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terça-feira, 30 de novembro de 2021

Manhã de 16.06.12

 


Tantas coisas já se passaram -

Sem que eu saia deste lugar!

Tantos sonhos tão claramente almejados e outros tantos ensaiados em minha mente tão imensa quanto a minha própria imaginação desfocada.

Uma vez me avisaram:

- Não sonhe tão alto para não cair da cama!

Pergunto agora:

- Será que eles têm a razão?

Os meus pés estão no chão,

Mas a cabeça vaga a milhões, bilhões, trilhões... De quilômetros de altura.

Quero tanto para mim...

No entanto, não consigo sair deste lugar.

Dar a entender que estou presa... Finquei raízes.

E nem mesmo quando sonho dormindo, não consigo chegar aonde quero.

É igual ao sinônimo de pânico... De medo...

Uma completa insegurança , quando me bateu à volta de um bairro comercial, no qual fui buscar uma encomenda no correio. Já que por falta de segurança, certas mercadorias não são entregues na própria residência.

Este é o tão sonhado, anos 2.000, cercados por medos... Pela falta de segurança.

Insegurança total!

“Ano 2.00 era o futuro, 

Há pouco tempo atrás.”

Humberto Gessinger, em Túnel do tempo (cd Gessinger, Licks e Maltz).

Se alguém me perguntasse qual seria o meu desejo neste momento, será trabalhar sem lidar com certo tipo de publico.

É mais fácil trabalhar com papéis e tintas!

Na maioria das vezes, as pessoas são educadas. No entanto, as regras têm as suas exceções.

Algumas pessoas ao saírem de suas casas, deixam a educação trancafiada no fundo do armário.

A falta de educação e respeito são duas coisas que me irritam profundamente.

Já que comecei este texto falando sobre sonhos.

O meu maior sonho (pode até parecer meio contraditório) é trabalhar com o público... Lidar com ele de forma diferente: Tecendo meus textos. Ouvindo opiniões... Até mesmos as críticas, sejam elas construtivas ou desconstrutivas.

Ou quem sabe fazer um dueto com o grande gênio Humberto Gessinger.

Há algum tempo atrás, cheguei a expor meus textos em um site (Recanto das Letras), apesar de algumas criticas, foram bem aceitos, tomando uma notoriedade sem tamanho.

Isso é o que desejo fazer:

Escrever...

Levando mensagens positivas.

Entreter ao público.

Não me julgo a melhor escritora... O melhor autor. Apenas dou o que há em mim. Tenho o meu cunho pessoa, assim como todo bom escritor tem o seu.

Cada pessoa tem que acreditar no algo a mais que seja necessário para acrescentar na vida do outro...

Ninguém está aqui por acaso!

O acaso não existe!

Em tudo há uma razão para ser...

Para continua existindo!

Na vida existe um caminho e entre eles duas bifurcações: o certo e o errado.

Cabe a nós fazermos a escolha procurando, claro... Ir pelo caminho que nos leve a alcançar os sonhos... A vivermos bem, perante o propósito... A missão de cada um.


Mistura de pesamentos

 


Caminhando -

Quero não pensar.

Mas pensando -

Sem sair do lugar.


Observando pessoas ao meu redor,

Ainda por cima sou obrigada a inspirar à fumaça expelida de cigarros algumas delas.

Infelizmente todos nós somos fumantes: ativos e passivos,

Talvez seja uma ironia dizer que estou no grupo dos passivos.

Odeio fumaça... Principalmente as que saem de cigarros.

Para quê alimentar a poluição?

Para que fumar?

Se sabem que estão diminuindo algumas horas de suas vidas e, daqueles que fumas passivamente, assim como eu!


Quero não pensar,

Caminhando.

Mas continuo pensando,

No mesmo lugar.


Na vida que tenho -

Ou como ela poderia ser.

Fragmentos de livros que, no momento leio povoam meus pensamentos,

As personagens vão criando forma -

Adquirindo vida.

Será que Liesel existiu?

Será que Liesel foi como Anne Frank?

Ou será o oposto por ser uma alemã?  Por não ser judia?

Será que Liesel tem muito haver com Anne Frank?

Assim como ela (Anne Frank) tem muito de mim?

O barulho da famosa avenida desnorteia um pouco os meus pensamentos... Embaralhando-os feito cartas em um jogo viciados de azes marcados.

Os sons parecem chocalhos no cotidiano das pessoas que por ela transitam, sejam motorizados, em suas bicicletas ou simplesmente a pé.

Aqui estou eu!

Uma simples mortal -

Com inúmeras coisas a fazer e aqui perdendo o meu tempo escrevendo palavras que nunca saberei se serão lidas.

Embora abandonando um pouco a escrita por mera falta de tempo, os meus pensamentos continuarão borbulhando, fazendo a minha imaginação crescer de uma forma contundente e crescente a cada ato ocorrido.

Talvez não seja o tempo o grande vilão, porém, por ser uma pessoa só, como eu, tenha que cumprir inúmeras tarefas durante o dia, como cuidar da casa, preparar o almoço, ler um livro ou alguma coisa que me venha à mão, cuidar dos filhos, escrever, verificar se os gatos (dois) precisam de algo e ter mais um dia de trabalho. Afinal de contas, preciso ganhar algum dinheiro para sobreviver neste mundo capitalista.


Continuo pensando,

Não querendo pensar.

Caminhando,

No mesmo lugar.


Sei que, às vezes, bate-me uma inquietude,

E meus antigos e novos pensamentos tendem a lutar contra si mesmo... Em um eterno cabo de guerra, dividindo-se: Uma metade deseja a leitura... Já a outra metade deseja a escrita.

Isso é -

Quando o sono vem se apossar de meu corpo cansado,

Jaz de tanta labuta.


Às vésperas da guerra III

 


Preciso exorcizar todos os meus fantasmas -

Pois eles me perseguem há vários dias, principalmente deste a última madrugada de quarta-feira (20/06/12).

Quase todos se perguntam -

Alguns tolos fazem apostas de quando acontecerá... 

Em que ano se dará a terceira guerra mundial.

Para que isso?

Se já vivemos em nosso cotidiano uma guerra civil.

Com territórios demarcados por fronteiras invisíveis na cidade na qual vivemos.

Surgem vitimas inocentes à todo momento.

Como continuar vivendo?

Como ir e vir do trabalho sem alguma preocupação?

Ou não ter um ataque de ansiedade no meio do caminho?

Porém, quando penso que em minha própria casa estou em segurança.

Esta própria coitada fica escondida, embaixo da cama. 

Pois somos invadidos -

Violentados em nosso direito de ficar - De estar bem.



Fórmulas e regras


Não me pergunte as fórmulas,

Não as decorei.

Não queira saber sobre as regras nulas,

Eu não as encontrei.


Somente sei explicar,

Sobre aquilo que sei.

O que estudei,

E com os outros aprendi.


Não me peça para falar de intolerância,

Isso me causa ânsia.

Não quero estar no seu lugar,

Nada de metabolismo.

Chega de metafísica,

Prefiro a simplicidade.

Esta que me leva a felicidade,

Com todo o seu realismo.

Aonde foi parara a métrica?

Será que ela parou de respirar?


Pena que não todos,

Os que pensam nesse fim.

Bem que não poderiam ser assim,

Será que somos todos uns tolos?


Aquarela


Tudo se faz velho,

Quando olhamos através do espelho.

Mas repare bem,

Se olharmos com atenção.

A serenidade vem,

Junto com o passar do tempo.

Nada de revés,

Não há o contratempo -

Essa é a condição.


Borboletas voam pelo jardim,

Exibindo-se para mim.

Asas coloridas e abertas,

Posso avistar da janela.

Colorido de aquarela,

Faceiras, trigueiras e libertas.

Este é o ponto em que quero chegar,

Colocando-me em seu lugar.


Submissa ao mundo das Letras


Bem que queria saber as respostas para as perguntas sem explicações.

Porém, sou uma simples mortal com meus defeitos e com poucas qualidades.

Uma dessas pouquíssimas qualidades é ser adepta a escrita... 

Ser submissa ao mundo das letras.

Não sou e também não quero ser maior do que ninguém.

O que me prende aqui é a missão que tenho é o meu propósito ao que me prendo.

Não quero ser da maneira que gosto e sou.

Há algum tempo, não sei precisar o quanto, as pessoas terão ciência de quem de fato sou.

Conhecer-me-ão através de meus escritos, das memórias deixadas gravadas em folhas de papéis.

Não sei que juízo farão -

Entretanto, o que desejo não apenas para o futuro, mas no presente momento, é que as pessoas sejam melhores do que elas são.

Acredito em um futuro melhor -

Acredito em um mundo melhor,

Acredito em um novo lugar para se morar.


Inverno de almas

 


Os pensamentos que aqui os escrevo, fluem de uma mente puramente insana.

De alguém que deseja em seus momentos de loucura, estar bem consigo mesma.

Mas os dias estão mais densos, menos condensados ao meu propósito.

É inverno lá fora e, o frio teima em entrar pelas frestas das janelas como também pelas arestas de minha alma.

Só desejo que o mundo fosse menos egoísta e, que também as pessoas pensassem menos em si próprias.

Há tantas razões pendentes...

Há tantos, porém a serem resolvidos.

Não só o mundo, como também as pessoas são várias caixinhas de surpresa. Todos os dias que amanhecem e a nós é permitido abrir os olhos, também se faz necessário abrir os nossos corações para sabermos como o outro está.

Uffa!

Como viver se torna mais cansativo com o passar dos dias.

Sei que meu coração está leve.

Sinto que as coisas vão melhorar...

Fé em Deus!!!

E nos anjos protetores...

Dias melhores virão!

O inverno nas almas passará!


Ponto de interrogação

 

Quase tudo é um ponto de interrogação.

Em tudo o que faço -

Em algo que deixo por fazer.

Esta abstinência de pensamentos me consome,

Às vezes, falta o tesão, confesso.

Têm certas circunstancias que me levam ao marasmo,

A fome por aprender que se tornas insaciável, grita dentro de meu peito.

No momento sou igual a um robô, fazendo tudo mecanicamente, sem sentimento, sem a emoção, sem a motivação que se faz indispensável para toda e qualquer realização.

As engrenagens estão rangendo,

Falta o mínimo de óleo.

As peças com o tempo se fazem enferrujadas, tomadas pela corrosão,

Não sei se a lubrificação algum dia se dará um jeito, ou se resolverá a situação.

Às vezes, leva-me a crer que seja total perda de tempo,

É como se os remendos no velho cobertor, não adiantasse mais.

O frio supera todo e qualquer abrigo,

O calor é menos denso.

O inverno é intenso,

Então, vem a hipotermia.

A vida jaz,

A morte se faz presente.


Desligada


Estou muda,

Desligada do mundo.

Fora de conexão,

Há tempos -

Em outros distantes.

Seriam horas -

Passando devagar.

Seriam horas -

Que demoraria a divagar.


Estou gritando,

Ligada dentro de mim.

Preferindo as coisas,

Que gosto mais assim.

Do meu jeito,

Em minha maneira de ser.

Para me tornas aceita,

Não é necessário mudar.

As portas estão abertas,

Voo em pleno ar.



Máscaras

 


Uso minhas máscaras -

Eu sei.

Mas no momento oportuno,

Também, sei despi-las.

Tudo voa a favor do vento -

E não existe remédio melhor do que o tempo.

Tudo vai passar.


segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Intolerância


Os meus sentidos estão entorpecidos,

Em versos tristes rimados.

Tiram a sensação,

De meus pés no chão.

Há tanto estardalhaço,

Segue mecânica a multidão.

Calaram-se as vozes,

Em meio aos algozes -

Restaram corpos em poços.


Somos todos humanos,

Não nos incluem nos planos.

Para quê a divisão?

Para sermos libertos,

Não existe raça, credo ou religião.

Os braços estão abertos,

Entregues a punição.

Culpados de crimes inexistentes,

Vivemos um mundo descrente.

Onde vale a lei do mais rico,

E sobreviveremos em subjugação -

De um ideal já caduco.


Gritar -

É o que devemos fazer.

Soltar -

O desejo que emana.

De uma nação mais humana,

Ter o direito ao lazer.


Necessidade (escrever)

 


Sinto a necessidade em escrever,

Escrever -

Compor é meu ar.

Se algum dia não mais escrever -

Será como se tivesse tirado tudo de mim.

E se algum dia não mais puder...

- Mate-me!

Antes a morte -

Do que a agonia da tortura em não mais relatar meus pensamentos.


***


Tantas páginas por escrever -

Tantos sonhos por se realizar.

As páginas estão em branco.

Assim como o meu coração,

Tão perene -

E nada sereno.

O que aconteceu -

Foi apenas um ponto em ebulição.


***

A minha arte -
Isto é o que tenho.
O que realmente possuo,
O que é meu por direito.
Nada e ninguém a tirará de mim -
As letras rabiscadas,
Desenhadas,
Escritas com devoção tamanha.
São nelas que empenho e deposito o dom permitido.
Em situações  com tantas coisas para se falar e nada por dizer.
Aprendi -
E continuo aprendendo todos os dias a observar o cotidiano e, principalmente a me observar.
Pra ter a certeza de que eu quero e não me acovardar diante daqueles que não tem nada a me ensinar.
Por isso, lhes digo:
Não me troco por qualquer pessoa.
O meu valor é incondicional,
Seja a autora: Fabiana de Lima ou a personagem Fabby Lima.
Tenho as minhas próprias regras.
Faço as minhas leis.

Erros do passado

 


Já que não posso apagar os erros do passado -

Quero rabiscá-los,

Com tinta preta da cor da escuridão.

Para que nenhuma letra sequer possa ser decifrada,

Para que nenhuma palavra possa ser lida ou pronunciada.

Assim não trazendo os fantasmas,

Estes devem ficar em seus túmulos. 

Não assombrar o presente e, não mascarar o futuro. 

Já que este tem a esperança de ser mais iluminado.

Chega de sombras!

Chega de escuridão!

Que venha a luz -

Que venha a luminosidade.

Que o futuro venha e traga a paz,

Que o futuro -

Venha com sucesso!


Guinada

 


O futuro outra vez se faz incerto,

Em pontos de interrogações que dançam iguais a bolinhas de sabão flutuando no ar.

Duvidas!

Incertezas!

Não sei qual a direção deva seguir,

Os meus sentidos estão confusos.

A minha mente perturbada -

Mas eu sei o que desejo para mim,

Não quero mais a vida que vivia antes.


Sangue frio


O meu sangue frio já não corre mais quente por minhas veias.

O meu corpo não tem vida,

Jaz frio diante de uma cama em pleno inverno.

Tudo está adormecido pelo gelo...

Dormente perante a estupidez alheia.

A minha alma divaga por um lugar qualquer...

Viajando por locais que desconheço.

O olhar fixo em algum ponto que a íris não conhece.

Abandonada e fria...

Assim como me sinto.

Sem viço...

Sem vida...

Sem sentimento!

Queria só um pouquinho de coerência nesta roda que se chama sobrevivência.

Os sussurros que ainda saem pela minha boca parecem nulos... Não denotam nenhum tipo de reação.

Os outros me vêem, mas não me enxergam.

As pessoas escutam meus ruídos sonoros, mas não me escutam.

Vai ver que elas não consigam decifrar ou que, não faço parte de seu mundo.


Borboletas no aquário



O que está acontecendo comigo?

Estou com cansaço mental -

No ócio,

Sem algo criativo para escrever.

Olho ao meu redor e fico me perguntando: 

Se realmente sou daqui? 

Se verdadeiramente faço parte deste lugar?

Às vezes, ou quase sempre me sinto uma alienígena. Pelo fato continuo de não parecer ou ter as mesmas ideias dos outros que aqui convivem.

Mas por que será preciso tal condição? Sofrer e ser ignorada por meu comportamento descontraído de ser?

Tenho a ansiedade pelo novo,

Tenho a necessidade em aprender.

Saciar a sede por novos conhecimentos e mais e mais o que a mim for oferecido.

No entanto, sou igual à borboleta que vive presa a um aquário desejando alçar voo em um espaço menos limitado.

A realidade me permite enxergar até onde possa alcançar a minha visão.

Dessa maneira meus pés e mãos se fazem atados, como também a boca amordaçada.

É destino da borboleta viver livre -

O meu viver é uma real inconstância que não é a vida que algum dia desejei.


Meu quarto (meu mundo)

 


Tudo o que escrevo -

Tudo o que crio -

Os versos que componho,

Tudo o que imagino.

Está aqui... Dentro de meu mundo,

Mas precisamente em meu quarto.

É daqui de dentro que, imagino um mundo vasto, cheio de fantasias e repleto de possibilidades.

De um possível encontro -

O voo da borboleta.

Conhecer Humberto Gessinger,

Conseguir o que tanto desejo.

Ter um dos meus maiores sonhos realizados,

Um dia quem saber de ser feliz.

Sonhar é o que me motiva a querer vivenciar o que meus dedos em conjunto com a minha criatividade vão montando.

A minha inspiração é espontânea,

Assim como meus pensamentos voam livres.

Nem sempre sou aquilo que escrevo,

Mas tudo o que escrevo tem tudo e um pouco mais de mim e de minha essência -

Que a maioria não conhece.


Acredito (posso voar)

 


Em meu interior -

Busco por momentos de alegria.

Nos instantes de silêncio,

Desprezando o selênio.

Espaço que possa me escutar,

E ouvir todos os desejos.

Que trago guardado no peito,

Trancafiados em meu quarto.

Como em segredo o beijo,

Espreitando sem malicia.

Um espião ao redor,

Não tenho como respirar.


Acredito -

Quando me deito,

Sei que posso voar.

Rumo aos meus sonhos,

Alçando-me nos versos que componho.

Sem nada para me impedir,

Um dia, tornará realidade.

Não sei onde estarei se aqui,

Ou em outro lugar.

O meu coração viverá a felicidade,

Encontrarei enfim a verdade -

E com ela a tranquilidade.


Tenho vivido tantos percalços,

Andando com os pés descalços.

É longa a caminhada,

Não desistirei desta estrada.

Por mais que as trilhas,

Sejam mais esburacadas.

Seguirei por milhões de milhas,

Não medindo a distância.

É ensandecida a chegada, minha ânsia,

Prefiro correr o risco, melhor assim.

Antes lutar, a esperar pelo fim,

Diante do perigo, estou armada.


Acredito -

Quando me deito,

Sei que posso voar,

Nos pulmões novo ar.


Quando estiver cada vez mais alto,

Desatarei os nós dos desenganos.

Atingirei renovados planos,

Conhecerei a outra dimensão,

Tenho certeza da emoção.


Acredito -

Quando me deito,

Sei que posso voar.

Ou olhando para o horizonte,

No olhar fixo vislumbrando o céu.

Basta ver em meu semblante,

No coração, borboletas fazendo escarcéu -

Feito selenita morando em outro lugar.


Para sempre

 


O que amamos...

Ficará para sempre!

As vagas lembranças envelhecidas pelo tempo.

Na foto que se apagou -

Na folha de papel que amarelou -

As imagens e as letras jamais deixarão de existir.

Embora alteradas pelo passar dos anos, seus registro ficarão gravados em nossas memórias.

Como aquela música que marcou um momento especial.

Nós seres humanos, somos munidos de sensações, inteligência e memória.

Dias, meses, anos, décadas...

Podem passar!

Mas o que amamos e pessoas memoráveis sempre farão parte de nossas vidas.

Mesmo que o tempo se faça distante e até, quem tanto queremos bem não se faça presente.

O mais bonito de tudo isso, é sentirmos todo amor possível em nossa alma.


Minha poesia (G. Alves/F. Lima)


É a minha poesia,

A menina dos meus olhos.

Admirando através do espelho,

E a tua luz irradia.


Vejo-te em meu pensamento,

Como quem vê o quadro da Monaliza.

Pois você tem o poder do encantamento,

Que a mim tanto hipnotiza.


Não desisto do meu sonho,

Busco-te nos versos que componho.

Desenhando letras num rascunho,

Tecendo poesia de próprio punho.


Os dias em que passo com a solidão,

Contando o tempo que não quer passar.

Constroem o castelo da imaginação,

Onde viveremos sem nos separar.


Tu és a doce esperança,

Emanando na ilusão.

No coração brinca feito criança,

Faz travessura com emoção.


Mas daí na podes me ver,

Que eu sem você vivo tão mal.

E já nem sei se pode haver,

Alegria no que é real.


Uma nobre conquista,

O teu jeito me leva à nocaute.

Deixando-me na pista,

Miragem me segue dia e noite.

 

Pois o que no peito sinto,

Não consegues imaginar.

E sei que é um labirinto,

O caminho para te encontrar.


Pode passar o tempo que for,

Guiar-me-ei pela tua luz.

Nada vai perecer este amor,

Sei... Até ela me conduz.


É a minha poesia...

A alma gêmea de outra dimensão.

Por você percorro a terra, sua extensão,

E faço-te a minha serena liturgia.


domingo, 28 de novembro de 2021

Mudança de planos (G. Alves/F. Lima)

 


Não aceito viver de ilusão,

O meu coração quer um amor real.

Castelos de farsa e imaginação,

São moradas perfeitas pro que faz tão mal.


Não quero viver só o momento,

Enganar que o efêmero é pra durar.

Quero que venha com o vento,

Tudo o que possa me alegrar.


Refrão:

Eu só quero a verdade,

Em tudo que eu possa ter.

E poder enxergar a felicidade,

Florescer e crescer em meu viver.


Não me iludo com o brilho dos artifícios,

Nem com a beleza que vejo sem tocar.

Já caminhei trilhando os precipícios,

E hoje sei seguir sem errar.


Andei por caminhos sem volta,

Mas pulei a cerca, encontrei o retorno.

Refiz os mapas, do voo novo plano,

Pulei do avião, abri a porta.


Refrão:

Eu só quero a verdade,

Em tudo que eu possa ter.

E poder enxergar a felicidade,

Florescer e crescer em meu viver.


Construi e desmoronaram os castelos,

Estes podem muitas vezes cair.

Reconstruo-os a cada novo elo,

Do chão, meus pés não tiro daqui.


Estou livre para seguir outro rumo,

Buscar um diferente ritmo.

Guio-me pela luz dentro de mim,

Sei que esta nunca terá fim.


Explicação

 


Nem tudo para a vida -

Tem explicação,

Basta olharmos com os olhos do coração.

E enxergarmos o outro, com a essência de nossa alma.

Esta é a mágica da vida, para fugirmos das armadilhas do cotidiano.

Deus é paz!

Deus é a Luz!


Para sermos felizes

 


Nem sempre é fácil lhe dar com o próximo.

Isto envolve tantas questões que, às vezes, ficam irremediáveis certas situações.

O ser humano é tão complexo e volúvel,

Envolvido em interesses próprios. Com falha de caráter e, quase sempre materialista.

Não conseguindo enxergar o leque de opções em fazer o bem ao outro. E, perdendo-se no meio do caminho.

É tudo fácil e tão simples.

Para sermos felizes, não precisamos do muito.

Para sermos felizes, basta vermos com o olhar de uma criança.

Para aprender mais.

É só observarmos o voo de uma borboleta.

O seu destino é nos encantar.

E o nosso é propagarmos o Bem.

Irradiarmos o mundo com a Luz divina.


Enredo

 


Por que me sinto tão presa e, algemada neste lugar que não é o meu?


Sou menina -

Sou mulher.

Sou poesia -

Sou poeta.


Encantada,

Enclausurada.

Condenada,

Mistificada.


Entregue a devaneios,

Enredada às entremeios.

Em nós de intrigas,

Perdidas em vãs brigas.


Sempre me vi assim,

Aprisionada aos fatos.

De terceiros,

Este ciclo não terá fim?

Entre quatro paredes de um quarto,

Sozinha com meus travesseiros.


Amor incondicional

O meu coração continua tão pertinente,

Ainda sonha com doces momentos de felicidade.

De reconhecer o rosto em especial no meio da multidão,

Daquele que me fez imensamente feliz em outras vidas.

Sinto a falta de alguém -

Tenho saudades do seu amor incondicional.

Não me perguntes como isto se dá,

Não sei encontrar a resposta.

Não me leve à mal,

A explicação é o que se dá dentro de mim.

Acredito que em algum dia, esta procura terá o seu fim,

Há noites que bate aquela decepção.

O peito fica vazio,

É neste espaço que tu deverias estar.

Não sei se sofremos algum desengano,

Acredito que retornaremos os mesmos planos.

Aonde colocamos uma vírgula e jamais um ponto final,

Posso ser até uma boba.

Em acreditar no que os meus olhos não enxergam,

Mas posso senti-lo com a minha alma.

A tua presença se faz forte e intensa,

Aqui dentro da essência de minha alma -

E este amor é incondicional.


 

Música e poesia

 


Acordes...

Sons...

Compasso...

Marcação...

Letras que buscam a harmonia.

Palavras rimadas que compõe a melodia.


Expressam sentimentos as canções,

Transmitem contentamento as vibrações.

Fazem com que viagem pelo tempo,

De alegria transbordando no corpo.


Violentas e doces notas musicais,

Seja no rock ou no ritm and blues.

Isso tanto me satisfaz,

Em meu céu em tom blue.


A música -

Envolve-me numa serena loucura.

Transcende a alma,

Devolve a respiração.

Trás de volta a calma,

A minha grande alucinação.


O que ela quer me dizer,

Em tudo acredito.

A poesia se rende ao prazer,

É por esta causa que luto.

É um sonho,

Em versos que componho.


A poesia -

O meu pedido:

Que as palavras jamais deixem de rimar.

A música:

Sabor de mel na boca.

Para os pulmões novo ar.

Irradiando os dias,

Em meus desejos incontidos.


Acordes...

Sons...

Compasso...

Marcação...

Letras que buscam a harmonia,

Palavras rimadas que compõe a melodia.


Para a vida é visceral,

Não enxergo nada de mal -

Essa nossa sintonia.


A tua espera

 


A tua espera -

Sinto-me fria e distante.

Como se desejasse estar em outro lugar,

Mas esta é a verdade.

Este é o meu anseio,

Estar... Ficar ao teu lado, como se nada mais estivesse acontecido.

Você se foi -

No entanto, a sua ausência masculina está em mim, lasciva e perturbadora.

Como sempre me tirando o sono,

Pareço-me lívida, almejando o seu toque em minha pele para que eu possa reacender.

Ressuscitar todos os meus sentidos -

Já que sem a tua presença, jaz o meu corpo neste lugar sem luz e sem cor.

Por quanto, tempo mais se dará esta espera que tira de mim todo o meu sossego e inquieta o meu coração?

Ao te reencontrar cada segundo de espera terá válido a pena,

Pois viverei contigo eternamente.

E não permitirei que nada mais nos separe,

Já que não tê-lo aqui comigo é quase morte.

Só desejo viver e reviver cada etapa de minha existência ao lado de meu grande e eterno amor,

Por enquanto, só me resta vivenciar esta espera que corta a pele e dilacera a minha alma.

Preciso de você -

Então venha ao meu encontro,

Venha me salvar!


Somente questões


Questões de justiça e injustiças afetam o nosso cotidiano.

Um clamor pela primeira opção aflora os nossos corações.

Mas somos aprisionados pela segunda e derradeira sem qualquer indagação.

Até quando seremos atropelados pelo sistema aonde impera a desigualdade.

A pessoa não vale pelo o que é e, sim pelo o que ela tem.

O que será de nós pobres mortais?

Que somos tratados como imorais e fora da lei.

Aprisionados em idéias mesquinhas.

E principalmente confinados em ideais fajutos.

Como desejo que as coisas tomassem outro rumo.

Que os seres humanos fossem menos hipócritas e egoístas.

Como quero lançar mãos das amarras que aqui me prendem.

São as mesmas sensações de outrora.

O medo... O receio... O nazismo atual.


A poesia e o rock n' roll


É a poesia -

É o rock n’ roll.

Que me salvam dessa realidade que tanto me trás repúdio.

Como posso fugir?

É isto que desejo desde o início.

Preciso encontrar algum caminho que me leve para bem longe daqui!

Não sei o que seria de mim, se não fossem estes dois elementos.

Que tanto aliviam a dor de minha frágil alma.

Mas o meu destino é bem maior do que isso.

É mais grandioso do que eu posso até então imaginar.

Já tracei tantas milhas.

Percorri outros tantos labirintos.

E de nenhum deles consegui escapar.

Pareço estar mergulhada em um pesadelo tenebroso.

E a qualquer momento meus inimigos podem me alcançar.

Poesia e rock n’ roll -

Levem-me para alguma distância segura.

Aonde meus algozes não me alcancem.

E seus escudos me protejam daquilo que me angustia.

Sei que se fará diferente outro dia.

Em que não mais amanhecerei tendo como companheiros os sonhos ruins.

A beleza da poesia.

E a batida do rock n ‘ roll -

Serão as minhas doces companhias.

E todo o mal será esquecido.

Ficará no passado -

Em um velho baú empoeirado,

Para sempre aprisionado.


Eu sou livre



Eu sou livre -


Não importa a que fui imposta,

Quais são as causas ou as consequências.

Em meus sonhos abro a porta,

Posso estar presa fisicamente.

Não será dessa maneira eternamente,

Dá para se fugir da sequência.

Porém, aqui dentro sou livre,

Meu espírito volita por onde quer.

Prende-me as amarras do destino,

Posso estar louca por um instante.

Querendo alçar novos planos,

Não enxergo nada grave.

Está aí o meu doce prazer,

Minhas poucas horas de lazer.


Eu sou livre -


Não quero dar margens aos atropelos,

Com as borboletas tenho grande elo.

Ágeis e faceiras se realizam por mim,

Será sempre assim até o fim?

Para alcançar as alturas, o céu,

Preciso voar cada vez mais alto.

Como as pequeninas, fazendo escarcéu,

Espelhar-me no que se é grandioso.

Arremeter feito avião é bem delicioso,

As pessoas me vêem na janela do quarto.

A minha cabeça a quilômetros de distância,

O vento esvoaçando nos cabelos.

É o que me faz prosseguir a esperança,

Não desistirei de minha ingênua essência.

Lá de cima avisto os castelos,

Construídos todos com tamanho zelo.


Eu sou livre -


Com as canetas e os papéis,

Ouvindo no último volume os decibéis.

No compasso de meu coração,

Transmitindo a escrita prazerosa emoção.

A batida forte do rock n’ roll,

Este é o anzol.

Que alivia a vida,

Faz com que ela seja menos pesada.

Jamais me furte esta riqueza,

Se não darei nós, virá a fraqueza.


Eu sou livre -

I am free!


sábado, 27 de novembro de 2021

Pensei que fosse imortal

 


Pensei que fosse imortal -

Mas eu sei que, algum dia não estarei mais aqui.

Será que as pessoas sentirão a minha falta?

Isso só o tempo dirá,

Por isso, escrevo.

Escrevo sempre para que aqueles que se interessarem saberem quem fui nesta vida.

As minhas letras,

As palavras serão imortais,

Os pensamentos e ideias,

Também os meus ideais.

Os desejos de que todos vivam felizes e em paz.

Que as guerras sejam vistas, apenas em vídeos, ou melhor, que as lembranças ruins não sejam mais presentes em nossas vidas.

Sonho com a igualdade humana.

Que todos sejam tratados como são e, não julgados por aquilo que tem.

Será este sonho possível?

Eu desejo -

Você deseja -

O vizinho deseja

É essa corrente que precisamos fazer para que algo novo aconteça.

Assim fazendo das pessoas - 

A humanidade imortal.

Imortais são os nossos desejos, sonhos e ações.

Imortal é o amor quer possuímos pelo próximo.

Imortal é o cuidado pela natureza.

Imortais são as boas palavras, é o que fazemos para ajudar ao próximo;

Por isso, faça-mos mais do que fazemos hoje.

A vida segue a cada amanhecer.

Até que eu seja agraciada em respirar.

Tenho a plena certeza de que algum dia partirei.


O que desejo: Encontrar a tua alma


Para que possas me ouvir... Grito!

Digo o que desejo:

Encontrar a tua alma.

Dirija-se ao meu encontro.

E, então, refazer os laços que ficaram soltos pelos caminhos.

As estradas estão luminosas, para que possamos segui-las unidas.

Veja o brilho em meu olhar.

Busque-me...

Leve-me para outro lugar.

Encontre-me...

Segure minha alma em tuas mãos!

Faça dela o cálice do mais saboroso licor.

E a tome...

Beba a essência que entorpece os sentidos.

Ela tem a cor vermelha.

A cor de sangue...

A cor da vida.

Digo o que desejo.

Em um grito desesperado...

Encontrar a tua alma.

E faça da minha, o que quiser...

Pois eu sempre fui tua.


Canções infantis


Ah...

Como eu queria poder voltar ao tempo...

Na época em que as canções infantis diziam tudo o que queria ouvir.

Acreditava com veemência de que o mundo estava ali... Intacto e blindado de toda e qualquer maldade.

Mas os dias passam...

As mudanças de fases acontecem:

A adolescência...

A juventude...

A vida adulta...

Esta quando chega também com ela as responsabilidades (contas a pagar).

O que mais sinto falta é da inocência daquelas mesmas canções.

Assim com o passar dos anos...

Com eles vieram tantas coisas ruins que, não lembram em nada as voltas a pé das festas com os amigos, sem alguma preocupação.

Vai fazer isso em tempos atuais... Está arriscado tu não voltares mais.

Quem me dera se eu pudesse voltar atrás... Tantas coisas mudaria.

Apagaria o rascunho de meus dias e, escreveria à caneta permanente com tamanho zelo os fatos que, foram marcantes e felizes: A época dos anos oitenta. A descoberta dos Engenheiros do Hawaii, o nascimento do amor pela poesia, entre outros... E passaria corretivo em cima dos acontecimentos que não foram legais.

Reescreveria tudo com o maior prazer!

Não deixando para ser impresso nenhum pingo ou letra.

Creio que, felizmente ou infelizmente a vida é uma só. Uma nova chance. E ao vivenciarmos cada uma delas, vivemos experiências boas e ruins. Cabe tirarmos lições dos fatos que acontecem com conotação boa e aprendermos com os erros.

É humano errarmos uma vez, mas cometer o mesmo erro é falta de aprendizado.

Quando estamos vivos aprendemos sempre!

Por algum momento, se tomarmos alguma atitude que não seja correta, devemos possuir o discernimento de não mais repeti-lo.

Nos corrigirmos e reconhecermos algo errado é uma atitude nobre, fazendo enaltecer o coração.

Às vezes, sei que é mais fácil deixarmos certas coisas de lado. É mais cômodo não tocar no assunto.

Portanto, se as pessoas não tomarem as rédeas em suas mãos, os eventos tomarão dimensões proporcionais ao desmantelo, talvez não mais irremediáveis.

É imprescindível recomeçarmos no instante, ao percebermos que não estão no mesmo compasso que deva ser mantido, como uma canção fora do ritmo para mantê-la afinada.

Ah...

Como eu queria ter a possibilidade de voltar ao tempo das canções infantis.

Estas estão impressas nos CDs...

Mas o desejo ainda é o mesmo.

As iguais ilusões de que o mundo possa ser diferente com os super heróis, de que o lugar onde vivemos possa ser bonito.

E não com os vilões a cada esquina de nossas ruas, espreitando-nos a espera de mais uma vitima.


Doces ingredientes


 

A música...

A poesia...

A escrita...

A melodia...


Ingredientes principais -

Para adoçar um ouço a realidade que se faz como o fel.


Quero viver a verdade,

Enaltecer outra realidade.

Embevecer a felicidade,

Sobreviver nesta cidade.


A música...

A poesia...

A escrita...

A melodia...


Amenizam a vida -

Harmonizam os dias.


Expectativa e decepção

 


Fico olhando com tamanha expectativa os dias futuros de minha agenda e, pensando:

- Serão diferentes dos dias que já vivi até hoje?

Nós seres humanos somos bem estranhos.

Nunca estamos contentes com o que possuímos.

Quando temos algo nas mãos, queremos ainda mais e mais.

Até quando nos comportaremos dessa maneira?

Acho que a ambição nasce conosco... Em nosso DNA.

Porém, acho que fui formada com alguma anomalia genética. Pois em meu sangue não corre este gene por dinheiro ou qualquer coisa material.

Quem me dera respirar novo ar.

Conhecer pessoas com perfis diferentes daquele que conheço.

No peito fica um anseio enorme em gritar!

Algumas horas se passaram depois do anoitecer.

Amanheceu novamente...

Mais um dia de pura expectativa e de uma grande decepção.

Não me canso de perguntar:

- Até quando?

Os meus sonhos ficarão na imaginação.

Os desejos guardados no coração...

Os anseios na maior agitação...

Como que queria quer as coisas fossem diferentes.

Como queria que os fatos ocorressem iguais que crio na mente.

Como queria olhar para o espelho e enxergar muito além do seu reflexo.

Mas a cada amanhecer...

Estico meus braços e não consigo alcançar.

As imagens vão ficando mais distantes, turvas e ofuscadas.

Não compreendo...

Tudo se perde no meio do caminho.


Escrever é...

 


Escrever é...

Um ato sensorial.

Transcende o lado visceral de minha alma.

Não desejo ser para o mundo um habitante ou um ser inútil.

Pretendo não me tornas um enfeite ou outro adorno qualquer.

Quero transformar com o que imprimo no papel o lugar no qual podemos viver com a harmonia.

Preciso continuar acreditando que as pessoas podem se melhores do que elas são.

Se não for assim, não dá para sobreviver nesta selva.


A escrita -

A minha bóia de salvação.

Em meio ao mar,

Na escuridão.

Quem me salva,

Nas tempestades da solidão.

E me livra da deriva -

Da ilusão.




Fora de foco


Quanto mais olho atentamente para as outras pessoas... Mais percebo os seus contornos fora de foco.

Não é por causa de minha retinite, porém, por seus modos vulgares e inescrupulosos.

Como podem agir dessa maneira?

Ostentando falsos valores e sobrevivendo nadando em seu mar de hipocrisias?

Quem me dera, se todos vivessem em correntes solidárias -

Uns ajudando os outros.

Penso que muitas tragédias seriam evitadas.

Fico tão feliz quando alguém consegue atingir seus objetivos -

Quando ganha algo que muito desejava.

Outras pessoas poderiam ser assim!

Galgar novos caminhos e obter conteúdos bons para compartilhar com os mais novos. Não colocando em risco de não perder pelo caminho essa essência.

As energias estão divididas entre o bem e o mal.

E cabe cada um escolher em que lado quer ficar.

Espero todos ao lado do bem e, neutralizar o mal que na vida impera, infelizmente aqui.


Borboletas



Borboletas -

Libertas!


Passam voando por minha janela,

Coloridas - Especialmente belas -

Acredito que sou uma delas.


Na imaginação abrindo as portas,

Vislumbrando-as.

Coloco-me em seu lugar,

Amando-as,

Fazendo piruetas solta pelo ar.


Estou presa fisicamente,

Em meu próprio casulo.

Hipnotizando-me a mente,

Mas meu espírito é livre.

Compenetrado em asas libertas,

Lindas e faceiras.

Com elas crio invisível elo -

Sobrevoando os castelos.

Não há nada de grave -

Pode até parecer loucura.


24.10.2012