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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Transcendência estelar


Quilômetros –
Quilômetros –
Pelo mundo afora.

Quantos já percorri?
Nas trilhas –
Dos pensamentos.
Tão incomuns,
A favor da imaginação.
Realizando o caminho inverso,
De muitos que procuram a ostentação.

Retrocedo-me –
Na ilusão fantástica,
Na sintonia psicodélica.

No céu a famosa aurora boreal,
Presenteando-me –
Com seus tons lilás.

É uma dinâmica divertida,
A contemplação de uma mente contraditória –
Com seus fatores externos.

A vida e sua significância,
De forma eficaz –
Traduzindo com outros valores,
Injustificáveis horrores.

Na transmutação do ser,
Cada um tem a sua particularidade.
Uma maneira viável de se conectar,
Com o sobrenatural.
Para muitos algo estupendo,
Talvez dantesco.
Fluindo pela expansão da consciência –
Surreal!

Sei que em tudo há os seus mistérios,
Na metafísica –
No metaverso –
Do espaço sideral.

No interior –
Ser resplandecente,
Não há controvérsias.
Reconheço-me –
Em meu infinito íntimo.
Prazer tão leal,
Na própria essência.
Recriando –
Palavras, versos e poesia,
Tudo e transcendência estelar.

Fatores primordiais

 


As ideias de desfazem em minha mente –
Como nuvens que se dissipam.
Ao mesmo tempo –
Toma formas inerentes.

O descompasso –
O bailado da música fora do ritmo.
Como podemos ser tão absortos,
Em nosso raciocínio?

As pessoas caminhando para a involução,
Tomando o caminho inverso.
Novas gerações –
Querendo reviver o que os antigos,
Sentiram na pele –
Cortando na própria carne.

A história está escrita,
Para não repetirmos os velhos erros.
Mas somos sadomasoquistas,
Desejando ver o outro sangrar.
Quem é que se importa?
Se não for um dos nossos,
Tudo bem!

Em tempos atuais,
Muitos se escondem por detrás –
De uma tela,
Para destilar o seu veneno.
Ainda bem que existe uma grande maioria,
Que compõe o exercício reverso.

O ser humano deve reaprender –
A tratar os outros com empatia.
Porém, há aqueles que são como uma fruta podre,
E sai por aí contaminando os outros.
A empatia e o afeto -
Devem fazer parte do dia a dia,
E não ser mostrado como convém.
O amor e o acolhimento –
São fatores primordiais.
Para quem sabe possamos,
Reverter o redemoinho do caos.
Que faz uma bagunça,
E o maior estardalhaço –
Por onde quer que passa.

Desde o início da criação,
Há uma luta entre o bem e o mal.
Nuances espirituais –
Que estão muito além da compreensão.
O que acontece na Terra,
São apenas especulações.
Há algo maior em torno de tudo,
O que reverbera.
O ser humano não está preparado,
Se não há respeito pela própria raça –
Imagina por um ser desconhecido?

domingo, 26 de junho de 2022

A própria língua

 


É impressionante,
Todo e qualquer tipo de razão.
Levando-nos a nocaute –
Como se fosse o abate.

Vidas sobrecarregadas,
Com a discriminação.
Horrenda acusação:
De vitimização.

Em uma sociedade,
Que morde e assopra.
Antes alguma ajuda,
Hoje em dia –
Nenhuma migalha.

O dinheiro,
E sua desvalorização.
Aos pobres –
Resta apenas a inflação,
Retirando o poder de compra.
Cadê o seu quinhão?

O que se vê,
São injustiças para todos os lados.
Mesquinhos espíritos –
De políticos desalmados,
Em constante proliferação.
Enquanto, aqui desse lado,
Apodrecemos humilhados -
Na sarjeta vilipendiados.

Por onde anda –
O verdadeiro x da questão,
Para a tão sonhada modificação?
O solo urbano – As matas,
Sob um total escárnio e difamação.
Propinas a dar com o pau –
Proliferação.
Estado omissor –
Vil constatação.
O progresso a Deus dará,
Total falta de equalização.

Enquanto, pela mídia,
Testemunhamos o descaso –
As fake news à deriva,
Atingindo a sua meta.
Entretanto, surpreendemo-nos –
Com os números irrisórios,
Alcançando a seta.

Para o que é errado,
Tachado como normal –
Batemos palmas.
Contudo, pouco a pouco,
Morrendo a míngua –
Mordendo a própria língua.

Loucura diária

 


A minha lucidez –
Por onde anda?
Tento buscá-la –
Em meio à loucura diária,
E afazeres domésticos.

Às vezes, sinto-me tonta,
Numa espécie de corda bamba.
Os escritos –
Entorpecendo-me.
A satisfação –
Em meio à tormenta.
O refúgio –
Para encarar uma nova questão.

É tão salutar,
Manter-me distante de alguns:
Aqueles em que nada acrescentam.
Na indiferença,
Procurando o abrigo e proteção.
Naufragando no próprio eu,
Talvez num alter ego que se julga superior,
Mas nunca melhor do que alguém -
No entanto, frágil como o gelo no calor,
Julgo-me – Ninguém!

Permito-me –
Permeio-me –
Nesta busca redundante,
Por alto conhecimento.
Com a ajuda de seres invisíveis,
E incompreendidos pela humanidade.
A vida –
É tão frágil em momentos atuais.
Sem saber se estaremos aqui,
No próximo segundo.

Pensar –
Escrever –
É o que me mantém minimamente sã,
Em plena discordância –
Com uma sociedade fútil,
Cheia de regras e convenções hipócritas.
Por isso, fico perdida em meio à tudo isso,
Contemplando as poesias –
Em minha mente fértil –
Nada fútil.
Desenhando nos pensamentos:
Outros episódios,
Para os fatos cotidianos.
Recriando outro enredo,
Quem sabe,
Mais interessante.

Época de mudança


O que buscamos de mais concreto nesta vida –
É uma paz de valor tão irrisório,
Tornando-se efêmera.

Sobrevivemos à troco de nada,
Afim de contar migalhas.
Nos sobressaltos que nos permeiam,
Ao mesmo tempo –
Em que é fantástico e assustador,
Com as nossas mentes pregando peças.
Intercalando momentos de lucidez,
Com longos minutos de entorpecimento.

De onde vem nos abalar está angústia?
De nossos pés retirando a firmeza,
Os acontecimentos soam equivalentes.
Como dois pesos e duas medidas,
Em atitudes alucinantes –
Ais quais desconhecemos.
Agarrando-nos às virtudes,
Que chegam de surpresa.

Seria natural –
Se fosse normal,
Mas não é.
O sobrenatural salta aos olhos,
Porém, não lhe damos o devido valor –
Olhando através do espelho.

O passado –
Vira e mexe bate à nossa porta,
Para nos mostrar velhos e antigos hábitos.
Mesmo sabendo que é errado,
Não cansamos de comete-los

É época de mudanças,
De ressaltar o progresso –
Dizendo não a omissão.

Entretanto, os pensamentos se fazem fortes,
Comandando as nossas vidas –
Numa ansiedade desmedida.
É imprescindível mantermos a respiração –
Compassada –
Para que ela nos entoe:
Novas sensações de bem estar.
 

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Verdadeiro propósito


Os pensamentos voam longe –
Divagam para onde não sei.
Eleva-me para outros patamares,
Da evolução.
Uma consciência maior,
A expansão.

Ainda sou muito pequena,
Em insignificante sabedoria.
Pronta para aprender,
A cada novo dia.
Desejando ser a luz –
Na vida de alguém.
Iluminando os caminhos,
Em tons acinzentados.

Tenho a impressão de ser imperfeito,
Mas procuro alcançar a perfeição –
Em gestos pequenos.
As circunstâncias,
Não são as mais favoráveis.
No entanto, ainda podemos reparar os velhos erros.

A humanidade –
É uma caixa de surpresa.
Há indivíduos com consciência plena,
Como aqueles que desejam apenas fomentar o mal.
Precisamos uma nova retomada,
Para que possamos espalhar a luz –
Por onde quer que seja,
Sem o medo de ser castrados –
Vilipendiados.

É necessário,
Que sejamos livres -
Longe das amarras da manipulação.
Infelizmente, a semente da discórdia,
É plantada em solo fértil.
Não apenas crescendo,
Porém, espalhando as sementes ao vento.

Ainda resta a esperança,
Para que possamos reverter este quadro.
A natureza humana é tão enigmática,
Quanto deslumbrante.
Haja vista,
Que possamos alcançar –
O verdadeiro propósito.

Sonhos misteriosos


O que são os sonhos?

Costumo dizer que é uma viagem,
A qual realizamos,
Quando o nosso corpo –
Finalmente repousa.
Um metaverso sem direção,
Talvez mais real,
Do que a própria realidade:
Sombria que nos cerca.

O mundo está cada vez –
Mais surreal e obtuso.
Pois congestionamos a mente,
Com pensamentos supérfluos –
E atenção desnecessária.

Como é maravilhoso,
Presenciar mais uma manhã que se descortina.
Este é o presente nos agraciado –
Diariamente –
Mesmo naquelas manhãs mais cinzentas,
Contemplados com os primeiros raios de sol.
No entanto, prendemo-nos à raciocínio,
Tão mesquinhos.

Desejo que flua –
Que tudo possa irradiar na luminosidade,
Retribuindo as energias positivas –
Que emanam da natureza.

Tudo poderia ser simples,
Mas somos os mestres –
Em complicar o que está ao nosso redor,
Com questionamentos absurdos.
Em sair atropelando as maravilhas,
Que estão a nossa frente.

Mesmo sabendo –
Que o viver é um mistério,
Tão enigmático –
Quanto a sua essência.
O vislumbre de várias vidas,
No espelhar da harmonia.

Basta que sejamos simples,
Para quem sabe –
Algum dia –
Chegarmos à compreensão.

A grande engrenagem


A morte -

Um choque para todos nós.

Mas a vida tem dessas surpresas,

Aqui embaixo não enxergamos com clareza os seus grandes mistérios.

Para alguns um grande intempérie...

Para outros a dádiva divina.


***


Estamos aqui somente de passagem –

Um grande aprendizado.


As mazelas com as quais nós deparamos e o refrigério das alegrias...

Tudo é uma miscelânea –

Uma graça.


A roda da vida em sua grande engrenagem que nos mantém de pé,

Até o dia em que Deus quiser!


Vivemos em uma época na qual parece que estamos presos em um grande liquidificador que vai girando –

Ameaças por todos os lados!


Cadê a democracia?

Não temos voz!


Um plano arquitetado milimetricamente...


Somos pobres!

Somos negros!

Somos brancos!

Somos da comunidade!


O que foi deixado na Terra –

Foi para ser dividido e não amontoado.


Acumular riquezas de nada serve se não for compartilhada.


Quem tem consciência não dorme tranquilo, quando se tem conhecimento das necessidades alheias.


Como é que se vive –

Sem ganhar o pão?


Magnitude

 

A mente em ebulição -

O corpo pede cama.

A dor reinando -

Neste triste dilema.

Por que tanta exaustão?

Estou minando...


Em breve tudo será esquecimento,

Nesta quarentena de isolamento.

Cercada de mentes vazias,

Restam as minhas primícias.

Não se esqueça do que te falei,

Arrefecendo ao frio – Pronto, acabei!


Poesia em sua magnitude,

Aflorando na alma a juventude.

Envelhecendo vai a forma física,

Permanecendo o essencial: A música!


quarta-feira, 22 de junho de 2022

Poeira cósmica


Somos poeira cósmica...

Uma pequena centelha do universo.

A grande ambição do homem –

Curioso por natureza –

Querer explorá-lo.

A sua magnitude é tão perfeita –

E nós simples mortais:

Com diversos defeitos e inúmeras imperfeições –

Não temos capacidade para tal!

Somos o reflexo de nossa própria imagem incrédula e indissoluta.

O maior carma de nossa existência é a ambição –

Fadados ao fracasso.

Quanto mais se quer –

Menos se tem.

Por isso, essa busca constante pela evolução.

A maior riqueza que algum dia poderemos obter é a conscientização para a evolução.

Enquanto, não acontece, só enxergaremos o sofrimento e a morte –

Sangue de inocentes sendo derramados.

Até quando?

Então, estaremos sujeitos aos fracassos e decepções.


Omissão

 


A ciranda gira -

Não sabemos em que pé vai parar.

No gingado da labuta –

Na tentativa de não morrer.

Somos a grande “maioria” –

Para alguns a minoria.

Qual é o certo?

Por onde andará o errado?

No dia a dia oprimidos...

Na luta pela sobrevivência.

Sobre a tua pele:

- Qual é a tua cor?

Responda-me:

- Que eu lhes digo qual é o teu valor!

Somos uma miscelânea –

Cultura de várias nações e povos.

- A minha pele é clara, mas a minha alma é pura melanina.

- Sou da periferia... 

- A minha voz ecoa da comunidade!

Cada um tem a medida exata do seu caráter.

Os ratos que estão no poder:

Brancos, claros, olhos azuis, ou alguns pardos, vão lá se saber.

A sua grande maioria procurando promover a raça ariana.

- Diga-me o qual é o seu pensamento sobre o prisma de nossa ancestralidade!

Somos um povo guerreiro...

Somos um povo mestiço...

Pretos, índios e brancos oriundos de todas as partes do mundo.

Arianos  aqui no Brasil –

Somente quem nasceu regido no período do signo de Áries.

Somos uma nação de miscigenados –

Na peleja de cada dia procurando sobreviver aos desmandos de um país racista e genocida.

- Quem é que vale mais?

- Ou o que pesa menos?

Somos torturados!

Somos assassinados!

Somos rejeitados e excluídos por uma cultura imposta por uma massa de manobra branca.

Porém, somos resistência:

Nada de direita e nem ao menos de esquerda!

O que deve ter prioridade é uma política de igualdade.

Partidos políticos:

Religiosos...

Ateus...

Seja lá quem for...

Querem levar o seu quinhão.

Esquecendo-se do mais importante:

O respeito pela vida!

Somos humanos...

Somos gente...

Independente de credo, cor ou religião.

Somos pessoas...

Somos cidadãos...

Diga-me:

- Por que tanta demanda de omissão?


Contra as adversidades


Não gosto dessa sensação de impotência...

Acredito que ninguém goste,

Principalmente quando se é para ajudar alguém -

Tenho isso comigo.

Por que tudo tem que ser tão contraditório?

A minha alma sangra...

Não deveria me sentir assim –

É mais forte do que eu.

Luto contra as adversidades...

Contra a correnteza que teima em me dragar.

Esmero-me com todas as forças para me manter firme.

Até quando viverei em uma realidade que não é a minha?

Podem me achar louça...

Eu sempre me senti fora do eixo,

Como uma peça que não é do padrão.

Há uma força avassaladora que me move...

Não o meu físico e sim a minha essência.

Eu só queria ter a compreensão...

Eu só desejo que tudo fique bem!


Efêmero


Escrever é uma arte –

Um dom.

Embevece a alma –

Embriaga as emoções.

Dando sentido a vida.


Sou uma mistura de tudo

Sentimentos em ebulição –

Embaralhados;

Fomentando o meu espírito.


O que for verdadeiro –

Permanecerá.

E o que for falso –

Vai passar!


Tudo passa...

Nem que seja a utopia.


Liberdade efêmera

 

 

Não queira me compreender –

Liberdade.

Palavra efêmera –

De tantos e múltiplos significados!

 

Que atrofiam os desejos...

Que perpetua os  sonhos...

E aprisiona a alma.


Um refúgio na catástrofe –

Na palidez da vida!

 

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Ao sol


Em pleno século XXI,
É um absurdo o que vivemos.
O surreal atinge em cheio –
As nossas vidas,
Adversidades antigas.

No vislumbre do novo amanhecer,
Vítimas dizimadas à esmo.
Contudo, nunca aprendemos a lição,
Jogamos no colo da normalização.
A incerteza futura toma-nos em cheio,
Como uma bala atinge o peito –
Desfazendo qualquer perspectiva,
Anulando as expectativas.

No prato vazio,
Altíssima inflamação.
E nos deparamos desolados,
Na ilusão.
A alucinação caótica –
Reverberando na alma,
Dilacerando a carne -
Vicissitudes desconhecidas.

O auto flagelo pelo esperança,
Que talvez não exista.
Arriscando a própria vida,
Para ter o que comer.
Riscos que deixam a carne marcada,
Isso é quando tudo não se acaba.

Tudo se resume ao caos –
Toda angústia por menor que seja,
Leva ao desespero.
Consequentemente:
Gera o desequilíbrio da cerne,
Não que sejamos superiores a alguém.

O que mais desejamos,
É possuir um espaço –
Um lugar ao sol,
Mesmo que seja pequeno –
Para sobreviver a tormenta do mal.

Quem sabe?
Se algum dia possamos aprender,
A compartilhar o que possuímos.
Visando o bem estar,
E o uso sadio dos recursos naturais.
Tudo o que é demais,
Um dia descamba para o desperdício –
Ou para a nossa própria destruição.

Antes de tudo

 

Fico aqui maquinando em meu imaginário,
Observando o mundo através dos andares –
De uma construção.
Como foi este lugar antes de tudo –
Com a sua exuberância:
Em completo verde?

Os meus olhos pregam uma peça,
Desfazendo a intervenção humana –
De tijolos, cimento e asfalto,
Também a torre de fumaça –
Que encobre quase tudo.
São árvores e flores,
Ornamentando para todos os lados.
A natureza não poderia senão,
Ser a mais perfeita.

Porém, de volta a realidade,
Refazendo o foco –
Vejo apenas um amontoado de poluição.
Percebo como poderia ser diferente,
Se não fosse a ocupação e destruição humana.

Somos seres tão insignificantes,
Incapazes de um olhar –
Com mais sensibilidade.
Em nossa perspicácia,
Há somente a fome por devastação –
À procura de recursos,
Fomentando os bens e acúmulos de riquezas.

A natureza empenhada a nós favorecer,
Com o que é necessário –
Para a nossa sobrevivência,
Não visando na escassez de recursos.
Com o andar da carruagem,
Tudo acabará.

Lugar sem direção

 


A natureza humana,
Surpreende-me –
Pelo fato do egoísmo.
Como podemos nos tratar,
A duro modo?
Principalmente,
Aqueles que julgamos –
Serem nossos irmãos.

Não é porque temos uma etnia diferente,
Que obrigatoriamente, precisamos ser inimigos.
Isso é uma vertente totalmente desleal,
Pois a nossa criação foi moldada à mesma maneira.
Nenhum de nós,
É preferencialmente igual ao outro –
Cada um possui a sua particularidade.

Em uma vida terrena,
Marcada pelo ódio –
Onde a predominância é do caos.
Porém, o ser humano,
Possui uma qualidade indescritível:
Por semear o mal,
Por onde quer que passa.
Age tão dissimulado,
Que é capaz de cometer os piores atos.
Em nome da ganância,
E do poder pela ostentação.
Não sendo capaz de analisar –
A própria consciência,
E nem ao menos,
Medindo as consequências.

Diz o ditado:
“Errar é humano,
Mas permanecer no erro é burrice.”

O erro que somos,
Um amontoado de tolos –
Batendo na mesma tecla,
Que não levará a lugar algum.
Mas de um tenho a total certeza:
Ao retrocesso.
Porque o progresso está logo ali,
Entretanto, embasamos –
As atitudes em pequenas frequências,
Que nos mantém presos,
A um lugar sem direção.

sábado, 18 de junho de 2022

Inquietante expectativa


A inquietude da alma sangra –
Feito vertente de um rio,
Na plenitude sonora do ser.
Ecoando no interior –
Tão reconfortante,
Quanto ao ronronar de um dócil felino.

A transmutação da essência –
É uma constante.
No regozijo do entrelaçar das letras,
Que vai tecendo –
Desfazendo o grande novelo,
Nos pontos exatos do crochê.
É tão suave os pensamentos,
Encaixando-se perfeitamente.

Quem me dera –
Se tudo fosse assim.
Mas nos vemos obrigados,
A lidar com as intempéries cotidianas.

O âmago sempre apto,
Para ouvir o ecoar de suas canções.
Em meu mundo lúdico imaginário,
A espera de alguma novidade –
Que me faça vibrar.

Às vezes, a paciência falta,
No entanto, não tenho pressa.
Cada coisa ao seu tempo,
Com as elucidações de um texto.
Não sabemos quais serão os acontecimentos,
Durante os próximos capítulos –
Permanecendo na expectativa.

Pequena centelha

 


Do que  posso falar?
À não ser da verdade que há em mim.

Algumas pessoas –
Podem achar mera tolice.
Mas acredito em uma inteligência superior,
Que me acolhe e me abriga –
Desprezando a futilidade de muitos.

Quase sempre não me compreendo,
Outras vezes, perco-me,
Em pleno raciocínio.
Tudo condiz com a proximidade,
A ressonância da luz -
O que nunca me deixa sentir sozinha.
Posso parecer,
Mas nunca estou.

Não sou ninguém,
Apenas uma pequena centelha –
Como tantas outras,
Desejando o lugar ao sol para brilhar.
Compartilhando os ensinamentos,
Ao menos o pouco que sei –
Para irradiar a vida de alguém.

Por isso, sou grata,
Principalmente, a este momento.
Por está escrevendo,
Imprimindo as impressões de um mundo –
Que poderia ser prazeroso ao extremo.
Porém, os seres humanos,
Cismam em estraga-lo.

Mas a vida é isso:
Vivendo e aprendendo,
Em algum momento ou não.
Pois somos errôneos,
Desde o instante da concepção.
É tropeçando e caindo,
Que podemos adquirir experiências –
E mudar a nossa realidade,
Nem sempre ao nosso modo.

Ostentação alucinógena


O vento ressoando como uma tormenta...
Qual era do absurdo que vai nos entorpecendo?

Jogos de discórdia,
Pouco a pouco minando as ações,
Desbravando um mundo –
Totalmente desconhecido.
Falsas notícias pela mídia,
A adaga à centímetro do peito -
Dilacerando a alma.

Conquistas do lugar imaginário,
Tão torpe quanto as consequências.
Ostentação alucinógena –
Veias entupidas pelo mal.
Ganha quem tem mais poder,
De espalhar o caos.

Vítimas inocentes,
Crueldade à torto e a direita –
Descambando para o terror.
Um círculo que não se abre,
Fechado com o mal.
Vicissitudes dilaceradas,
O egoísmo propagado,
Aos quatro ventos.

Alucinados –
Vamos feito zumbis,
Através de uma resiliência –
Que não existe.
Meros coadjuvantes,
Em meio ao circo de horror.
Espelhados nos olhares,
Autoflagelando-nos –
Sem ao menos sentir.
A falta da graça,
De uma vida surreal.
Onde os eleitos,
São aqueles que acumulam riquezas.
E as esbanjam sem pensar no próximo.

Qual será o destino –
Diante de tal ameaça?

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Transitoriedade do espírito


Amanheceu –
Mais um dia.

A névoa densa ao lado de fora,
Abrindo a janela –
É capaz de invadir a casa.
Mal podemos enxergar,
Assim, é o coração.
Às vezes, amarrotado –
Fica cego sem razão.

No momento,
Estou em paz.
Da mesma forma,
Que o nevoeiro se dissipara –
Desvaneceu o cansaço.
O reparador sono,
Feito o sonho –
Reacendeu o desejo por escrever,
A motivação de uma vida inteira.

Aprendi com o tempo,
A não culpar ninguém.
As circunstâncias provém das ações,
Do magnetismo do livre arbítrio –
Acreditando nele ou não.

A transmutação do momento,
O total desprendimento –
Condiz com o discernimento.
Ao sentir o reverberar em nosso cerne,
Vamos seguindo – As surpresas diárias.
Com sobressaltos,
Ultrapassando os obstáculos.
Por ora, errando o cálculo,
Sobrevivendo com algumas escoriações –
E também cicatrizes.

Episódios a este modo,
Fazem parte do repertório.
Por mais que desejamos o contrário,
As nossas vontades –
Nem sempre são atendidas.

A vida aqui na Terra é uma passagem,
Composta de ciclos.
E, na data, em que somos chamados,
Uma nova jornada se reinicia –
Em outra dimensão.
O ritmo depende do compasso,
A qual experenciamos por aqui –
Na transitoriedade do espírito.

Terapia


A escrita –
Salva-me dos empecilhos.
Das angústias,
Que reverberam na alma.

Tenho cicatrizes,
Algumas saradas –
Outras não.

É uma tortura,
O flagelo no desespero.
Desenhar cada letra,
É uma terapia.
O que me faz deixar o caos,
Ao lado de fora.

Não cem por cento falando,
Mas ameniza o fardo.
Que tanto o ser humano –
Carrega dentro de si.

Cada um:
Deve ter o escape,
A válvula –
Para trazer o alívio,
Tão pertinente.

As palavras,
Formando versos –
Frases –
Incentivando a reflexão.

Estamos aqui de passagem,
Em algum momento –
Haverá a transmutação.
O ser revelado na essência,
Que transcende a resistência.


Amplitude da expansão


Tenho o costume de perguntar:
- Quem eu sou?
Neste mero devaneio incongruente,
Fechando-me para todos –
Com medo de sofrer.

Mas as pessoas –
Têm uma triste mania.
De querer se prevalecer,
Diante da fraqueza alheia.
Só consigo enxergar,
A ingratidão em seus olhares.
A vida que desejei,
Foi totalmente diferente –
Da planejada.
(Isso é, se houve o planejamento.)

Talvez tivesse uma visão equivocada,
Do que seria o paraíso.
A dimensão é aleatória e abstrata,
Ao contrário do que poderia imaginar.

O que desejo,
É apenas a amplitude –
Da expansão.
Para que tudo seja notório e perspicaz,
Diferente de tudo o que presenciamos.

Diante de fatos distorcidos,
Sinto-me presa como antes –
Como havia me sentido.

O meu corpo físico cansado,
Diante de uma mente –
Inquieta e febril,
Ávida por novidades –

Por viver o que nunca antes presenciado.