Sozinha –
Em meu quarto,
O silêncio desvanecendo no ar.
Uma luz ecoa distante,
Chamando a minha atenção.
Altas horas da madrugada,
Em meio à escuridão.
Um cômodo alheio,
Fora de perspectiva.
Sem o alcance do olhar,
Emudecendo a expectativa.
O que se passa nos pensamentos,
De quem está fora dessa realidade?
Qual será a compreensão –
Diante dos fatos?
Tudo parece ser uma incógnita,
Do que é permitido ou não –
Do que precisa ser vivenciado ou não.
São tantas as questões,
Sem nenhuma resposta.
Do que será que estou,
Completamente disposta?
Apesar da quietude,
Há um emaranhado.
São tantas as informações,
Conexão com o meu Eu Superior.
Não me detenho com migalhas,
Antes esta seria a falha.
O se contentar com o pouco,
Se mesmo em solitude,
Posso obter o muito.
Aquilo que me compete, admiração,
Galgando novos caminhos.
Envolvida no alinhamento,
Transparecendo na alma –
O avivamento.
Às vezes, distinguir não é fácil,
Com o passar do tempo.
Adquirindo experiências,
Propondo translúcidos movimentos.
A vida na Terra,
Provoca-nos a resiliência.
Obrigando-nos a sermos fortes,
Brava resistência.
Olhar para dentro de si,
Requer coerência.
Há muitas luzes acesas,
No âmago da ilusão.
Quem convive com a própria sombra,
Requer um pouco mais de atenção.
Ao cair no fundo do poço,
E com as mãos machucadas,
Escalando cada centímetro.
Reconhecendo-se em sua penumbra,
E por escolha –
Transmutando-se em luz.
Não que esqueceu da turbulência do passado,
Guarda-o em um lugar de destaque.
Para não mais cair,
E, sim, sobressair,
Daquele local de aniquilação.
Tratando as feridas,
Transmutando-as em cicatrizes –
Desenhando extraordinárias aquarelas.
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