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domingo, 21 de novembro de 2021

Eu


Estou indiferente -

Com os últimos acontecimentos.

Já não possuo -

Aquele mesmo entusiasmo,

Tudo mudou.

Não é como era antes,

As pessoas mudaram.

O mundo mudou,

Eu mudei -

Transformei-me.

Já não sou -

Mais aquela menininha.

Aquela Fabiana -

De antigamente,

Não existe mais.

Aquela Fabiana,

De antigamente -

Morreu!

Aquela Fabiana 

Mataram -

Libertei-me!


Não quero ser,

Como era antes.

Restaram fragmentos,

Caquinhos de vidro -

Espalhados pelo chão.

0 meu coração soa,

Como uma velha máquina -

Esquecida -

Num canto escuro -

Da sala.

A minha alma,

Esta jaz lá escondida -

Numa pequena sombra.


Eu?

Aonde estou?

Eu ?

Para onde vou?


Quantas léguas devo caminhar?

Para o que desejo encontrar,

Os sonhos e as fantasias -

Estas não existem mais.

Foram ficando,

Todas para trás.

Olho a minha volta,

A minha cabeça gira -

Sentido anti-horário.

De um enferrujado compasso,

O meu olhar se perde -

No vazio dessa imensidão.

Nada mais faz sentido,

Neste mundo imperfeito.

Neste mundo de interesses,

Cheio de incertezas.

Vasto de melancolias,

Repleto de saudades.

Desejando alcançar,

A sonhada felicidade.


Eu?

Aonde estou?

Eu ?

Para onde vou?


Tantas lágrimas,

Já rolaram.

Tantas mais,

Ainda rolarão.

Nesta frenética  romaria,

Nesta total busca -

Do meu Eu!


Eu?

Aonde estou?

Eu ?

Para onde vou?


Estou à procura,

(resta loucura!).

Sem ternura,

De encontrar um dia.

Sem demora,

Sem heresia.


Eu?

Aonde estou?

Eu ?

Para onde vou?

Eu?

Aonde estou?

Eu ?

Para onde vou?


O meu livre-arbítrio,

A minha alma,

O meu Eu!



Por onde estarão?

Por onde andarão?


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