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domingo, 7 de novembro de 2021

Bons presságios (2.009)


O estava amanhecendo...


Elisa levantou-se um pouco mais cedo do que de costume para ir trabalhar, pois queria ouvir um pouco de música.


Banho e café tomados, mas ainda lhe faltava meia hora para sair. 


Como trabalhava bem próximo a sua casa, não se importou muito com o horário.


Resolveu então, ligar o computador para verificar se tinha alguma novidade em sua página de comentários do Recanto das Letras.


Cada leitura em seus comentários soavam como um êxtase em sua alma. Pois ela sempre foi muito querida pelos participantes do Recanto das Letras.


O seus contos e poesias eram muito apreciados por outros escritores e leitores que acessam o seu cantinho.


Aproveitou também para ler os seus e-mails, que é um bálsamo de elogios e críticas ao seu trabalho.


Com estes contatos via internet, Elisa aumentava mais o seu círculo de amizades.


Após tudo visto, Elisa seguiu para o seu local de trabalho.


Como em todas as manhãs de segunda a sexta-feira, encontrava-se com os seus colegas.


Porém, ela sentia que faltava algo mais além... Alguém que pudesse  preencher o vazio existente em seu coração.


O motivo não era porque não fosse assediada. Sempre existia alguém que a convidasse para sair. O que acontecia, nem sempre era da maneira como desejava.


Apesar de estar bem disposta naquela manhã, Elisa não estava bem: Sorriso fácil e olhos marejados. Uma completa contradição em sua alma!


No trabalho, sempre gostou do que fazia: Receber as pessoas, falar e ouvir, fornecer orientações e informações. E até mesmo dar uma de conselheira sentimental.


Sentia-se gratificada por ser útil para alguém que precisasse de sua colaboração.


Passava um pouco depois das onze horas da manhã, quando um rapaz adentrou o seu recinto de trabalho.


Ele estava um pouco perdido, procurando por uma rua que ficava ali perto.


Prontamente ela lhe ofereceu ajuda. 


Apesar de saber a localização, Elisa foi buscar o guia de ruas, para que pudesse ter mais um tempo com ele.


Ao procurarem a direção, Elisa lhe perguntou sobre o seu trabalho.


O rapaz começou a explanar, dizendo que trabalhava com um curso de línguas à distância, via internet.


Ela sem alguma cerimônia convidou-lhe para sentar-se em sua mesa de trabalho e assim pudessem conversar mais à vontade.


Elisa prestava atenção em cada palavra por ele pronunciada e fitava-o em seus olhos.


O rapaz de pele clara, mas parecia um anjinho.


- Será que é ele quem eu tanto esperava? – Pensava Elisa, enquanto ele falava.


Elisa até sentiu um envolvimento pelo homem que estava ali a sua frente. Entretanto, já havia se decepcionado algumas vezes, que deixou o seu lado profissional falar mais alto.


Por alguns momentos, ela imaginou vivendo cenas de suas poesias e contos com ele.


Como seria escrever para ele?


Ela também lhe contou sobre o seu lado de escritora, de sua participação no Recanto das Letras e das amizades que lá fizera.


No entanto, fazia um ar de mistério para que ele pudesse ir a sua página no recanto para lê-la.


Ele ficou interessado, pedindo a ela algo que indicasse e encontrasse a direção de tanto talento escondido.


Elisa forneceu-lhe o site do Recanto das Letras e o nome no qual está registrada. E claro, o seu e-mail para um breve contato.


De uma simples procura por uma rua, conversaram sobre trabalho, suas vidas e relacionamentos que tiveram sem ao menos saberem os seus próprios nomes.


- Qual o seu nome? – Perguntou Elisa.


- Vinícius!  - Respondeu ele.


- O meu é Elisa! – Respondeu ela.


Os dois sorriram um para o outro.


O tempo passou tão rápido quando estavam juntos e nem ao menos perceberam, pois a conversa estava uma delícia.


Vinícius despediu-se prometendo ler o seu trabalho no site do Recanto das Letras e que comentaria para expressar a sua opinião.


Ela, por sua vez, disse que o surpreenderia!


Elisa pensou em Vinícius durante a outra parte do dia, relembrando cada instante da longa e gostosa conversa que tiveram.


À tarde, quando chegou do trabalho, foi para o computador e descobrir se Vinícius havia lhe enviado algum e-mail ou algum comentário e nada.


Antes de dormir, deu mais uma olhadinha e lá estavam os comentários e o e-mail que tanto aguardava.


E para a sua surpresa, ele lhe pediu para que escrevesse este conto, acontecido no dia 28 de janeiro de 2.009.


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