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domingo, 12 de dezembro de 2021

Cadeia da produtividade


O ar claustrofóbico,
Impossível de se respirar.
Uma nuvem cinzenta,
Impregnando o ar.

Se não bastasse a poluição,
A soberba – Maior condição.
O narcisismo e sua tortura,
Por que tanta maldade?

Moldados na semelhança de Deus,
Subjugados por nossas condições -
Ou na falta dela, o que se valha.
Tachados como insuficientes,
Na cadeia da produtividade.

É autossuficiente,
Aquele que gere –
O que tem o poder de acumular.
Riquezas e patrimônios.
Todas as noites –
Dormindo com os seus demônios.

Como deita a cabeça no travesseiro?
Santa ingenuidade,
Sabendo que o próximo –
Vive outra realidade.

Não é necessário conhecer ou não,
Basta olhar em volta com atenção.
Espalhados pelas redes sociais,
E não é fake news –
O triste retrato do Brasil.

Um olhar mais além:
Um país –
Continentes –
O mundo afora –
Em completa divisão.

Poucos com muitas riquezas –
Imensidão.
A grande maioria com nada –
Autoflagelação.

Dispa-se da hipocrisia,
Tenha uma visão com compaixão.

Nada é perfeito,
Ao teu redor.
Faz os interesses,
Girar em torno do seu umbigo –
Tirando dos outros,
O abrigo.

Dizima a fome,
Em quem não consome -
Infiltra o capitalismo desacerbado.
É muito triste,
Conviver com as inverdades,
Sem nenhum resquício,
A incerteza persiste.

Esmaga entre os dedos,
Dos ínfimos, a esperança.
Não há beleza,
Em tua realeza.

O que será que realmente importa?

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