Quem desejar colaborar com a manutenção do Blog Poesia Translúcida, é muito simples: Pix 21987271121. Qualquer valor, o mínimo será muito bem vindo! Muito grata!

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Carta para alguém que não encontrei


Distante de tudo e de todos, 

Um espaço somente nosso. 

O burburinho deixado de lado,

Na imensurável lealdade. 

Quem disse que isso é verdade?


Este foi o mundo fantasioso,

Co-criado na trilha da solitude. 

Escondendo-me da ausência, 

No desejo latente,

De encontra-lo por outras dimensões. 


O amor se transmuta, volúvel, 

Em formas desconhecidas -

Vencendo o tempo e o espaço físico.


Ultimamente,  tenho andado tão desconectada,

Distraindo-me com outras realidades. 

E lá no fundo –

Mesmo que em outro plano, 

No meu recôndito,

Posso toca-lo com a minha alma.

Desde sempre mostrou-se imponente, 

Sem ter nos tocado.


Nada é perecível, 

Embora, pareça um sonho longínquo.

O anseio antes de tudo,

Oferecer a mão amiga,

Eximindo-o de todo o sofrimento. 


É bem real que a terceira dimensão, 

Traga-nos surpresas desagradáveis. 

Mas também nos revela –

Experiências extraordinárias.


A paciência de reencontra-lo,

Supera todos os obstáculos. 

Tenho o entendimento, 

Que viveremos o que for permitido,

Contrariando qualquer perspectiva pessimista.


Ao olhar para uma de suas fotos, 

Posso perceber em teu olhar,

O quanto isso é possível. 

Entretanto, esta aqui:

Adormecido  -

Guardadinho em meu coração,

Desde a época em que não percebia,

Porém,  pressentia-o por perto. 

E, mais ainda, 

No instante de sua partida.

Quando um redemoinho de vento,

Formou-se no ambiente de meu quarto.


Você esteve...

E sempre estará comigo. 

Você  é...

E sempre será eterno. 


Até um dia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário