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domingo, 2 de janeiro de 2022

Deusa pitonisa


Os meus sentidos em alerta,
Revelam-me a feliz descoberta –
Do mundo sobrenatural e extraordinário,
Que se acampa em minha volta.
Para alguns tachada de louca,
Para outros alguém que não vive,
Pelo contrário, vegeta.

Transbordando-me em imensidão,
Em pleno século XXI,
A grande excitação –
Na escrita exalando a inspiração.
Como meta possuo os versos,
Compondo – A canalização.
Em dias nublados –
Também nos ensolarados:
A missão.

Fixamente olho para o espelho,
Observando o seu reflexo.
O portal – Um anexo,
O corpo estremece, a vibração.
Volito pelo espaço sideral,
Em deleite com a energia.

Transpondo mundos,
Conhecendo castelos,
Reconectando –
Religando-me aos elos.
Surpreendo-me  -
Com tamanha beleza.
Reivindicando o seu lugar,
A natureza.
Espelhando-se de modo ardil,
Rendo-me ao deslumbre, a sensação.

Visto-me de acordo com o tempo,
Uma deusa pitonisa –
Asfixiando – Cortando o ar.

Ainda há muito o que viver,
Recuperar um novo significado.
Descobrir um sabor ao paladar,
Ressignificação do prazer.
E tudo o que emana o poder –
Realizando desejos –
No lumiar da expansão,
Com o tilintar da emoção.

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