O meu desejo -
Não tem querer.
O que vejo -
Não tem porque.
O motivo é fútil,
Não sou sutil.
São sempre,
Os mesmos erros.
Não posso aguentar,
O meu sangue quente,
Pólvora em barril.
Um segundo -
Para explodir.
Coisa errada,
Não aceito.
Não fico calada,
Mágoa no peito.
A vida é assim -
Sempre será.
A corda arrebenta,
Sempre no lado de cá.
Não vou me conformar,
Preciso gritar.
A realidade me corrói,
A felicidade destrói.
O meu desejo -
Não tem querer.
O que vejo -
Não tem porque.
Quero ter vontade,
Do prazer.
Nada me prende aqui,
Não há porque insistir.
Quero em busca ir,
De algo para preencher.
Este vazio -
Que enxergo por aqui.
Ao meu redor,
Nada de calor.
O ser humano,
Perdeu o seu valor.
Só vejo falsidade,
Todos mantêm.
Guerra de interesses,
Conflitos -
Para se dar bem.
Não sou obrigada,
A viver com esses.
Meu jeito -
Não vou mudar.
O meu modo de ser,
Não vou falsificar.
Diante dessa situação,
Não vou me calar.
Por que tem que ser assim?
Não quero isso pra mim,
Por que tem que ser assim?
Vou achar uma saída,
Esta questão -
Não está perdida,
Vou a busca da vida.
Através do espelho olhar,
Em seu reflexo enxergar.
Um mundo -
Embora não perfeito.
Mas ainda que tenha jeito,
Sem a ilusão -
Que encontro no coração.
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