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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Às vésperas de 2.012

 


Quem diria -

Que estamos às vésperas de 2012.

Muitas coisas não mudaram ainda,

É mais um ano que se finda.

A certeza que nos é dada na mesma dose,

Quem foi que disse que o futuro não existia?


Continua a violência,

Sem nada de timidez.

Com total abrangência,

E toda a sua avidez.


Continuam as guerras -

Sem o tiro que erra.

Continua a intolerância -

Convivemos com a mesma ânsia.


Continuam os preconceitos,

Levando consigo os falsos preceitos.

Dando margem à banalização,

O mundo em busca da civilização.


Por onde andará o amor?

E o progresso sem a dor?

Infelizmente cantamos os versos,

E nos deparamos com os regressos.


Caminhamos desde o início dos tempos,

Fugindo dos contratempos.

De cada vez a frente um passo,

Mais dois para trás - Assim o atraso.

Tentando chegar a lugar algum,

No meio da multidão apenas mais um.


Olhamos ao nosso redor,

Enxergando o nosso próprio umbigo,

Quem foi que disse que sairemos do castigo?

Deixa pra lá... Seja quem for.


Mergulhados na falsa modéstia,

Afogados na hipocrisia.

Que nos envolve e asfixia,

Sobreviveremos a esta moléstia?


Preciso respirar -

Sair deste lugar.

Encontrar um novo ar -

Só eu sei como necessito,

Vivendo assim não existo.


É só você quem pode me salvar,

Levar daqui a minha alma.

Sugue meu sangue - E me acalma,

Faça o corpo cansado repousar.


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