Qual é o seu lado,
No meio de toda essa confusão?
Corpos dilacerados –
Sonhos destruídos –
Conhecimentos em putrefação.
Milhares de inocentes,
Pagando um alto preço pela ambição -
Infinita consternação.
O que nos resta:
O medo,
O desespero,
A aflição.
A quantas anda a sua saúde?
Batimentos cardíacos -
Em aceleração?
Ou será em ritmos descompassados,
O bombardeio em cima de nossas cabeças –
Sem a preparação da militarização.
O poderio bélico,
Distribuído a torto e à direita,
O Estado em manipulação.
Até quando viveremos subjugados,
Pela total insegurança?
Os governantes por detrás de suas mesas,
Não resolvendo nada.
Apreciam o espetáculo macabro,
A morte por telas,
À quilômetros de distância.
Na população,
Provocando ânsia, a ojeriza.
Longe do alcance do raciocínio lógico,
Aumentando o número de vítimas –
Cada vez mais crescente.
Não importa:
Se é culpado ou inocente.
As crianças moldadas na revolta,
Um futuro incerto,
Que não há presente.
Uma ou mais balas perdidas,
Batendo em suas portas.
Ao menos sem serem convidadas,
Atravessando janelas,
Apenas trazendo apreensão,
Ou ceifando a vida,
Sem compreensão.
Dos dias contados,
As não idas para a escola.
Retirando o direito da educação,
Aprender táticas de guerra, obrigação.
Qual é a vantagem?
Há dias em que a adrenalina,
Está em alta voltagem.
Um curto circuito no desenvolvimento,
Insuflando a defasagem psicológica.
É o povo pelo povo,
Em plena organização,
Na crescente precariedade.
Nem sempre os bons e os justos,
Contribuem para a leveza da realidade.
Os jovens crescendo,
Com a falta de discernimento.
Muitas vezes, obrigados,
A tecerem outros caminhos,
Jamais escolhidos.
Pela ilusão e ambição –
Corrompidos.
O que nos resta é apenas a missão,
De mostrar mesmo que no fim do túnel,
Existe uma luz.
Que pode se propagar com a união,
Se unidos caminharmos com determinação.
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