Há tempos tenho procurado,
Há outros séculos tenho buscado.
Por algo que me preencha,
E, que faça algum sentido.
Mas o vazio vem como uma flecha,
Atingir em cheio o meu peito.
Para me proteger preciso tê-lo comigo,
O meu anjo me faz ficar de castigo.
Quero-te sempre por perto,
Tire-me desse perigo.
Tudo aqui não é o que desejo,
Olho através do embaçado espelho.
E não é nada daquilo que vejo,
Passando-se lento vão os dias -
Tornando o restante velho.
Deixando para trás a luz que irradia,
No escuro mundo que assombra.
Só enxergo somente as sombras,
Elas me vêm como tormenta -
E aos sentidos fere - Violenta.
A glória cada vez mais rara,
Os meus poucos momentos de loucura.
Em teu encontro preciso acreditar,
É feito a respiração, meu ar.
Almejando continuo sem rumo,
É este o sonho que me deixa no prumo.
Vagando por labirintos sem saída,
Quando será a minha chegada?
Pode continuar a outros mil anos,
Cumprirei as metas - Os mesmos planos.
De continuar tenho a necessidade,
Nem que seja para me mostrar.
De que possa estar errada,
Vai ver que não é esta a felicidade.
A paz esteja em outra verdade,
Tenho a capacidade de uma virada -
Diga que a vida posso retornar.
Do seu olhar aqui vivo sem o brilho,
Sobrevivo dos resquícios.
À noite vago, navego por rios,
Minha alma sem destino.
Em completo desatino,
Por que tenho que ser assim?
Trilhar esta busca sem fim,
Não existe o azul e sim o vermelho.
A cor do desespero,
Não sei por que espero.
Resgata-me -
Liberte-me -
Para viver ao teu lado,
E remendar o coração dilacerado.
Leve-me -
Cura-me -
Estão abertas as feridas,
Faça-as cicatrizadas.
A glória cada vez mais rara,
Os meus poucos momentos de loucura.
Em teu encontro preciso acreditar,
É feito a respiração, meu ar.
Almejando continuo sem rumo,
É este o sonho que me deixa no prumo.
Vagando por labirintos sem saída,
Quando será a minha chegada?
Pode continuar a outros mil anos,
Cumprirei as metas - Os meus planos.
Resgata-me -
Liberte-me -
Leve-me -
Cure-me.
Cicatrize as minhas feridas.
O meu âmago -
A tua vida!
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