se impor desconfortáveis.
Uma nação livre não se afirma pelos cabrestos e arreios.
A forma livre de pensamento, o direito de contestar com o devido uso da democracia promovam debates e levem o senso comum  respeitando a individualidade de cada um, sem a dualidade de questionamentos ou interesse de subjugar as pessoas.
O que cada cidadão necessita é que este mesmo Estado Democrático, respeite-o  como ser e indivíduo, oferecendo-lhe condições de trabalho e de se manter, assim como os seus.
Infelizmente, em dias atuais, presenciamos pessoas sem o mínimo de dignidade, sem ao menos ter com o que se alimentarem, tendo os seus corpos vilipendiados pela violência imposta de todas as maneiras.
Será que em algum dia, viveremos uma realidade diferente e totalmente oposta da qual hoje enxergamos e vivenciamos?

Só o futuro dirá –

Se tivermos algum!

Edificação

 


A fantasia -

A imaginação -

Vivem em constante ebulição.

Tenho a necessidade da expansão,

Em desfrutar da essência -

Para a futilidade – Falta a paciência.


Da vida – Traga-me o que for bom,

No paladar – O sabor do bombom.

Misturas de peles – Miscelâneas de tons,

Ressoe no âmago – Edificando os sons.


Estampidos

 


Cortam o silêncio -

Plena madrugada,

Descortinando a alvorada.



Universo

 


Tanta sensibilidade -

Há de encontrar alguma forma de extravasar.

Seja pelo bom senso,

Através da raiva,

Ou na expansão da arte.

Eu prefiro a terceira opção,

Que no meu entender é a primeira.

Porque vejo que não vale a pena se expressar para quem não quer ouvir.

Há um grande mundo dentro de mim -

Na alma que se expande.


Posso não ser ninguém;

Posso não ser quem os outros querem quem eu seja;

Posso ser o nada o que as pessoas esperam.

Mas eu sou quem eu quero ser -

Posso ser quem eu quiser na minha essência apoteótica de atriz.


Eu sou uma miscelânea -

Uma mistura de todas as mulheres que há dentro do meu universo.

E não há quem diga que isso é impossível.

Eu sou pitonisa -

Feiticeira -

A mãe de todos os desejos.

Filha da Lua -

Remanescente de Marte -

Eu jaz em algum momento.

Mas renasço -

Em outro.

Por mais que falem ao contrário,

Mostro-me forte,

Mesmo falhando em alguns momentos.

Ninguém é perfeito -

Nem mesmo eu.


Infortúnio

 


Tanto desejo de liberdade,

Levado pela vaidade,

Prisão – A vil realidade.


quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Transmutação humana

 


Como desejo algum dia compreender esta sociedade –
De fato, o que se coopera em sua expansão,
Onde o que é pregado soa como vazio e sombrio.
Em regras que nunca são levadas à sério,
Apenas para manter as coisas em seus devidos lugares.

É tudo uma farsa –
Intriga da oposição.
Leis impostas por um poder patriarcado, arcaico, retrógrado e questionáveis.
A igreja ao contrário de um elefante branco só conquista mais bens. 
E com os seus símbolos e dogmas são incapazes de olhar para os que de fato são os menos favorecidos, acumulando riquezas.
O que realmente acontece –
Vai muito além do que uma simples missão.
Há toda uma dimensão envolvida, na impossibilidade de se colocar com empatia no lugar do outro.
Cada indivíduo como pessoa tem a sua personalidade própria e ao menos um dom, e/ou não ser mais um fantoche a mercê da vontade de terceiros.
Nunca fui de julgar os  outros –
Mas há muitos que têm essa triste mania, de querer o fazer pela capa, de enxergar apenas o que lhes convém de acordo com os seus insanos interesses.

“A palavra “religião” deriva do latim: Religare, religar, voltar a ligar.”
Por isso, faço do BEM a minha religião, aquele que pode  fazer com que me religue e me conecte com a verdadeira essência que há em nosso âmago –
A alma – Compartilhando com os que desejam  o mesmo –
Em igual transmutação humana.

Heresia

 


Doce veneno – A tal da democracia –

Como algozes brigando – Feito heresia.

Quem é que se sobrecarrega com a hipocrisia?



Poesia


Reverbera na alma -

Paz – Transmuta a calma,

Carnal – Minha autoestima.


Essencial poesia


Não sei mais o que esperar -

É um nó que não desata.

Aperta sem me dar chances,

Preciso de uma revanche.

Vivo mergulhada - Mar de lama,

Preciso respirar, falta o ar.

Envolta em dilemas,

Oportunidades - Abra a porta.


Uma garoa fina vem me molhar -

Mistérios da natureza.

Anjos clamando pela vida,

Vêem me mostrar, ainda há beleza.

Em meio às tempestades,

Da minha essência, a majestade.

De clemência, um olhar,

Posso senti-lo, não há dúvida.


É de restauração, a chuva,

Inebria aos meus sentidos.

A alma com certeza louva,

De sentimentos cálidos.

Despertando bons presságios, 

Sem usar de subterfúgios.

Acalentando o desejo,

Revigorando cada lampejo.


Labirintos tortuosos

 


Espelhos -

Olho através de seu reflexo.

O que enxergo,

Uma realidade sem nexo.


Por todos os lados – Os perigos,

Para onde devemos seguir?

Não há nada de novo aqui.


Espalhando pelo chão,

O líquido em tom vermelho.

Percorremos caminhos,

Labirintos tortuosos -

Redemoinhos,

Até a exaustão.

Passos lentos – Penosos,

Quem foi que disse:

Que há clemência?

Apenas crendice -

Sobrevivemos em dias sombrios,

Na espinha, calafrios.