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domingo, 3 de abril de 2022

Carta para a humanidade IV

 

Infinita lógica se condensando,
Pelo azul do meu céu.
Como posso ser transparente?
Se sinto as energias me desfigurando.

Na tentativa de surpreender,
Sempre acabo em decepção.
Às vezes, a insignificância vem,
Mas não me abalo  -
Caminho em solitude.
Nos passos que me abastecem,
Uma conversa sobrenatural.
Paralela com a realidade,
Reverberando em minha mente.
O que alguns diriam:
Por telepatia,
Energizando-me no palco surreal.

Nada mais tem importância,
Somente as sensações:
De sentir –
E, principalmente, ficar bem.
Na capacidade de me desconectar com o caos,
E fazer com que a sinergia aconteça.

O DNA ecoa em meu âmago,
Irradiado pelo espaço sideral.
Religando-se com outras dimensões,
Fluídos de bilhões de grãos de poeira estrelar –
No entremeio de galáxias.

De onde sou?
Quem eu sou?
Por que vim parar aqui?

São questões –
Que por algum momento pesam na cabeça.
Porém, deixo as dúvidas de lado,
Com o único ensejo de prosseguir.
Distanciando-me de vícios fúteis,
Que não levam a lugar algum.

O raciocínio maior,
O discernimento de se redescobrir –
Culminando na expansão.
Transitoriedade do cerne,
Fugindo das armadilhas impostas.
Apenas um alerta:
Nem tudo é o que parece,
Na triste ilusão –
De julgar o livro pela capa.

A humanidade não está pronta,
Para o deslumbre da tecnologia.
O futuro na Terra é um lugar incerto,
Sujeitas à pequenas providências.

O tanto que se foi falado,
Erros cometidos  -
Sangue de inocentes derramados em vão,
Milhares de vidas ceifadas.
Pela incompetência humana,
Pela incapacidade de não se redimir.

O espelho do passado,
Transfigurando-se em um portal.
Como um filme nos mostrando:
O que de fato possa vir,
E no presente –
Mostra-se claramente,
O sofrimento humano.

O elixir de vida para alguns,
É a agonia do outro.
Alimentando-se como demônios,
Sobrecarregando toda uma existência.
Assassinatos por futilidades,
Apenas para fomentar a vaidade.

Destruição em massa –
Para quê?
Qual o propósito de tudo isso?

Somos todos iguais,
Perante a Natureza -
E a sua lei é implacável,
Somos meros mortais –
Diante de sua força.

O oxigênio –
O dom da vida,
Cada dia impregnado de poluição.

Nunca nos corrigimos,
Nunca nos mostramos fracos.
Somente no momento da morte
(Para alguns),
Na hora da passagem
(Para outros).
O ser humano –
Não detém nenhum poder.
Quem aniquila o seu semelhante,
Impõe a própria sentença –
Um dia lhe será cobrada.

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