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domingo, 8 de junho de 2025

Vidas oprimidas


Desde a época da escravidão, 

Antes, durante e depois da abolição. 

Há esse regime de perseguição, 

Cor negra tombada, à mercê da exposição. 


Mudou pouca coisa de lá para cá, 

Senzala, transformou-se em favelas.

Vidas oprimidas, entre becos e vielas,

O som dos estampidos,  no dó ré mi fá.


Resultado: Indivíduos estendidos ao chão, 

Não pela lei da gravidade,  opressão. 

O desespero tomando conta do lugar, 

Ansiedade,  depressão,  falta de ar.


Mascaram as leis, Governo genocida, 

Brincam de Deus, ceifando vidas.

Retiram o privilégio de sonhar, jovem preto,

Impondo deveres, nada de direitos.


Atiram primeiro,  grande burrada,

Fascistas de direita, almas nefasta.

A comunidade inteira devastada,

A lamentação da agonia vasta.


De saúde e educação nada de intervenção, 

A ditadura do poderio bélico, a solução. 

São crimes violentos, nenhuma resolução, 

De corpos dilacerados, a profanação. 


Não tarda, desde sempre a resistência, 

A união dos menos favorecidos,  a potência. 

Em meio à dor, pedindo por clemência, 

Os de colarinho branco,  a prepotência. 


Em pleno século XXI,  ressoa surreal, 

O apartheid  sem máscara, consciente. 

Vitimizando pessoas inocentes, 

No racismo de extermínio, brutal.


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