Quem diria -
Que estamos às vésperas de 2012.
Muitas coisas não mudaram ainda,
É mais um ano que se finda.
A certeza que nos é dada na mesma dose,
Quem foi que disse que o futuro não existia?
Continua a violência,
Sem nada de timidez.
Com total abrangência,
E toda a sua avidez.
Continuam as guerras -
Sem o tiro que erra.
Continua a intolerância -
Convivemos com a mesma ânsia.
Continuam os preconceitos,
Levando consigo os falsos preceitos.
Dando margem à banalização,
O mundo em busca da civilização.
Por onde andará o amor?
E o progresso sem a dor?
Infelizmente cantamos os versos,
E nos deparamos com os regressos.
Caminhamos desde o início dos tempos,
Fugindo dos contratempos.
De cada vez a frente um passo,
Mais dois para trás - Assim o atraso.
Tentando chegar a lugar algum,
No meio da multidão apenas mais um.
Olhamos ao nosso redor,
Enxergando o nosso próprio umbigo,
Quem foi que disse que sairemos do castigo?
Deixa pra lá... Seja quem for.
Mergulhados na falsa modéstia,
Afogados na hipocrisia.
Que nos envolve e asfixia,
Sobreviveremos a esta moléstia?
Preciso respirar -
Sair deste lugar.
Encontrar um novo ar -
Só eu sei como necessito,
Vivendo assim não existo.
É só você quem pode me salvar,
Levar daqui a minha alma.
Sugue meu sangue - E me acalma,
Faça o corpo cansado repousar.
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