Estou indiferente -
Com os últimos acontecimentos.
Já não possuo -
Aquele mesmo entusiasmo,
Tudo mudou.
Não é como era antes,
As pessoas mudaram.
O mundo mudou,
Eu mudei -
Transformei-me.
Já não sou -
Mais aquela menininha.
Aquela Fabiana -
De antigamente,
Não existe mais.
Aquela Fabiana,
De antigamente -
Morreu!
Aquela Fabiana
Mataram -
Libertei-me!
Não quero ser,
Como era antes.
Restaram fragmentos,
Caquinhos de vidro -
Espalhados pelo chão.
0 meu coração soa,
Como uma velha máquina -
Esquecida -
Num canto escuro -
Da sala.
A minha alma,
Esta jaz lá escondida -
Numa pequena sombra.
Eu?
Aonde estou?
Eu ?
Para onde vou?
Quantas léguas devo caminhar?
Para o que desejo encontrar,
Os sonhos e as fantasias -
Estas não existem mais.
Foram ficando,
Todas para trás.
Olho a minha volta,
A minha cabeça gira -
Sentido anti-horário.
De um enferrujado compasso,
O meu olhar se perde -
No vazio dessa imensidão.
Nada mais faz sentido,
Neste mundo imperfeito.
Neste mundo de interesses,
Cheio de incertezas.
Vasto de melancolias,
Repleto de saudades.
Desejando alcançar,
A sonhada felicidade.
Eu?
Aonde estou?
Eu ?
Para onde vou?
Tantas lágrimas,
Já rolaram.
Tantas mais,
Ainda rolarão.
Nesta frenética romaria,
Nesta total busca -
Do meu Eu!
Eu?
Aonde estou?
Eu ?
Para onde vou?
Estou à procura,
(resta loucura!).
Sem ternura,
De encontrar um dia.
Sem demora,
Sem heresia.
Eu?
Aonde estou?
Eu ?
Para onde vou?
Eu?
Aonde estou?
Eu ?
Para onde vou?
O meu livre-arbítrio,
A minha alma,
O meu Eu!
Por onde estarão?
Por onde andarão?
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