Menina - Menina -
Que a poesia,
Inclina-se.
Com seu cabelo solto,
Como do mar revolto -
Do cavalo como se fosse a clina.
A luz -
Que brilha,
Em teus olhos é falsa.
A mesma luz que ilumina,
Sem seguir a trilha.
É a que mais perece,
A vida entontece.
O sonho desvanece,
No compasso de uma valsa -
Perde-se nesse clima.
A luz -
Que reluz,
Em teus olhos é brilhante.
Ofusca a visão,
Feito colar de diamante.
Faz perder o rumo,
Sem enxergar o que está adiante.
Perde-se na contramão,
Sem destino o coração.
A luz -
Que traduz,
Em teus olhos é inibriante.
A mesma luz radiante,
Caminhas com tua voz penetrante.
Que me faz flutuar,
Faz-me parar de pensar.
Os sentidos embaralham,
As palavras atrapalham.
Menina - Menina -
Que a poesia -
Faz-se triste sina.
Com o passar do tempo,
Em cada esquina.
Girando no mesmo contratempo,
Dos teus olhos a íris -
Atravessando o arco-íris.
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