Ameaças –
Iminentes ataques -
Tortura física -
Dilaceração da alma –
Frágil estado psicológico -
Violência!
Todos os dias,
Colocado em prática o apartheid.
Não importa a cor da sua pele,
A cada dia uma nova invenção.
Rotulados –
Colocados em gavetas.
O valor na sua conta,
O status social -
A supremacia primordial.
Promovendo a polarização,
Aos “inferiores” o ridículo.
Tenho a pele clara,
Mas na batalha pela igualdade,
Estou ao lado dos meus irmãos -
Este é o verdadeiro valor da comunhão.
Somos seres humanos,
O que difere é a melanina.
Não aceito covardia,
A derme negra sempre o alvo.
Na maior vacilação,
Nesse estado de injustiça,
A retaliação.
Qual é o teu papel,
Na luta antirracista?
Todos têm um lugar de fala,
No genocídio negro extremista.
Na quimera da violação,
Promovendo a desigualdade -
Exercendo a gentrificação.
Pelo contrário:
Nunca vamos nos calar!
Tornamo-nos heróis de nossas próprias vidas,
Somos símbolos constantes da resistência.
Ninguém é melhor do que ninguém,
Neste jogo cruel de perseguição.
O Estado como ferramenta da manipulação,
Na imperfeita idealização,
Na banalidade da raça ariana.
Mascarando crimes,
Tampando o sol com a peneira.
Fechando os olhos para as vis arbitrariedades,
Levando a maior parte do seu quinhão,
Cometendo atrocidades.
O que é de direito,
De nos roubar não tem capacidade.
Da nossa essência,
Fazendo parte do conhecimento.
Mesmo nos forjando,
Entregando o CEP.
Na limpeza ética,
Há centenas de anos.
Na barbaridade de ódio e ambição,
Mesmo consternados,
Mais um corpo caído ao chão.
Não vamos recuar,
A favela é persistência.
Com um Governo dando as costas,
Fazendo de conta,
Vivendo em uma realidade.
Subjugados – Paralelamente –
Tratados como escória,
Como produtos descartáveis.
Pagando impostos,
Sob um olhar racista.
O mesmo sangue que corre nas veias,
É o que alimenta a triste estatística.
NÃO VAMOS RECUAR!
NÃO VAMOS NOS CALAR!
Em algum momento da história,
Mudaremos a trajetória.
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