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terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Subterfúgios

 


Estou numa corda bamba,

Sem eira –

Nem beira –

Carregando muambas.


No peito –

Um coração dilacerado.

Da vida privado –

Sem o combustível,

Reprimido –

No mundo inacessível.

Pelas cinzas encoberto –

Restando o aperto.


Não há nada o que fazer,

A realidade nós atropela.

Sem o mínimo de prazer,

Fechando a janela.


Sou uma estátua,

Desfazendo-me das mágoas.

Deixando-me levar, correntezas,

Não há nada de delicadeza.

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