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domingo, 8 de junho de 2025

Vidas oprimidas


Desde a época da escravidão, 

Antes, durante e depois da abolição. 

Há esse regime de perseguição, 

Cor negra tombada, à mercê da exposição. 


Mudou pouca coisa de lá para cá, 

Senzala, transformou-se em favelas.

Vidas oprimidas, entre becos e vielas,

O som dos estampidos,  no dó ré mi fá.


Resultado: Indivíduos estendidos ao chão, 

Não pela lei da gravidade,  opressão. 

O desespero tomando conta do lugar, 

Ansiedade,  depressão,  falta de ar.


Mascaram as leis, Governo genocida, 

Brincam de Deus, ceifando vidas.

Retiram o privilégio de sonhar, jovem preto,

Impondo deveres, nada de direitos.


Atiram primeiro,  grande burrada,

Fascistas de direita, almas nefasta.

A comunidade inteira devastada,

A lamentação da agonia vasta.


De saúde e educação nada de intervenção, 

A ditadura do poderio bélico, a solução. 

São crimes violentos, nenhuma resolução, 

De corpos dilacerados, a profanação. 


Não tarda, desde sempre a resistência, 

A união dos menos favorecidos,  a potência. 

Em meio à dor, pedindo por clemência, 

Os de colarinho branco,  a prepotência. 


Em pleno século XXI,  ressoa surreal, 

O apartheid  sem máscara, consciente. 

Vitimizando pessoas inocentes, 

No racismo de extermínio, brutal.


sábado, 7 de junho de 2025

Regime opressor


É sempre a mesma história,
São vários casos na memória.
A bala perdida –
Acertando alguém indefeso,
A mão do Estado,
Pesando sobre os mais fracos.
A população indignada,
Reviravolta no estômago, ascos.
Na comunidade -
Promovendo o luto.
Ao invés de prover a evolução,
Cometem crimes, sem solução.

Sem dó e nem piedade,
Triturado gente.
O Governo fascista,
A base elitista,
Levando vantagem.
Em alta voltagem,
O regime opressor.
Desde a escravidão,
Alimentando o ódio.
Espírito ditador,
Dilacerando com a dor.

Aos moradores da periferia,
O banho de sangue,
Lavando as calçadas.
Exterminando sonhos,
A insígnia conquistada.
A falsidade com louvor,
A população de bem armada,
Por ferramentas de trabalho.
No reflexo do espelho,
A face cansada.

Mais um corpo favelado,
Estendido no chão.
Menos um CPF,
O crime que cometeu: O CEP.
Forjam os seus teatros macabros,
Oferendas aos deuses ocultos.
Como escudos, a religião,
Pregando em falsos cultos.
Os que estão no poder,
Um jogo de cartas marcadas.
Aos que ficam traumatizados,
Perguntando-se:
Quando será a próxima incursão?
Quantos sacrifícios pelo chão?

Velada corrupção,
Ao poder paralelo,
Poderio bélico, munição.
Na linha de frente,
Os que não compram proteção.
Sobrevivendo sob o elo,
Subjugado – Intimidação.

Quantos ficarão caídos?
A vida rendida na ponta do fuzil,
Vivências frias,
Almejando o colorido.
Nada da normalidade,
De não sermos mais coagidos.

A revolta –
A luta –
A peleja –
De desbravar a coerência,
Perpetuando a ascensão da consciência.
A favor, de interromper a dizimação.
Crescendo as crianças,
Desenvolvendo-se sem medo.
No momento, presente,
Pagando pelos erros adultos.
E não sejamos menos incultos,
À espreita estão os vultos.

Aconteceu novamente,
Os números na lista inseridos,
Na triste e enojada estatística.
A alma devastada,
Na insurgência de mais uma batalha.
Multiplicando-se os protestos,
Os apelos por justiça.
Às últimas na UTI entubada,
Nos corações doloridos.
De que ao amanhecer,
Possamos ressurgir fortes.
Suportando todas as turbulências,
E não nos sufoque –
Essa fumaça densa da hipocrisia.


Ação do sobrenatural


Sonhos lúcidos  -

Saídas do corpo –

Sempre nos surpreende o sobrenatural. 

A mente límpida –

Revelando os segredos –

Prevendo o futuro –

Dando-nos uma direção,

Mostrando-nos o melhor caminho.

Afastando-nos do mal e do perigo, 

Ao aprendizado:

O alinhamento. 


E mais uma vez aconteceu!


O coração em paz,

A mente em total silêncio. 

Abnegando-se de qualquer desejo, 

Mas a terceira dimensão prega as suas peças. 

Nos resquícios de ego,

Por mais que o deixamos adormecido,

Ele está lá inerte, porém,  presente.


Como podemos nos ver,

Assistindo aos nossos próprios atos?

Somos fractais de almas, 

Divididos por várias dimensões. 


E eu estava ali, 

Ou em uma realidade paralela.

Tão real, ou mera ilusão, 

Convertida em uma enorme tela de cinema,

Experenciando tudo aquilo. 


O que de fato acontece?

O simples pensamento transmutando a realidade, 

Os pés descalços sobre a areia.

Recriando nova conexão com o astral –

Sinergia. 


O mar –

A maresia –

O vento nos cabelos  -

Um cenário deslumbrante, 

A companhia de alguém que não lembro quem seja.


Tudo é uma miscelânea de emoções, 

O sonho realizado. 

A alquimia energética da poesia, 

Em delicadas ações,

Que revelam a felicidade. 

Plenamente a magia tomando conta das horas,

Sem pensar no que viria depois,

Apenas vivenciando o presente – 

Nem preocupações. 

Apenas vivenciando o entardecer,

Madrugada adentro,

O nascer do sol –

Brindando-nos com o seu calor e brilho. 

Retornando com os pés descalços, 

Novo ar de jovialidade.

Conversas –

Palavras de cordialidade. 


De repente,  a transfiguração, 

A densidade tomando conta do lugar.

O ataque cruel na sutileza,

Não há perigo,

Projéteis atingindo o meu corpo. 


Qual seta a explicação?

Mesmo sendo amparada,

Por que tal bloqueio, 

Abrangendo o coração?


Luta desarmada


Luta desarmada
Apesar do céu azul,
Pairando sobre as nossas cabeças.
Na verdade, há uma incredulidade cinzenta,
Que entorpece os sentidos.
Em poucos a comoção,
Em muitos a normalidade.

Qual é o estado de equilíbrio?
O gélido ar da comodidade,
Os abutres promovendo o vil abate.
Sem menor condição de aceitar o óbvio,
Cada qual com o mais curto pavio.
Retirando resquícios de inocência,
Promovendo a imoralidade.
Incutindo o descaso,
Qual é a razão?

Movendo a engrenagem do capitalismo,
Subtraindo o brilho.
Quem enxerga o verdadeiro reflexo no espelho?
Quem dorme com a consciência tranquila no travesseiro?
Não há menor condição,
Por onde anda o aceitável?
Porque do contrário existe até promoções,
Mergulhados em antigos preconceitos.
Exercendo a dolorida barbárie,
Tão brutal dilacerando a carne.
Rotulados como seres humanos,
Os ditos racionais.
Deixando-se levar pelo ódio,
Agindo como meros boçais.

Nada mais é uma surpresa,
Cada vez mais crimes aleatórios,
Todos os dias preenchendo as colunas policiais.
Enchendo a linguiça nos noticiários,
Comentários totalmente arbitrários.
É preciso nadar contra a maré,
Para não bater de frente com o azar.
O calendário da mediocracia,
Abatendo novas vítimas,
Em total consenso.
Para quê pensar? Perda de tempo,
Pão e circo realizando o seu papel.
Dos que fomentam a distração,
A dopamina e seus afins,
Da boa convivência, o fim.

Não nos daremos por vencidos,
Em algum momento, viraremos a mesa.
Nadando contra a correnteza,
Desafiando os padrões impostos.
Nada de permuta, estaremos opostos,
Sem negligenciar a vida.
Trocando o certo pelo duvidoso,
As escolhas se farão conscientes.
Nada de desperdícios,
Neste modo descrente.
Para tudo haverá uma solução,
Desfazendo o marasmo da manipulação.

Já basta!
Já deu!
Queremos agora o prometido,
Arrefecendo a ditadura velada.
Recriaremos para a Terra,
Diferente jornada.

Não venha questionar, persuasão,
Com seu flagelo de perseguição.
É um longo caminho, transmutação,
Gerando outra consciência, ascensão.
O pensamento lógico,
Ponto de partida.
Em dias mais leves,
Outrora, nova realidade.
Que em algum instante,
Não mais distante –
A completa felicidade.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Tela de aprendiz


Faço-me argila –

Para ser moldada.

Faço-me tela em branco –

Para ser escrita,

Para ser colorida.

As cores da vida,

Transcendendo a magia.

O conto de terror,

Quanta ironia  -

Transmuta-se:

Em água cristalina,

Terno louvor,

Ascendente alquimia.


Toda palavra bendita,

Tem a cota máxima de poder,

Letras traduzem o prazer.

Mesmo com a visão restrita, 

Impedir-me não tem como.

A imaginação,  o feitiço, 

A primeira impressão,

Total realismo.


O risco, o rabisco,

Fora de compasso. 

Com o tempo,  harmonização, 

Ganhando contornos de descontração. 

Simplesmente é questão de escolha,

Observando a Natureza,

Em todos os recônditos.

Embora, a fumaça acinzentada,

Há em cada folha,

Multicolorida beleza.


No Universo há o equilíbrio, 

Entre luz e sombras.

As lições vêm com o tempo,

Em seus prós e contras.

Equalizando a balança, 

É preciso romper o casulo.

Para haver a dita mudança, 

Rodeando todo o caos.

É necessário o abrigo,

Arrefecendo o perigo.


Em toda e qualquer circunstância, 

Preservarmos a inocência,

De vez em quando os atropelos.

A espiritualidade e o âmago,

Fortalecendo os elos.

No interdimensional,

Consagrando –

Realizando a morada,

Transitando pela longa estrada.


Na Terra, a terceira dimensão,

Na dualidade,  muito denso.

A caridade e bons sentimentos,

Alinhados e propensos.

Ao discordar não há, 

Um lugar de aprendizado. 


terça-feira, 3 de junho de 2025

Não vamos recuar


Inevitável não sentir essa densidade, 

Chega de mansinho...

E vai se apropriando de nosso ser,

Como um arrepio percorrendo cada recôndito do corpo.

Entorpecendo –

Paralisando, cortando o ar.

A mercê de estampidos,

Por um momento,  coagidos,

Mas não vamos recuar, surpreendidos?


Só conhece essa realidade, 

Luta para sobreviver nessa fatalidade, 

Quem sente na pele a comunidade.

Crianças e jovens –

Desencaminhados futuros promissores, 

Ultrapassando limites.

Tachados como infratores,

Mergulhados na vida da ilusão.

Cometendo crimes pela ostentação,

Para o imoral não há trégua.

Entre o Governo e o poder paralelo, 

Diferente régua. 

A juventude perdida,

Sob a influência da involução. 

Quanto menos pensar,

Zero potencial de raciocínio. 

Quanto mais se tem, 

Mais se quer,

Somando desperdício. 


No desejo de impor a supremacia branca,

Por detrás de fake news, 

Colocando banca.

Pessoas julgadas por classe e cor,

Vale o que tem,

E nada se mantém, 

Em total desamor.

Assaltados a qualquer hora,

Pela mão armada sem clemência. 

Da saúde e de educação privados,

Cidadãos de bem.

Rastejando por migalhas,

Condenados por falhas.


Destinados à nós, 

Qual é o espaço?

A gentrificação, 

Pegando-nos pelo laço. 

Como se pudessem excluir a negritude,

Ao pobre favelado,

Distribuindo o que há de costume. 

Quanto mais apanhamos, resilientes, 

Unindo-nos somos fortes.

Levantando os punhos,

Fortalecendo passos pelos caminhos,

Tão destemidos,

Quanto aos algozes. 

Gradativamente mais velozes,

Pouco à pouco impondo o ritmo. 

As cores de um novo dia,

Presenteando com o realismo. 


Aqui não existe somente o medo, 

Também há luta.

Pagando alto preço em pecados,

Tão árduos,

Quanto a derme em brasa.

Até quando suportaremos a opressão?

De sermos tratados como descartáveis, 

Sem nenhuma proteção. 


Um Estado omisso, 

Para os seus sem compromisso. 

Planejando jogos de interesses, 

Em dias, anos e meses.

Apresentando o teatro sujo da manipulação, 

Enquanto,  permanece a esperança. 

De fato existir, pela mudança, 

Desvanecendo a dor e agonia.

Rejuvenescermos pela harmonia, 

Convivendo em comunhão.

Compartilhando o mundo,

Com condições igualitárias.

Onde se encaixem as peças, 

De um velho quebra cabeça –

Totalmente enferrujado,

Há tanto tempo perdido. 


Talvez seja um sonho distante, 

E não veja acontecer,  lancinante. 

Que não tarda jamais,

A prioridade pela paz.

Em algum momento, 

Desejo escrever outra história. 

De um lugar plenamente diferente, 

Sem que me falhe a memória. 

Porque pareço viver,

Nesta realidade paralela,

Em que nada condiz com a verdadeira. 

Entrelaçada com o caos, 

Infinita insanidade,

Para que se transmuta em felicidade. 



domingo, 1 de junho de 2025

Carta para Junho - 2.025


Junho –
Seja muito bem vindo!
Repleto de luz e magia!
Que em sua bagagem,
Haja esperança e harmonia.

Por mais que não demonstramos estarmos machucados e com algumas ou muitas cicatrizes, infelizmente eles existem colaborando com a dor.
Peço que nos ajude a superar não somente a última, como também todas as crises que ainda possam aparecer pelo meio do caminho durante os seus trinta dias.
É inevitável que estejamos feridos, não podemos perder o foco de estarmos exatamente aqui.
A humanidade é uma caixa de pandora repleta de surpresas e, ao abri-la não sabemos  o que de fato encontraremos.
Na dualidade do ser humano fazendo de sua vida uma eterna competição por vaidade e pelo ego desejando impor a sua força, demandando excesso de energias negativas totalmente desproporcional.
É sabido que sobrevivemos em uma completa rivalidade imposta pelo caos, onde nem sempre seremos vistos com bons olhos.
Há aqueles que agem pela imoralidade se comportando de má fé, batendo de encontro à perfeição, deixando um rastro de destruição, ceifando qualquer sonho para se dar bem – Passando por cima de quem quer que seja, atropelando e deixando marcas.

Não tem problema! Podemos cair, mas também nos levantamos!
Como guerreiros nos recompomos para superar qualquer obstáculo –
Não importa a sua altura!
Tudo age ao seu contento,
De acordo com o tempo.

O maior refúgio deve partir da parte de dentro, de nosso interior e, não procurar por nenhum lugar ao lado de fora.
Porque nem todos estarão dispostos e/ou aptos e com uma boa vontade de nos ouvir.

Há um chamado contínuo como a água de um rio que, ressoa por nossos sentidos, a intuição, a qual precisamos aprender a ouvi-la.

Somos capazes do impossível...
Do toque divino,
De sermos surpreendidos pelo Eu Superior.

Que Junho –
Seja o curativo para as dores mais profundas,
A base para o nosso alicerce,
Cooperando para tudo o que é mais sagrado:
A VIDA –
A EXISTÊNCIA -
Nesta breve e doce aventura,
Repleta de agonia, desespero, sofrimento, ansiedade.
E, por quê não,
Cercado de momentâneas alegrias?

Junho –
Reverbere o que há de mais bonito em essências humana,
Propagando a luz,
Tão determinante quanto ao instante preciso da conquista.
Revolvendo as antigas promessas de nossos âmagos,
Gerando o bem estar proporcional quanto à nossa vontade.

Que tudo seja gratidão!

Por cada amanhecer,
Descortinando as janelas.
Com sol ou com chuva,
A Natureza com sua exuberância em ciclos,
Envolvendo-nos com a elegância do canto dos pássaros,
E todo o esplendor de suas cores vivas e coloridas.

Então, Junho...

Seja magnífico!



Sejamos luz!

Banho de sangue


Arrefece a sensação de completude, 

A de pertencer em algum lugar.

Em noites mal dormidas, impotência, 

Muitas das vezes, apneia,  falta de ar.

O mercado da violência, 

Ministrado à céu aberto, 

À qualquer hora em plena luz do dia.

Sem dó e nem piedade,

Demonstrando a sua potência:

Máquina de moer gente.

Não importa a idade,

Nem tão pouco a identidade. 

Em comum, a cor da pele negra,

Ligado diretamente ou não. 


Alta madrugada, 

Sem alarde,

Na falida comunidade  -

Pegando a todos de surpresa.

Os cachorros latindo pela vizinhança,

Avisando que não está nada normal,

Ceifando a esperança.

Ressoando sobressalto,

De repente, o som metálico do fuzil.

Tão estridente e ardil,

Quanto ao penetrar a carne.

Derramando o elixir da vida,

Manchando as calçadas, as ruas,

Em tom vermelho –

Infeliz verdade crua.

A enxurrada dolorosa, turbulência,

Levando vidas jovens. 

O que cometemos, onde estão os erros?

De anos desperdiçados,

Na involução, despreparados.

Talvez a falta de oportunidades.

Onde se perdeu a felicidade?

Engolida por inversa realidade. 


Mergulhados em iminências frágeis, 

Aos que estão entorpecidos,

Não enxergam o que está a desfavor –

Usados como produtos descartáveis.

Aos que estão de fora,

Observando por outro prisma, 

Veem gradativa degradação. 

Definhando-se corpos,

Abarrotando os cofres, 

A ilusão transbordando copos.

Derramando futuros promissores,

Na linha de frente, 

De si mesmos – Desertores -

Entristecida tenra densidade, 

A fila que se faz para a substituição. 

O RH da firma completa produção,

A mais vil constatação. 


O Estado como vínculo de omissão,

Promovendo a polarização.

Qual é a sua contribuição?

Na outra ponta a lei, a moral,

Usando de um teatro macabro, 

Maquiagens se escondendo na tela.

Eles querem enganar a quem?

Usando do velho marketing nefasto,

Delegando o sacrifício da vez,

Métodos para se promoverem, palanque político.

Insuflando a massa falida,

Fakes news contribuindo para a idiotização.

Ao ser humano os não escolhidos, 

Devotando deveres e a degradação, 

O flagelo desumano. 

Incutindo nas mentes a ostentação, 

Com uma das mãos oferecendo migalhas,

Com a outra apontando as suas falhas. 

A falta de segurança,

Atravessando o seu caminho,

Ou simplesmente, Invadindo as nossas casas.

Na finita existência, 

Promovendo arruaças.

Aos menos favorecidos a gentrificação, 

De presente a coação. 

A derme negra como alvo,

A favela o eterno cativeiro,  a senzala.

Algum anseio de transmutar o cotidiano?

Tratados como mulas, 

Pagando exorbitantes impostos. 

Cinzenta aquarela,

Descortinando-se pelas janelas. 


Qual é o prazer de lutar por algo tão efêmero?

Que de um momento para o outro pode desvanecer, 

Cogitados como números,

Triste estatística.

O próprio Governo promovendo a desunião, 

O oculto infiltrado, a discórdia, 

Alimentando as sombras. 

Pessoas acorrentadas pelos vícios, 

Beneficiando toda uma falange do mal,

Não percebem o poder do sobrenatural. 

No martírio de suas almas,

Insaciedade da calma.

Desperdiçando horas,

Envolvidos em loucuras.

Desperdiçando o aprendizado, 

Cometendo crimes e pecados. 

Restando apenas o flagelo da existência,

Ceifando vidas sem clemência. 



A humanidade dividindo-se em gangues,

Promovendo a barbárie, 

Banho de sangue,

A desordem dos  intoleráveis.

Enquanto,  os de colarinho branco,

Tornam-se cada vez mais intocáveis. 

Sobrando para o pobre favelado,

A viver com a estômago embrulhado,

Sobrevivendo com os restos.

Quantos mais se perderão no meio do caminho,

Engolindo a própria saliva,

Ou sendo forjado?

Na incerteza, sem a garantia de nada,

De pés descalços,  pela longa estrada. 


sexta-feira, 16 de maio de 2025

A magia do silêncio


Tempestades...

De vez em quando estas são úteis para colocar as coisas em seus devidos lugares.

Porém,  precisamos possuir o discernimento, separar o joio do trigo e, identificar aquelas que são benéficas ao nosso aprendizado. 

Infelizmente,  existem algumas que são lançadas apenas com o intuito de atrapalhar e nos desviar do caminho no qual precisamos percorrer. 

Entretanto,  todos são válidos!

Porque sempre há como tirarmos lições  de cada uma delas.

Podemos até cair, no entanto,  o chão não é o limite, nem muito menos a ascensão. 

Todo ser é absolutamente capaz de galgar novos horizontes e reconstruir aquilo que em algum momento foi destruído.

Não perdemos tempo e, sim, adquirimos experiências  e não tropeçamos nos velhos erros, embora exista o livre arbítrio.

Cabe a todo e qualquer indivíduo o sei poder de escolha, de forma consciente ou não.

Portanto,  é necessário abrir os nossos corações e a mente – Desenvolver um olhar mais apurado e especial  para o nosso interior.

O silêncio diante do burburinho ao nosso lado externo, dessa densidade tão caótica que muitas vezes parece que vai nos engolir com sua gula tão descomunal.

Por mais que seja difícil,  precisamos manter esse diálogo silencioso com o âmago.

Porque serão em nossas essências que encontraremos todas as palavras indispensáveis para trilharmos uma jornada repleta de luz e de energia positiva. 


domingo, 11 de maio de 2025

Sobre "eles"


 

Não sei onde está escrito,

Não sei onde foi dito.

Se faz parte da história, 

Se são apenas sensações, 

De minha memória. 

Longínquo é o espaço, 

Na esfera transcendental. 

Volitando sobre velho compasso, 

Tão desgastado de forma incidental. 


Só sei que me sinto presa,

Em um lugar que não é o meu.

Em um corpo cansado...

Enfadonho que não me pertence, 

Numa impressão de sufocamento. 

Em que nada me conduz à realidade, 

Nenhuma condição de liberdade, 

Para quê tal fatalidade?

A humanidade em outro tempo obscuro,

A ascensão fascista,

Os terrenos sobrevivendo em apuros.


Nunca foi sobre nós, 

E, sim, sobre “eles”.

Aqueles que detém o poder, 

Jogo sujo de cartas marcadas. 

Armando toda a manipulação, 

Pessoas vivendo pacificamente,

Ou se matando, o próprio lobo,

Em meio à polarização. 

Até a releitura mal feita nas entrelinhas,

Iminências de guerras atroz. 

Entre a fria e a quente de fato,

Para que tais argumentos?

Gastar saliva em troca de nada,

Sem garantias ao corpo físico –

Na terceira dimensão. 

Tornando-nos mera marionetes,

No looping do controle de massas.

De uma maneira ou de outra, 

Forjando capítulos ilusórios. 

Profanando histórias,

Também as trajetórias.

Daqueles que partiram, indefesos,

Lutando bravamente,

Deixando um legado. 

Em dias atuais, a difamação, 

Sem nenhuma cortesia,

Apenas os horrores,

Infinitas heresias.


Qual é a intenção?

O rebanho para saciar a fome,

Da volúpia,  da ganância. 

Exacerbados em exageros,

Tão contumaz,

Os inocentes em desesperos. 

Para quê o despertar?

Quanto menor a ascensão da consciência, 

Menos a valorização da essência. 

É isso o que desejam, a involução, 

Resquícios da cota de raciocínio. 

A sociedade em total declínio,

Sem moral,

Retornando ao tempo primitivo. 

Pensando em saciar a carne,

Intolerantes seres perversos.

Alimentando-se da negatividade, 

Densa vibração. 

Fomentando as sombras,

Aos contatados ijmpondo armadilhas.

Apresentando labirintos,

Não há problemas, 

Se não existirem as trilhas. 

Em todo longo caminho,

Há as suas compensações. 

De revivermos momentos de alegria, 

Observando a paisagem. 

Embora,  às vezes, sejam apenas miragens,

Não importa, 

Sentir com o coração,

É o que abrirá-se-a a porta.

Independente do que aconteça, 

O plano da luz prevaleça,

A pacificação.

Se este é um sonho dourado, 

Sinceramente, 

Na Terra não obteremos as respostas. 

Ao amor incondicional, 

Este sim, é primordial. 

E o bem maior prevaleça,

Renovando as esperanças. 

De vivermos sem o medo,

E não sentir ameaças. 


sexta-feira, 2 de maio de 2025

Carta para Maio - 2.025

 


Maio –

Seja muito bem vindo,

Repleto de luz e magia.


Já foi dada a largada para a quinta temporada de dois mil e vinte e cinco.


Serão trinta e um dias para realizarmos novas conquistas e nos espelharmos em algo maior que nos mova.

Por mais que a realidade vai se descortinando à nossa frente venha com ameaças temidas. 

O melhor remédio é levantarmos, sacudir a poeira, e sermos resilientes. 

Nem todos estão ou estarão preparados para presenciar a nossa vitória. 

Que Maio seja e já é um mês festivo!

É bom nos blindarmos da inveja e dos maus agouros,  transvestindo-nos de energia positiva e, assim, atravessarmos este ciclo com sabedoria. 

Enfim,  compreendo que compartilhar a terceira dimensão é bem complicado, expondo-nos à experiências que pensamos não está aptos para atravessa-las, principalmente,  do julgamento alheio que jogam em nossa direção toda a sua maldade contradizendo de fato com o que é real.


Lembre-se:

Luz atrai luz.

Mas também luz atrai sombras, no intuito de serem apagadas. 


É preciso termos o discernimento para sabermos distinguir o que é bom do que é ruim.

Desejando ou não à todo o instante somos testados.

E, sendo perspicazes, às vezes, deixamo-nos ser ludibriados e desviados da estrada que tanto almejamos seguir.


Para falar a verdade, a perfeição não existe!


E nada do que a sociedade é o que o Governo nos apresenta em razões questionáveis.

“Eles” nos transformaram em seres incapazes de raciocínio. E quanto menor o aprendizado: Melhor.

Condicionados como burros de carga, trabalhando, pagando impostos,  abarrotando os cofres governamentais,  .

Enquanto,  usufruem de riquezas e os pobres à pão e água,  fingindo serem aquilo que não são. E ainda acham graça como se estivessem tirando “onda”.


Infelizmente, sobrevivemos em um lugar denso, onde a grande maioria é conduzido pela vaidade e pelo ego, não lhes permitindo enxergar e nem perceberem o que é importante. 


O Universo é infinitamente vasto,  porém,  se há lugar para este tipo de comportamento, não sei explicar.

Não tem problema ou importância,  não é querendo fazer como todos rotulando  quem é quem.

Graças aos Seres de Luz...

Com o antagonismo de luz e sombras.

Em tudo existe os sinônimos e os antecessores, como aqueles que caminham de olhos fechados,  como se estivessem adormecidos  sem saber qual rumo tomar. Como também aqueles que sentem uma brisa leve e despertam para o que há de melhor em suas essências. 


Em tudo há o seu tempo –

Cada um experiência o que há de melhor ou de pior que há em seu âmago. 

Aqui fica registrado o meu desejo para que em todo o amanhecer haja uma aura de paz e luz ressoando e se alinhando perfeitamente com o que existe de melhor no ser humano. 


Que Maio reflita o que há de primordial na humanidade –

Abastecendo-nos com a sua luz.


Maio já é prosperidade!

Maio já é abundância!

Maio já é luminescência!

Maio já é gratidão!



Sejamos luz.


sábado, 26 de abril de 2025

Carta para a humanidade XXVI

 


A verdade nada é o que aparenta ser,

Mostrando-se contestável.

Em situações, 

Que se transvestem de maquiagens,

Enfeitando-a de mentiras.

Agindo dissimulados,

Munidos de manipulações. 

Fomentando a polarização,

Incendiando as massas. 

Impondo ideias, as fakes news, 

No ringue invisível. 

Geram a discórdia,

Uns contra os outros.

Numa luta armada ou não, 

Beirando o suprassumo da idiotice. 

O psicólogico em contradição, 

Perdendo a razão. 


Quem foi que disse,

Que sairíamos ilesos,

Sem algum arranhão?

Corpos despedaçados,

Em meio à crescente violência. 

Alimentando a energia do caos,

Sobrevivendo à deriva, 

Por ai, de alguma nau. 


O futuro é incerto na incongruência,

Da maldita clemência. 

Lançando a mão de efeitos colossais, 

Para impressionar os incrédulos.

Com suas performances teatrais,

Arrebatando montante de indivíduos. 

Não importa a qualidade do raciocínio, 

E sim, a quantidade de peças,

Nunca fecha esse quebra-cabeça.

Quanto menor exímios na arte do pensamento,

Será maior o divertimento. 

Condicionados de um lado para o outro,

De qualquer maneira,

A submissão estampada.

De cabeças abaixadas,

Reprisando a velha ladainha. 

Imensa fila indiana, 

Como zumbis à passos lentos. 

Chegando sempre no vil objetivo, 

Enquanto,  demonstram forças os algozes.

Na intensidade da escuridão, 

Estão sempre mais velozes. 

Qual será o ponto de ebulição,

Para entornar esse imenso caldeirão?

Desfazendo o mal feito,

Dissolvendo os relevos.

Intensificando a utopia dos sonhadores,

Revelando os delatores.


Não há como prever os próximos movimentos, 

Na inércia de dias ímpares. 

A efervescência do inacreditável, 

Dispensando o que é real.

Na proeminência do sobrenatural, 

Contradizendo a salvação. 

A morte súbita, 

Ou a passagem para outra vida.

Os poderosos escolhem nos deixar de mãos atadas,

Seguindo pela velha estrada. 

Feito bois de piranhas,

Vagando às cegas.

Cessando à mercê do primeiro projétil,

Sem nos precavermos, 

Ou realizando a auto defesa.

Na realidade, 

Divididos em ilustrados arquivos. 

Intitulados os dispensáveis,

Como indispensáveis somos a pequena minoria.

Tratados como gados, o alimento. 

Nem sempre cai a ficha,

Mas se tomba um corpo ao chão. 

Servindo como a densa iguaria,

Gerando traumas e confusões. 

Apenas mais um número na estatística, 

Derramando o sangue.

O sacrifício da vida,

Até quando estaremos sujeitos?

O corpo físico, 

A terceira dimensão. 

Onde somos cultivados,

Sem o menor interesse da ascensão. 

Há quem desperte –

Tentando escapar da infelicidade. 

Iluminando o âmago, 

Fugindo da remota escuridão. 

Não há falhas,

São jogos de interesses.

Subjugando o outro em troca de poder,

Atendendo à desejos nefastos.

Satisfazendo-se sob a vontade alheia,

Importunando com a dor,

Decorrente do sadismo.

A crescente derrocada da sensação de paz,

Na iminência mais ameaçada.


Até quando suportaremos tais demandas?

A população de bem realizando as cobranças.

Não ecoam as vozes,

Não há ressonância. 

Os Estados,

Representantes de governos ocultos,

Incitando a implicância.


Com quantas vidas se constrói  a comunhão?

Um mundo novo e repleto de harmonia, 

No presente, as ameaças da supremacia.

A esperança se renova com o amanhecer de mais um dia,

De vencermos com galhardia. 


terça-feira, 8 de abril de 2025

Em silêncio II

Em silêncio  -
Transmutando a mente. 
De pensamentos equivocados, 
Infinito caos. 
Nada é diferente,
Da perversidade exterior.
Onde me encolho de frio,
No íntimo,
Necessário calor.

O que faço aqui?
De onde vim?
Para onde vou?
Questões sem respostas,
Não foram construídas as janelas.
Fechadas estão as portas, 
Qual a finalidade?
Sinto-me asfixiada,
Para o vazio que me rodeia.

Impossível não acontecer o cansaço, 
Esforçando-me a cada passo. 
Na harmonia buscando o compasso, 
Distante estão os abraços. 

Sei que nesta caminhada,
Há uma longa estrada,
A ser percorrida com total resiliência. 
Emoldurada com ausências, 
Diante do crescimento. 
Existe uma escolha,
Ou diversas delas,
Entre luz e sombras.
De repente, 
Transformou-se com uma única palavra. 

Não condeno os outros por ser assim, 
A medida que o tempo passa,
Transmutação sem fim.
Mudam-se o passatempo, 
Velhos hábitos perdem a graça. 
É a máxima da vida,
Não estou sendo atrevida, 
E nem fazendo pirraça. 
As pessoas são controladas,
Não enxergam a manipulação das massas,
Agindo como se não houvesse o amanhã.

A morte não é algo finito,
Apenas realizando a transição. 
A alma volitando por remota dimensão,
Abandonando o corpo físico,
Evoluindo ou não na expansão. 

Quem foi?
E quais serão os escolhidos?
Ou simplesmente os excluídos...
Sem apelo,
Mas um convite para a reflexão. 
De crenças religiosas,  liberta,
A exceção de impor conhecimentos. 
Faz algum sentido,
No que pressentimos em nosso âmago?
O tão sonhado aconchego,
Tornando-se abrigo.
E não sendo o medo,
A sensação de perigo.

Não estamos aqui por acaso,
Na iminência de determinado prazo.
Quando redescobrimos a verdadeira missão,
De sermos pessoas instruídas.
Buscando o real conhecimento, 
Do aprendizado,  a contribuição. 

Não me leve à  mal,
Em meu silêncio. 
A constante observação, 
Transmutando a mente.
Praticando a alquimia, 
De sombras em luz,
Energia límpidas.
Transfigurando o espírito,
Dissolvendo os pensamentos equivocados.
Infinito caos,
Nada é diferente. 
Quando o extraordinário se faz presente, 
Dissipando a tormenta exterior.
Onde me encolho no frio,
Miscelânea de sensações,  arrepio.
Um mergulho para dentro,
No íntimo, abastecendo-me de calor.

Em silêncio –
O meu porto seguro.
Distante do burburinho alheio.
Cultivando a paz. 
Aguardando o instante exato,
De retornar,  
Ao verdadeiro lar.


segunda-feira, 7 de abril de 2025

Em silêncio I


Mesmo que o mundo exterior se encontra no caos,

Tenho a consciência do dever da transmutação.

É verdade...

Há momentos em que o canço possa existir,

Mas nunca me darei como vencida.

Quando se escolhe e existe o acolhimento pela Luz,

A energia que nos rege-

Nada será em vão.




Sejamos luz!


terça-feira, 1 de abril de 2025

Carta para Abril - 2.025



Em um piscar de olhos...

Seja bem vindo abril.

E que em cada um de seu amanhecer – 

Venha nos abençoar. 

Iluminando  -

Irradiando  a nossa essência,

Fazendo com que possamos desbravar novos rumos. 


Mesmo que haja um vazio entre as lacunas de nossas vidas,  

Podemos esperar sem ansiedade que algo novo aconteça,

Transparecendo uma nova felicidade. 


Os “ses” na verdade não existem!

Já os sonhos são como ferramentas que nos impulsionam à ir para frente. 

Porém,  é uma faca de dois gumes em suas nuances efêmeras que vem povoar os pensamentos, adaptando o nosso cérebro à  outra realidade.

A fim de celebrar a vida como precisa ser.

E não ficar murmurando ou remoendo por algo que não deu certo. 

Os livramentos vêm em forma de nãos e portas fechadas. 


Os nossos corpos são formados por energias...

Pelos caminhos raramente encontramos alguma que se alinhe com as nossas. 

No entanto,  não são todas que de fato se reconectarão, vivendo experiências mútuas. 

Porque cada um de nós somos consequências de nossas próprias escolhas, sejam elas boas ou ruins.

Às vezes, pensamos ser algo, mas inconscientemente,  agimos pelo impulso. 

Em um futuro próximo ou não,  mostra-se diferente do que imaginamos.

Por isso,  é bom refletirmos com cautela,  para não colocar o carro na frente dos bois, ou trocarmos os pés pelas mãos. 

Portanto,  a resiliência é algo concreto que possuímos e devemos ter sempre em mente. 


Os dias estão cada vez mais corridos, fugindo de nossos dedos feito areia e ele é tão precioso quanto ao oxigênio límpido na atmosfera para que possamos respirar e sobreviver sem nenhuma consequência. Contanto, torna-se cada vez mais raro.


O que desejo dizer com isso tudo é que não há nada impossível quando decidimos pelo silêncio e perseverança. 

Na intenção de parar e observar e olharmos com mais clareza como os seres humanos vivem ou obviamente sobrevivem sobre a face da Terra, cada vez mais mecanizados agindo como robôs sob os efeitos da extensão de dispositivos eletrônicos que carregam em suas mãos. 

Por ventura, os seus corações esfriam  como se nada mais importasse.


Desejo que este mês de abril...

Seja um mês de reflexão, não somente no momento de leitura desta carta.

Mas que em todos os dias, ao acordarmos  possamos ser pessoas melhores possuindo o discernimento de nós tornarmos mais humanos, amparando quem assim necessitar e pedir auxílio. 


Abril já é:

Saúde, 

Amor,

Sorte,

Zelo,

Gratidão, 

Prosperidade, 

Caridade. 


Sejamos luz!


Escolhas


 

Maior medo


 

quarta-feira, 26 de março de 2025

Descartável

Não se preocupe...
Alimento-me -
Abasteço-me -
Da solitude.
É um manjar tão saboroso,
Diferente de essências volúveis.
Reconstruindo-me - 
De sonhos possíveis. 

Embora, sinta falta:
De uma conversa franca,
Do olho no olho -
Inteligente e palpável,
Distante do descartável. 

segunda-feira, 24 de março de 2025

Carta para 1.993

 


Há se existisse uma máquina que pudesse me fazer voltar ao tempo...
Escolheria uma janela nessa tórrida aventura.
Faria tudo simplesmente diferente, 
Não pensaria em evitar tantos erros,
Talvez fossem consequências...
Escolhas mal sucedidas.
Mas viveria momentos intensos –
Quanto a trajetória de uma vida inteira. 

O passado é tão distante, 
Mesmo a data interior à atual.
Como mesmo constatamos, passou,
É tão efêmero quanto as estrelas no céu.
Onde podemos avistar o seu brilho,
Nos longínquos anos luz.
Porque cumpriram o seu papel,
Em realizações de sonhos.
Sim, ao menos notar, reflexão,
Na alquimia de ações. 

Você através de atitudes  -
Ensinou a me reconhecer como pessoa.
A saber admirar pessoas inteligentes,
Convivendo em um ambiente tão conturbado.
Em minha pouca idade,
Totalmente inexperiente.
Os “se” tomando conta da minha imaginação fértil, 
Desde sempre o meu lado poeta em questão.

Posso ter me perdido pelas trilhas, 
Por caminhos equivocados.
Mas os mesmos fizeram com quem hoje  sou,
Sem críticas e nenhum arrependimento. 
Pois cada um reconhece as bagagens que carrega, 
E não há maior entendimento quando superamos cada obstáculo.

A vivência trás as suas virtudes,
Incompreensíveis ou não. 
Em viagens sobrenaturais, 
Fazendo parte literal de meus desdobramentos.
Onde o espírito volita por outras dimensões, 
Acreditar e realizar grandes reencontros,
Através do extraordinário -
Jogando-nos de cabeça à momentos incríveis.
Embora, a nossa história na terceira dimensão não se cruze, 
Esvaiu-se a derradeira chance.
Ou quem sabe em um momento,  podemos nos esbarrar de forma singela e casual.

Hoje trago a firmeza comigo,
Protegendo-me –
Livrando-me dos perigos.
Em meio ao mar de incertezas, 
Também um bloqueio no coração.
De repente,  de um minuto para o outro,
Tudo aqui pode chegar ao fim.
Evidencio a luminescência, 
No desejo de novamente acontecer a conexão, 
Pois existem algumas coisas a serem esclarecidas.
Diante de um trauma,  um gatilho, 
Mas durante os anos,
Desvaneceram os empecilhos. 
Trago comigo as cores do arco-iris,
Emoldurando nova perspectiva.
Transmutando as expectativas,
Transformando as narrativas.

Permanecerão em mim,
As suas lembranças -
Em constantes vibrações.
O toque suave e singelo,
Tão repentino, e natural.
Não importa o que aconteça,
Em um tempo-espaço. 
Que parece um infinito na Terra,
Mas que é apenas um segundo no interdimensional. 
Somos a sequência, 
Do que reverbera em nossa essência. 

Sempre estará presente, 
De uma maneira ou de outra.

Gratidão 

domingo, 9 de março de 2025

Carta para a humanidade XXV



- Não sou daqui!
- Estou aqui!

Na tentativa de algo,
Ou é uma peça da imaginação. 
De quem sabe,
Redescobrir o paraíso. 
Entranhado por linhas paralelas, 
Observando o que resta da Natureza,
Reflexiva no alto das minhas janelas.
Ofuscada pela fumaça,
Paisagem cinzenta. 
No calor torrencial, 
Entre o concreto e o asfalto. 
Às vezes, perco a razão, 
Desejando jogar tudo para o alto.

O ser humano,
É  totalmente bipolar.
Para a sua sobrevivência, 
Arrefecendo o próprio ar.
O que nos resta então?
Sobreviver na dualidade, 
Amenizando a realidade. 
Ligando ao máximo, 
O grau de existência. 

Como devotos de uma seita qualquer, 
Agarrando-nos a todos os credos  possíveis. 
Em meio à orações e conjuros, 
Alicerçando com fé a esperança. 
O produto cada vez em extinção, 
Está o respeito. 
Fomentado na intolerância, 
Na obsolescência programada,
Ao longo da estrada.
Favorecimento ao capitalismo, 
Impondo a questão da resistência. 
Onde o conforme, 
Cada vez mais inacessível. 

Derretemo-nos neste calor surreal, 
A Terra um ser vivo,
Traduz em sua magnitude, 
O que almeja para si.
Tornando-nos desnecessários,
Um  ser descartável.

Digo e repito:
- Não sou daqui!
- Estou aqui!
Em busca da compreensão, 
Como renegar? 
Fora de cogitação. 

Este é apenas um lar temporário, 
Em nossa pequena estadia.
Devemos fazer o melhor,
E não destrui-lo.
Retornaremos em algum momento, 
Sem sabermos o dia da partida. 
Do jeito e como será,
Só saberemos no instante. 
Preservarmos –
Ponderarmos as atitudes, 
Fará com que trilhemos outro caminho. 
De flores,
Ao invés,  de espinhos.
Repensarmos os atos,
Fugindo da ilusão. 
Não cairmos em contradição, 
Sacrifícios serão indispensáveis. 
Para formatamos melhores dias,
Embora, o tempo pareça tenebroso. 
Iminentes guerras,
Assolando sem precedentes a Terra.
Há algo acontecendo,
Em planos superiores. 
Na verdade  sempre existiu sombrios planos,
Sem darmos a devida atenção. 

Os adormecidos vagando desorientados,
Exímios de responsabilidades.
Incrementando as atrocidades, 
Espalhando a maldade. 
Tudo é questão de nos espelharmos na reflexão,
Quanto mais pessoas ao nosso lado,
Feito grãos de areia –
Haverá chances de reverter este quadro. 
Enquanto,  existir possibilidades,
Sempre estaremos presentes. 
Para que na Terra –
Faça-se uma morada descente.

quinta-feira, 6 de março de 2025

Reset


Viajo por um lugar transcendental,

Transbordo-me –

Por dimensões paralelas,

Entoando boas vibrações. 

Observo pessoas  -

Mergulhadas no vazio.

Tentando preencher,

Algum buraco sem fundo.

De uma vida baseada em egos,

Vivenciando adrenalina e perigos  -

As suas almas sem abrigo,

Em completo abandono,

Exímios de emoções. 


Não é o que desejo,

Influente ensejo.

Às vezes, a dor é inevitável, 

Mas não devemos por ela nos guiar -

Mesmo que nos falta o ar.

O destino é tão aleatório, 

Quanto a correnteza de um rio.

Levando-nos de surpresa,

Para alguma represa.

Jogando-nos em direções opostas,

Ultrapassaremos a linha de chegada?

Façam  inevitáveis apostas.


Por mais que pareça surreal,

Lutando para não cair em contradição. 

A realidade fomenta um ciclo de horror, 

Sabermos separar o joio do trigo –

Será que esta é a nossa missão?

Escolhermos onde ficar, um lado,

Cometermos ou redimirmos dos pecados. 

A luta traçada com o sobrenatural, 

Quem dará o respaldo, o aval?


Na Terra tudo ressoa diferente, 

O caos fazendo enfrentar o próprio medo.

Sem ao menos esperar,  a turbulência de repente, 

O que testemunharemos logo em seguida?

Retornarmos ao local de partida, 

Fornecendo o reset necessário. 

Apagando este mundo arbitrário,

A humanidade inconsequente. 

Agindo de modo insatisfatório,

Sentimentos ofuscados pela tecnologia. 

Cadê o resquício de empatia?


A quantas anda o senso de direção?

A maldade ganhando na estatística da contradição, 

Em pequenas bolhas –

Prevendo as falhas. 

O egocentrismo em pauta,

O narcisismo não falta.

Alimentando a insanidade da carne,

Demonstrando na pele total desgaste.

No quanto mais se tem,

Mais se cobiça  -

O capitalismo atiça. 


Com atitudes avassaladoras,

Inquietantes aventuras.

Todos possuímos o poder de escolhas,

Embora, pequenas há consequências.

Permito-me ser mais forte,

Ascensionando  a essência. 

Como um pequeno conta gotas,

O sol iluminando a porta.

Esta é a magia,

Em não se deixar levar pelo inconsistente.

Mergulhando em si,

Abrindo a mente. 

Para o justo e necessário, 

Atravessando desafios.

Portanto, que o prazer, 

De cada amanhã  -

Esteja por um fio.