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sábado, 7 de junho de 2025

Regime opressor


É sempre a mesma história,
São vários casos na memória.
A bala perdida –
Acertando alguém indefeso,
A mão do Estado,
Pesando sobre os mais fracos.
A população indignada,
Reviravolta no estômago, ascos.
Na comunidade -
Promovendo o luto.
Ao invés de prover a evolução,
Cometem crimes, sem solução.

Sem dó e nem piedade,
Triturado gente.
O Governo fascista,
A base elitista,
Levando vantagem.
Em alta voltagem,
O regime opressor.
Desde a escravidão,
Alimentando o ódio.
Espírito ditador,
Dilacerando com a dor.

Aos moradores da periferia,
O banho de sangue,
Lavando as calçadas.
Exterminando sonhos,
A insígnia conquistada.
A falsidade com louvor,
A população de bem armada,
Por ferramentas de trabalho.
No reflexo do espelho,
A face cansada.

Mais um corpo favelado,
Estendido no chão.
Menos um CPF,
O crime que cometeu: O CEP.
Forjam os seus teatros macabros,
Oferendas aos deuses ocultos.
Como escudos, a religião,
Pregando em falsos cultos.
Os que estão no poder,
Um jogo de cartas marcadas.
Aos que ficam traumatizados,
Perguntando-se:
Quando será a próxima incursão?
Quantos sacrifícios pelo chão?

Velada corrupção,
Ao poder paralelo,
Poderio bélico, munição.
Na linha de frente,
Os que não compram proteção.
Sobrevivendo sob o elo,
Subjugado – Intimidação.

Quantos ficarão caídos?
A vida rendida na ponta do fuzil,
Vivências frias,
Almejando o colorido.
Nada da normalidade,
De não sermos mais coagidos.

A revolta –
A luta –
A peleja –
De desbravar a coerência,
Perpetuando a ascensão da consciência.
A favor, de interromper a dizimação.
Crescendo as crianças,
Desenvolvendo-se sem medo.
No momento, presente,
Pagando pelos erros adultos.
E não sejamos menos incultos,
À espreita estão os vultos.

Aconteceu novamente,
Os números na lista inseridos,
Na triste e enojada estatística.
A alma devastada,
Na insurgência de mais uma batalha.
Multiplicando-se os protestos,
Os apelos por justiça.
Às últimas na UTI entubada,
Nos corações doloridos.
De que ao amanhecer,
Possamos ressurgir fortes.
Suportando todas as turbulências,
E não nos sufoque –
Essa fumaça densa da hipocrisia.


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