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domingo, 9 de janeiro de 2022

Ato de sublimação

Olho-me;
Através dos meus olhos,
O que posso contemplar –
Senão a imensidão?

O espaço terreno ao redor,
Talvez seja apenas uma ilusão.
Fazendo parte –
Daquilo que desejamos:
Permanecer em paz.
Contemplando a beleza ,
Oferecida pela natureza –
Em tudo o que se apraz.

O que aprendemos desde cedo,
Que nem tudo é perfeito.
Nem todos os seres humanos,
Compactuam de igual vontade –
Impedindo a admiração.

O alto ego se inflama, queima e destrói –
Onde põe a mão.
Aniquilando qualquer resquício de vida.

Em meu interior –
Contemplo o real potencial.
Imaginando o verde,
Em seu mais digno esplendor.
Voando pelas matas coloridas,
Miscelânea de flores e frutos.
Os pássaros com elegância –
As melodias cantarolando.

Qual será o nosso futuro,
Calcado em desinformações?
A autocrítica correndo pelas veias,
Como uma droga que se tornou lícita.
Viciando os ignorantes –
Com pré-julgamentos infundados.

A livre espontaneidade –
A leveza de pensamentos –
Isto é lembranças de anos atrás.
Não fazem mais parte do cotidiano,
Antes a ditadura velada nas entrelinhas –
Cada vez mais dá as suas caras,
As nossas para bater.

Aniquilar –
Julgar –
Submeter –
Fazemos parte de sórdidos planos.

Sofrendo o retrocesso,
Não existe mais o progresso.
Impondo uma mordaça em nossas bocas,
Asfixiando-nos –
Excluindo o nosso direito de fala.

O desejo de fluir –
De ir mais além –
Vão de encontro às suas atrocidades.

Vários países,
Várias formas de escravizar
A população mundial,
A mercê de seus desmandos.
Quando seremos colocados –
Em primeiro lugar?
Não somos nenhuma opção!

“Os poderosos” –
Seguem devastando as terras,
Que não são de uma minoria.

A maioria sofrendo com o caos,
Eternas vítimas –
Da agenda global.
Até quando aceitaremos,
De cabeças abaixadas –
Imperando o mal?

Caminhamos para a beira do abismo,
Sobrepondo-nos as artimanhas.
Na eminência de ataques –
Outra guerra mundial,
No meio de tantas outras.

Indivíduos de tantos países,
Vagando como zumbis –
De nação em nação.
Na busca de uma vida melhor,
Auto estado de flagelação.
Quem é que se importa?

Grandes homens “no poder”,
Pelos menos favorecidos –
Nada por fazer.

Enormes quantias,
Concentradas num mesmo lugar.
Famílias dizimadas pela fome,
Sem acesso ao básico.
Enquanto, poucos entorpecidos –
Pela gula.

Jogos de interesses,
Como numa partida de xadrez.
Colocando em riscos vidas alheias,
Quanto mais vai se ganhar,
Sem escrúpulos – Especula.

Olho-me;
Através dos meus olhos,
O que posso contemplar –
Senão a imensidão?

O espaço terreno ao redor,
Talvez seja apenas uma ilusão.
Fazendo parte –
Daquilo que desejamos:
Permanecer em paz.
Contemplando a beleza,
Oferecida pela natureza –
Em tudo o que se apraz.

O que possuímos de concreto,
É essa vontade de resiliência.
Não dependendo do Estado de direito,
Do poder público –
Ou de suas alusões.
Devemos realizar o que faz sentido,
Do nosso livre arbítrio –
Regidos pelas expectativas,
De acordo com as perspectivas –
Transmutação – Ato sublimação.

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