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domingo, 7 de novembro de 2021

Aquela canção

 

A tarde cai...

Anoitece...

O rádio... Eu ligo,

Nele toca uma canção.

Lembro de nós dois,

Relembro meu castigo.

Não afaga meu coração...

Com mesmo entusiasmo,

Já não ouço mais...

Aquela canção.


Não tem importância,

Transformou-se em distância.

Já não quero mais ouvir,

São sempre as mesmas frases.

É sempre a mesma melodia,

É sempre assim todo dia.

Aquela canção...

Jaz em meu coração,

Não trás mais emoção.


Impera esse dilema...

É uma pena,

Que tenha que ser assim...

Sonhei outra realidade,

Não somente para mim.

Outros voos alçarei...

Para nós dois,

Mas você...

Deixou para depois.


Em minha pretensão,

Solto a voz.

Na garganta um nó,

Vou à busca

De outra canção...

Para alegrar 

Esse meu pobre coração...

Tão cansado...

E desamparado.


Em meu anseio,

Desejo apoio encontrar.

Mas com a esperança,

Teima em esbarrar...

Nesse entremeio.

Sem sintonia...

Tento descobrir

Outra melodia,

Que me faça reagir.


Mas é sempre assim:

Não há mais jeito...

Carrego essa dor,

Em meu peito,

Com desamor.


Já não ouço mais...

Aquela canção.

Não possuo distração...

Nada acaricia,

Minha alma.

Nada atrai...

Minha calma.


O rádio eu desligo...

Meus pensamentos eu ligo.

Vou vagando...

Pela imensidão.

Pela letra passeando,

A melodia cantarolando...

Mais um dia terminando.


Não te vejo!

Não te busco!

Não te acho!

Não te procuro!


Bato de frente...

Com o desencontro.

Mas de repente...

Outra vez me desaponto.


Aquela canção,

Nada de emoção.

Agora mudou...

Tudo acabou.

Bom, enquanto durou...

O passado foi o que restou.

O presente...

Tão ausente,

No futuro...

Somente sombras e escuridão.


Nada me atraiu...

Nada me distraiu...

Naquela canção,

Restou somente recordação.


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