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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Consequências do descaso


Invisibilidade,
Segmento –
Compasso.

Dança translúcida,
Nuances de cores no céu.
Efeitos da aurora boreal?
Não!
Gases tóxicos –
Fomentando a poluição.

A humanidade –
Cada vez mais ameaçada.
Plantando –
Colherá a própria extinção.
Destruindo –
O que não construiu,
Com o poder da ignorância.
Não sobrará –
Alma viva neste chão.

Os dias estão passando rápido,
Não percebemos os anos se findarem –
Em meio à tanta correria.
O que era simples,
Perdeu o seu valor.
O que sobra:
Meros devaneios de riquezas –
E desamor.

Os pobres animais indefesos,
Pagando muito caro –
Com as próprias vidas.
Um sofrimento –
Enxergado por poucos,
Negligenciado pela maioria.

O que vale:
É o ter –
O obter –
A qualquer custo.
Não importa o quanto caro,
Isso valha.
Não pensando:
Em suas consequências.
Estás serão cobradas,
E não tardará para tal momento.

Haverá um grande evento,
O apocalipse,
Preparado estrategicamente.
A Mãe Natureza –
Derramará toda a sua fúria,
Naqueles que a devastam.
Para expulsar –
A raça mais impiedosa:
Que somos nós –
Os seres humanos.

Não adiantarão:
O choro –
Os pedidos de clemência.

Somente desse modo –
A beleza reinará.

Jogos de interesses


Em queda livre,
Caindo em imenso buraco –
Sem fim.

Guerras modernas –
Trapaças –
Malefícios de uma época obscura.

O progresso –
Deu lugar a involução.
Seres humanos –
Digladiando-se:
Cabo de guerra,
Ambição,
Velhas práticas.
Não fogem às estatísticas,
Fomentando o ódio e o rancor.

Nações –
Jogos de interesses.
Seguindo o rito de sórdidos fetiches,
No tabuleiro,
Permanecem as regras,
De quem tem mais dinheiro –
Para esbanjar.
Demonstração do poderio bélico,
Enquanto, crianças choram de fome –
Quase sem forças,
Desnutridas -
Não há o amparo.

O Estado,
Resume-se a cabide de empregos –
Oprimindo os cidadãos.
Crucificando-os:
Por crimes não cometidos.
A população –
Em chagas abertas.
O rombo flamejante,
Em seus estômagos.

De onde vem o perigo?
Ameaças do país vizinho?
Ou de quem compartilha da igual Pátria?

Não é a mesma que nos pariu!

Rejeitados –
Julgados –
Por parecermos menos.
Menor poder aquisitivo,
Versus –
Com o maior poder de compra.
Na falta de sutileza -
Na superficialidade do capitalismo.

Retirante do pedaço de chão servil,
Sotaques que se complementam.
Pobres –
Favelados –
Unidos pela mesma vontade:
Pedacinho de terra,
Ou emprego que o sustente -
Sem a ameaça da violência.
Com o direito de ir e vir –
Na paz.

Em queda livre,
Caindo em um imenso buraco –
Sem fim.

Em dias à fio,
Na inconstância dos acontecimentos.
O que nos reserva,
O amanhecer seguinte?
Isso é, se ele virá –
Se não for interrompido,
Por uma fatalidade.
Ou pela covardia,
Na eminência de qualquer ataque,
Pelo meio do caminho.
Pondera, a crueldade,
Em desalinho.

Desolados –
Passo a passo.
Numa mesma direção:
Na luta –
Na labuta,
Fervorosa em meio a desolação.

A energia –
Transmutando-se –
Entre um embate ou outro,
Na resiliência.
Às vezes, sem um pingo –
De paciência.
A sinergia –
Em compasso,
Reerguendo,
Buscando sobressair –
Do íntimo do nosso ser.

Em queda livre –
Nunca desistindo.
De pé –
Ou de joelhos,
É outro dia.
Olhar fixo,
Em frente ao espelho.
Na esperança da reviravolta,
Quem sabe, o tempo ainda não acabou,
E essa jogada, possamos reverter.

domingo, 30 de janeiro de 2022

Percepção interdimensional

 


Cada um vive a realidade que lhe condiz,
De acordo com a sua percepção -
Correta ou não.
O ser humano sofre a pressão,
Sobre a sua cabeça a polarização.

Há quantos lados neste entrevero?
Quem dorme tranquilo,
Com a consciência no travesseiro?

Brigas –
Manipulação –
Falsas notícias –
Difamação –
Julgam-se o certo.

A religião na miscelânea,
Com atos políticos –
Uma imagem distorcida.
Neste balaio de gatos,
Quem é o incorreto?

Nunca se saberá,
Em julgamentos –
Puxando a sardinha para si.
Mostrando –
Apontando os erros alheios.

Olhando fixo para o espelho,
Na tentativa –
De não tentar se transparecer.

Nada fica encoberto,
A verdade vem com o tempo.
Quando não houver mais remédio,
De se reverter este quadro.

No meio de efêmera utopia,
Permanecem o que mais sofrem.
Pessoas que nada têm,
Ajeitam-se na luta –
Pela sobrevivência.

O Estado –
Em total covardia,
Quanto ao escárnio.
Somos obrigados –
A tolerar.

A vida –
É cheia de altos e baixos.
O futuro demonstrará,
De fato, quem é o detentor –
Da sonhada razão.

A soberania –
A resiliência –
É maior do que todo o poder,
Que subjugam na face da Terra.

A ambição –
É a pior droga de uma sociedade,
Injusta com os seus.

Aura energética


Possuo a minha –
Ancestralidade,
A genética,
A essência,
O que me fazem ser,
O que sou de verdade.

O poder primordial,
Na contramão do destino –
Contradição de argumentos,
Perspicaz no discernimento.

A intuição,
A carga avassaladora –
Espiritual.
O enleio –
A sobrevivência das demandas,
No mundo atual.

Nem todos se encontram,
Ou estarão evoluídos.
A expansão da consciência,
Se dá gradativamente.
Por mais que nos desempenhamos,
Não é fácil chegarmos –
Aos cem por cento,
É uma incógnita a mente.
O ser humano não é perfeito,
Mas também desconhece –
A sua própria força.

Trago marcas do tempo,
Visíveis no corpo.
Também as cicatrizes,
Invisíveis na alma.
Notáveis com a sensibilidade,
Um olhar diferenciado dos demais.

A consciência desenvolvida,
É a maior riqueza –
Que algum dia,
Poderemos obter.
Não é acumulando bens,
E sim, de caráter amplo.
Não mais complexo,
Desvanecendo o contexto –
Totalmente fora de nexo.

Respiro fundo –
Ato profundo –
Observando cada cantinho,
Do recôndito,
De meu interior.
Conhecendo-me –
Reconhecendo-me –
Em meus antepassados,
No desejo de visualizar –
A forma física terrena.
O grau de evolução,
Faz-se presente.
Mas sentir a aura energética,
É maior do que está sensação.

Talvez escrever –
Expande o recurso da canalização.
Possa ser um caminho,
O qual exista a conexão.
O religar – O sobrenatural,
Fazendo-me de seu instrumento.
Traçando cada linha,
Nas entrelinhas –
Da intuição.

Se sou eu ou não que escrevo,
O mais importante é criar o elo.
Construir uma ponte –
Entre as dimensões.
Levando-nos a aprendizagem –
Com que possamos ser melhores,
Do que os esboços tracejados –
Por indivíduos em involução.

Observar os acontecimentos ao redor -
Com a clareza da luz,
É o primeiro passo.
Em busca de uma revolução carnal,
Transformando-nos em seres –
Veemente a racionais.

O Planeta Terra – A grande morada,
A Natureza – A grande Mãe Universal,
Presenteia-nos:
Com a sua sabedoria –
E exuberância,
Enquanto, destruímos -
Devastando as grandes riquezas.
Porém, chegará um momento,
Em que a sua benevolência –
Voltar-se-á contra nós.
Não haverá tempo para arrependimentos,
Será tarde demais para a humanidade.

sábado, 29 de janeiro de 2022

Invisibilidade (fome)

 


Desigualdade social:
Fome –
Violência –
Falta de empregos –
Em perigo a saúde.
O Estado da invisibilidade,
Do descaso e abandono.

Muitas das vezes,
Roncando o estômago.
Pessoas sujeitas –
À falta de sorte,
Na casa ao lado –
Em silêncio.
Por ora, não –
Chorando estão as crianças.

Quem se compadece?
A tormenta à espreita,
Quem virá ao refúgio?

Não mais casos isolados,
Em pleno século XXI –
Na transparência da miséria,
Em meio a pandemia.
Muitos são os medos,
Na incerteza do dia de amanhã –
Pagando os seus pecados?

Os ricos cada vez mais ricos,
Esbanjando riquezas e bens.
Os menos favorecidos –
Sem alguma oportunidade.
Diferentes cores de peles,
Paleta multicolorida –
Criação de Deus.
Em busca do mesmo propósito,
O de se manter são e vivos –
Diante da realidade vil e cruel,
Desde o início, igual conceito.

Na distopia de dias atuais,
Que transcende a dor,
Rasgando na carne.
Mães sem saberem –
Como alimentarão os filhos.
Na insanidade:
“Quem pariu os seus,
Que os embalem.”

Se vivêssemos em uma sociedade,
Mais humana –
Muita dor e sofrimento,
Seriam amenizados.

Porém, impera o egoísmo,
À olhos vistos.
Tão insignificantes –
Quanto aos desmazelos de alguns.
Intitulam-se cristãos,
E não se compadecem,
Com o triste olhar –
Da fome.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Essência viva


Fora de cogitação –
Essa de ser o que os outros desejam.
A maturidade afetiva,
Principalmente, a mental –
Não permitem tal disparate.

Não é pelo orgulho –
Muito pelo contrário:
Manter a essência viva –
E, não cativa de pessoas,
Que pensam somente em si.

Ofendem –
Humilham –
Escravizam –
Tortura –
Violência física –
Também psicológica.

A resiliência –
Construída pouco a pouco,
Como cada tijolo colocado –
Diante de acontecimentos confusos.

Nenhuma alma viva ao lado,
Presentes –
Somente os Espíritos de Luz.
Conduzindo-me –
Condicionando-me,
Por onde deveria seguir.

Confiei –
Confio –
Diante das adversidades.

O ser humano –
Depende do outro para se desenvolver.
Mas quando este se mostra egoísta,
É melhor lhe deixar de lado.

Possuímos a necessidade:
Do crescimento,
Do desenvolvimento.
E não nos diminuirmos.

A incapacidade –
Deixa-nos fragilizados.
Permitido com que indivíduos inescrupulosos,
Obtenham vantagens,
Tirem proveito –
Neste momento.

Crescer –
Adquirindo uma expansão –
Como seres de bem,
Realizando o bom uso do livre arbítrio.
Bons frutos gerando,
Desencadeando –
Uma corrente forte do bem.
Não permitindo o mal prevalecer,
Assim –
É o paraíso –
Aqui na Terra.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Sentimento genuíno


De onde vem a inspiração?
Tão imensurável e translúcida,
Em meus pensamentos.

Como se fosse outro ser,
Uma voz que ecoa –
Em minha mente,
Feito uma droga lícita,
Embriaga-me –
Entorpecendo aos sentidos.
Completa-me -
Intensamente e visceral.

Os movimentos de meus dedos,
Direcionando –
Traduzindo em letras,
Os sentimentos –
Os ensinamentos.

Só Deus sabe –
O tamanho da gratidão.
A satisfação,
Por momentos assim,
Como este:
A caneta –
Deslizando sobre o papel.
Feito mágica,
Marcando as impressões.

Talvez seja uma missão,
Ou o que quer que for.
Transparece uma alegria,
Um sentimento genuíno.

Não importa o que pensem,
As reclamações –
A não compreensão.

O fato de ser –
De que existo –
Estou viva.

Não tenho o receio,
De quanto tempo mais viverei.
A única certeza –
É a de continuar a escrever,
Até o dia que me for permitido –
Condicionando-me a este ato,
Que aprecio tanto.

Pois, é o meu grito de liberdade,
Diante da realidade ao redor.
A maneira como me expresso,
A religião –
O religar com outras dimensões.
Na tentativa –
De conhecer,
De compreender o ser humano.

Último suspiro

 


Algumas pessoas –
Vestem-se com um véu,
Tentando encobrir a realidade –
A qual sobrevivem.

Recriam subterfúgios,
Agarrando-se a tábua de salvação.
Ou seja, apoiam-se,
Em falsas muletas –
E/ou crenças,
Na tentativa de amenizar a dor.

A realidade em que vivemos,
Nem tão pouco condiz,
Com a verdade ao redor.

Os caminhos,
Não seguem em paralelos.
As mesmas estradas –
Convergem-se em encruzilhadas.

O livre arbítrio,
Não trás consequências –
Apenas para si.
Ele sempre sai atropelando,
Outras escolhas –
Vidas –
E sonhos.
Assassina expectativas,
Arrefecem perspectivas.

A resiliência,
Em dimensão distorcida.
Na incompetência de atos –
Descabidos,
Inúmeros são os pecados.

As engrenagens,
Giram de forma aleatória.
Numa contra dança,
Fora de compasso.
Sem ritmo –
Chão putrefado,
Superfície íngreme –
Exigindo maiores esforços.

A grande maioria,
Em desvantagem.
A menor parte covarde,
Deixando-a à quilômetros de distância –
Da linha de chegada.
À todo momento,
Passados para trás –
De pés descalços.

Os malefícios presente,
Rasgando na carne –
Sugando a nossa alma.
Mas nunca desistindo,
Até que ocorra –
O último suspiro.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Há um tempo para tudo

 


Qual é o limite do sacrifício humano?
Aquele que tem o poder da benevolência –
O de se abnegar de sua própria vida,
Em prol do outro.

As pessoas se julgam superiores,
Pensando que um dia nunca precisará.
Não são capazes de reconhecer –
De se enxergarem no reflexo do outro.

As circunstâncias nem sempre são favoráveis,
Os anos à fio participando de tal doutrinação –
Não foram capazes de lhe mostrar o que é essencial,
No zelo – No cuidado com o próximo.
Os exemplos lhes são dados,
As atitudes demonstradas.

Há um tempo para tudo,
E se o fim ainda não se deu –
Também há uma razão para ser.

Cada indivíduo tem a sua essência,
A sua maturidade (ou não) espiritual.
Não basta olharmos através do muro do vizinho,
Para vermos o comportamento alheio.

É necessário que sintamos uma conexão,
Religando-nos à expansão.
Entrelaçarmos na atmosfera interdimensional,
Não olhando somente para o exterior –
Outras galáxias.
E sim,  prestarmos mais atenção,
Em nosso interior,
Para redescobrirmos de fato o ser primordial.

Dessa maneira, fazendo com que a expiação,
Seja mais branda –
E a vivência aqui na Terra,
Enfim, proveitosa.

O livre arbítrio –
É uma dádiva.
Em toda ação, há uma consequência,
Tanto para o bem, quanto ao contrário.
O destino, embora traçado,
Quem sabe pode sofrer uma reviravolta?

Tudo está interligado –
Basta com que façamos que aconteça.
Os ensinamentos estão presentes,
Porém, às vezes, esquecemos o cabal,
Demonstrando o nosso verdadeiro caráter.

O sacrifício não tem,
E não terá nenhum valor –
Se este não for feito por caridade,
Infelizmente, pela vaidade.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Sangrenta estatística


Involução –
A decadência do retrocesso.
Pobres seres humanos,
Agindo como irracionais.
Sem o mínimo de inteligência,
Seguindo aos instintos –
Na contramão o apocalipse.
Comportamento fútil,
Cadê a coerência?

Quem sobreviverá?
Isso se existir algum felizardo,
Que faça por onde merecer.
O que era para ser luz,
A tábua da salvação –
Transmuta-se em escuridão.

A ventania caótica,
Girando mais e mais apoteótica.
Aos olhares dos incrédulos,
Faz-se presente o espanto.

A verdade única e certeira,
Acertando-nos como uma flecha –
À beira do abismo.
A vida transformada em perdição e orgia,
Onde o respeito mútuo não se dá.
Realizando a engrenagem enferrujada,
Tão pouca é a energia.

Em uma guerra de egos –
Sem precedentes –
A cada manhã,
Aproxima-se de nossas casas.

Qual a função para tanto desespero?
Governantes avançando,
Metendo os pés na porta.
Desejando mais poderes para si,
A troco de que?
Na usurpação de direitos,
A cada dia impondo-nos mais deveres.
Sem garantia a nada,
Só aumento de impostos.

Enquanto desfilam na avenida da covardia,
Prevalecendo o caos.
Pessoas inocentes,
Na mira do fuzil.
Até que corpos são dilacerados.
Tombando ao chão – Ensanguentados –
A carne rasgada.
Não há resquício de empatia,
E sem importar quem quer que seja.
Você –
Eu –
Ou alguém de nossa família.

Somos apenas meros desconhecidos,
Anônimos transformados em números –
De uma sangrenta estatística.

domingo, 23 de janeiro de 2022

Destruição

 


Parece que tudo está despedaçando dentro de mim,
Virando fragmentos nessa realidade,
Outra dimensão –
Em que só enxergo a destruição.

Pessoas passando por cima das outras,
Tirando vantagens.
Disseminando mentiras –
A verdade fica em último plano.

Não importa quem vai sair ferido –
Nesse jogo.
É muito perigoso em sua dualidade.
Principalmente, para o destino,
Que se aproxima do enorme precipício.
O futuro do Planeta depende do discernimento –
Precisamos de um milagre,
Que essa mesa vire.

Os governantes devem tomar uma iniciativa –
As ações são pequenas migalhas.
Não fazem tantas diferenças,
Mesmo com a compreensão.
É ilusória a movimentação das engrenagens,
Desse sistema falido.

Uma desordem reverberando,
Nada significativa –
Sem alguma intervenção.

Enquanto isso:
O azul do céu se transformando -
Os rios virando lama -
Os mares se transmutando em lixões -
As matas perdendo as cores e brilho.

Nós seres humanos,
Somos a pior espécie na face da Terra -
Intrusos no paraíso.

Se o inferno realmente existe,
Não é senão em outro lugar: Aqui.
Na luta espiritual,
Os demônios transtornados,
Às vezes, transvestidos de cordeiros –
Destruindo a Natureza,
Incapazes do mínimo de empatia -
Não devemos generalizar.

O poder da ambição,
Apossando-se.
Dilacerando –
Assassinando em prol do progresso,
Insano e inexistente.

Até quando:
Fecharemos os nossos olhos?
Até quando:
Manterão os nossos braços e pés atados?
As bocas amordaçadas?

É necessário que não nos calemos –
Diante de tanta atrocidades!

sábado, 22 de janeiro de 2022

Necrotério a céu aberto

 


O que vejo –
Faz o meu peito sangrar.
Como respirar neste território?
Rarefeito ar -
Os pássaros ainda voam,
Refazendo os ninhos.
Ainda resta a esperança,
Viver em um Planeta despoluído.

Enxergar as cores com mais nitidez,
Sem o cinza que ofusca.
A Grande Mãe –
Apossando-se do que lhe foi retirado,
Com galhardia –
Reinando por onde desejar.
Nada de usinas nucleares,
E nem tão pouco a exploração.

No presente –
A alma sangra,
Com tanta destruição.
O verde da mata,
Desbotando em meio às queimadas.
Animais dizimados,
Quais foram os seus crimes ou pecados?
Se cada ser, por menor que seja,
Devota a sua colaboração?

A liberdade é uma dádiva,
O ser humano –
Dito racional na face da Terra,
Encurrala –
Aprisiona –
Tortura –
Assassina –
Por meios sórdidos.
A maldade escorrendo fria,
Pelos poros –
Nenhum pingo de remorso.
Enquanto, o sangue de inocentes,
Ecoa –
Escorre na sarjeta.
Sangra –
Sangra –
Sangra –
Com a crueldade de seus algozes –
Sem escrúpulos.

O lucro –
O lucro –
O lucro –
Sempre ele: O lucro!
Montantes de dinheiro,
Abarrotando os cofres,
Satisfação de pequeno grupo.

- Para quê?
Se em um futuro próximo,
De nada valerá.
Serão apenas papéis,
E nada mais.

Não venha com arrependimentos,
Maldade sem tamanha –
A ganância em sua sanha.
Intolerância com o qual se julga pequeno,
Vítimas de um sistema capitalista –
Visando o acúmulo de riquezas.
Outra vez, pergunto-lhe:
- Para quê?

O ar cada vez mais pesado,
Condensado.
Asfixiando-nos –
Preparando-nos:
Para o grande final.

A pequena ameaça,
Espalhando-se pelos continentes –
O vírus mortal.
Apenas uma pequena amostra,
Do que nos aguarda:
Ali mais pela frente,
No que chamamos de futuro.

Não adiantarão o uso de máscaras,
Cilindros de oxigênio:
Tudo será contaminado.
Muitos se tornarão assassinos,
Direta ou indiretamente,
Na tentativa de salvar a própria pele.

Aos que ainda ficarem –
Arrependerão-se!
A realidade pedante,
Imposta na carne.
Em situações extremas,
Dilacerando as vísceras –
A dor e a agonia,
De todos os animais,
Também de seus ancestrais,
Tomarão o corpo.

A verdade é cruel...
Sobrevivendo em um imenso necrotério –
À céu aberto.

Entretanto, se a humanidade,
Não rever os seus conceitos.
Estaremos –
Como já estamos prontos e preparados,
Para a grande destruição.

Batalha campal


Sombras e escuridão –
A luz triunfal.
A luta do bem e do mal,
Atmosfera espiritual.

Uma consagração de egos –
Para quê?
Tantas vítimas –
Milhões dizimadas.

Vagam os espíritos –
Não sei para onde.
Aqui na Terra –
Nada diferente.
Caminham as pessoas –
Sem saber a direção.

Uma guerra travada,
No mundo virtual.
Fake news –
Espalhando falsas notícias.
Quem no fundo:
Fala a verdade?
Se todos têm interesse em algo,
Com base no lucro –
Ou desejando lacrar.
Como se não bastasse a ignorância,
Que paira solene sobre o ar.

Governantes querendo ensinar,
Aos mais pobres a viver.
Desconhecendo a vil realidade,
Que não condiz nenhum pouco –
Com a sua.

Moradores da periferia,
“Vivem” numa encruzilhada:
Diretrizes de leis –
E também as paralelas.

É necessário a sagacidade,
Discernimento para tal.
A cruz e a espada –
A dor cotidiana,
Luta pela sobrevivência –
Mais uma migalha de dignidade,
Impondo-se aos obstáculos.
Descobrindo novos caminhos,
Não há trilhas, e sim, barreiras.
Para se vencer,
Somente ultrapassando os espinhos -
Não deixando-se cair em tentação.

Há quem imagine ao contrário,
Não observa um palmo a frente de seu nariz –
Jogando-se no precipício da ilusão.
A resiliência distorcendo,
Mero mecanismo –
Sobrepondo-se a uma mente frágil,
Sem o mínimo de traquejo,
Mal uso do livre arbítrio.

Uma tsunami de frases feitas,
No imaginário perfeitas:
Lavagem cerebral.
Disseminando o mal –
Batalha campal.