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sábado, 16 de abril de 2022

Clausura sepulcral


Os dias estão passíveis -
Não sei o que acontece,
Uma letargia,
Entorpecendo os sentidos.

Como buscar pelo novo?
Sobrevivendo na clausura sepulcral –
De meu corpo.
Enquanto, a mente,
Deslumbrante imaginação.

Aos percalços,
Fugindo pela tangente –
Esfuziante alucinação.

Distraio-me com as ilusões,
Desvencilhando-me dos perigos.
Seguindo atalhos,
Pegando trilhas.

Na ilusão de ótica desse mundo,
No metaverso –
Recriado não sei por quem.
Ou o que quer que desejem,
Não sei dizer ao certo.

Porém, ao meu universo limitado,
Do meu grande e pequeno interior.
Recrio-me em prosas e versos,
Na contramão da agitação –
Que ecoa do lado de fora.

Nem eu mesma me compreendo,
Sou um poço de incertezas.
Que de certo –
É uma grande incógnita na vida.

Por quê e para quê?

A imaginação tem o seu limite,
No desconcerto das horas –
De procrastinação.
Nas lágrimas –
Que teimo em represa-las,
Escondendo-as dos olhares dos demais.

A fraqueza, às vezes, é um conforto,
Para a força que demonstro.
Entretanto, é sempre cansativo,
Porém, desnudo apenas a alma.
 

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