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quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Próprio algoz


Boooooommmmmm!!!

De repente,  o estampido –

A explosão!

Acelerando de vez o coração!

O dia vira noite,

Não importa, o toque de recolher. 


Cicatrizes na alma,

Marcas eternizadas no corpo. 

O retrato da omissão,

Um governo corrupto,

Diante da  tragédia.

Mais um dia, fazendo média, 

Com a população sem direitos. 

O desenvolvimento cognitivo,  atrofia,

Não escapa nenhum,  

Nem muito menos parlamentares. 

Proclamando leis,

Promovendo a barbárie. 

Confabulando entre eles,

Tamanha crueldade,

Protelando medidas cautelares.


Os cidadãos de bem,

Tomados como reféns,

Em seus próprios lares.

No asfalto e concreto, 

A cidade cada vez mais densa,

Repleta de poluição. 

A Natureza radiante,

Lembrança distante. 

Perdendo-nos de nós mesmos,

Em mero conformismo. 

Qual é a finalidade de tudo isso, 

Se nada é de verdade, 

Com o outro não há o compromisso?


Criada a humanidade, 

Para ser o seu próprio algoz.

O fundamento do livre arbítrio, 

A desarmonia mental. 

A justificativa para o mal,

O controle da natalidade, 

As mortes em demasia.

Do modo arbitrário,

Totalmente cruel. 

O desequilíbrio dos recursos naturais, 

A luta desenfreada pela sobrevivência. 

Armações políticas,

Favorecendo sempre os seus.

Pares em conchavos, 

Armadilhas transvestidas de deveres.

Subjugando os menos favorecidos, 

Burlando os resultados, 

Na insaciável democracia. 

Denominando falsos reis,

A polarização, promoção do caos.


Nas ruas a efervescência, 

O povo na batalha,  a resistência. 

Clamando por clemência, 

Para desbravar outros horizontes, 

Haja paciência. 

A voz bradando a militância, 

Na face a marca da violência.

O povo sofrendo a intolerância, 

Ansiedade,  depressão  -

Afligindo a irracionalidade,

Ofuscando a incompleta felicidade.


Qual o futuro de nossas crianças?

Uma nação despontando sem o amanhã, 

Por quem deveria vir a proteção, 

Dia a dia marginalizados. 

Uma corja inteira de desalmados,

A favor da manipulação. 

Causando um modo frágil de torpor,

Com tamanha intromissão. 

Independente da raça ou credo,

Se existir ou não, 

Contemplado com a mesma graça. 

Exterminados sem persuasão,

O que cometemos na existência.

Qual é o crime em diligência,

Sem respeito, julgados a revelia.

A ausência da melanina,

Apoderando-se –

Tornando-nos escravos.

A presença da falta de ascensão, 

Levando-nos à destruição. 

Que cada ser humano,  

Mergulhe dentro de si,

Quem sabe há uma chance,

De continuarmos aqui.

A realidade se mostre diferente, 

Infinitamente descrente.


Boooooommmmmm!!!

De repente,  o estampido –

A explosão!

Acelerando de vez o coração!

O dia vira noite,

Não importa, o toque de recolher. 


quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Carta para a humanidade XXXI


A humanidade consiste em um grande desafio para a sua existência. 

Isso não é um jogo qualquer...

Devemos nos preparar por aquilo que ainda está por vir.

A maioria tem sede de poder movidos pela ostentação e ambição. 

Quanto mais obsessivo, mais provocam dores, sofrimento e agonia.

Infelizmente,  não estou inventando,  fantasiando ou retirando da minha mente fértil. 

Em pleno ano de dois mil e vinte e cinco, a tecnologia deveria ser uma aliada,  porém,  não foi capaz de erradicar o fantasma da fome. 

Pelo contrário,  recriam a cada dia novos martírios e holocaustos com genocídios mais aterrorizantes, onde nem mesmo as crianças e os inocentes não são poupados. 

E, sim, são usados como moeda de troca para abastecer um mercado sombrio, no qual as suas vidas são dispostas como simples produtos.

Subjugados como seres desprezíveis, enquanto, anseiam em simplesmente viver ou apenas um prato de comida. 

O homem dito como ser racional dotado de inteligência é o primeiro a matar, a violentar e abusar deixando sequelas e transtornos como consequências de seus crimes absurdos, demonstrando um enorme abismo em sua psique  que em nada condiz com a conduta de uma sociedade civilizada de acordo com a moral humana 

O fato que a nossa espécie foi disseminada na Terra como baratas assolando o Planeta devorando e destruindo a si próprio.

Era para cuidar e preservarmos, portanto,  não cuidamos nem dos nossos que dirá daqueles que estão do outro lado do Mundo. 

Há seres que nascem sem o menor senso de empatia visando o bem, o prazer e o lucro próprio. 

A evolução humana está bem distante de acontecer!

A tão sonhada luta pela tecnologia apenas prever guerras e destruição em massa.

O verdadeiro sentido da vida se perdeu...

Com tantas preciosidades que encontramos na Natureza com a sua engenharia de sobrevivência,  de nada valeu. Pois somos capazes de nenhum mínimo de reconhecimento, porque almejamos o pulo do gato. No entanto, devastando florestas inteiras criando cenários desértico.

Não estamos aptos por promover o desenvolvimento da mente humana e, sim, recriando mecanismos mesquinhos para a sobrevivermos em uma selva de pedra, onde “ eles” pensam que o dinheiro vale mais – Mero engano!

Se continuarmos a agir dessa maneira os recursos naturais perecerão e, junto com eles toda uma cadeia alimentar também se perderá. 

“O homem é o lobo do próprio homem!”

Enquanto,  mergulhamos de cabeça nesse poço sem fundo, um vazio existencial  nessa síndrome de prepotência, julgando-nos por classes e cor.

Haverá um período em que o status social  será algo sem importância.

Não haverá distinção entre a pessoa mais pobre ou a mais rica.

O que valerá sim, será  a sua força e discernimento intelectual e espiritual  para passar pelas provas de sobrevivência, decidindo pela força de resiliência e sagacidade.

Contanto, estamos vivendo em um período de guerra pelo capitalismo,  em que crimes hediondos  são financiados por aqueles que deveriam nos proteger, porém,  são os primeiros a nós aniquilar. 

Está é apenas a ponta do iceberg.

Muitas coisas terríveis ainda estão por acontecer,  para destruir a HUMANIDADE!


O tempo está se esvaindo nessa enorme e densa ampulheta. 


Se daremos ou não um reset neste retrocesso...

Só o futuro nos demonstrará. 


Como acreditar nesta humanidade?


segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Carta para Setembro de 2.025


 

Meu caro Setembro,


Sonhamos com dias melhores, 

Almejamos horas felizes,

Iluminadas como as manhãs coloridas da Primavera.


Que este pequeno ciclo de trinta dias, possa vir a nos ensinar a sermos seres humanos  melhores e, não a oprimir quem está ao nosso redor.


Então,  escrevo pautado nos últimos acontecimentos:

É de conhecimento de uma parte da população de que, não somente o Planeta Terra como todo o Universo está em uma desenfreada guerra sobrenatural,  ou seja, espiritual, onde a luz e as trevas estão travando uma batalha na qual impede o equilíbrio dessas forças. 

Porque para um existir o outro também precisa coexistir.

Mas para quem tende a optar pelas sombras, não deixará a luz predominar uma parcela do Universo,  porque nunca ficarão satisfeitos com tal decisão. 

Por esta razão, promovem um espetáculo de dor  e sofrimento onde se alimentam dessa energia negativa. 

Pode ser difícil,  entretanto,  precisamos reagir para que a luz se torne cada vez mais reativa.

Nunca foi e nunca será fácil!

Mas possuímos o poder de transmutar a sua força negativa. 


Os antônimos se convergem entre si, fundindo-se e se tornando mais fortes.

Desse modo, não podemos nos deixar levar por crenças limitantes.

Nem todo o mal é o que aparenta ser.

Há pessoas que se transvestem de bondade para persuadir os ingênuos e manipula-los.

Ao usarmos de percepção com a mente aberta, possuiremos a oportunidade de sentir o que será melhor para ambos os lados.

Infelizmente, existem aqueles que fomentam o caos  para obter a sensação do medo e do desprezo.

E nos mantermos neutros diante das circunstâncias e das crenças que à cada dia estão mais falidas, fará com que tenhamos outra visão neutralizando as demandas da maldade. 


Tenho a compreensão  de que a mudança se tornará inviável devido às distrações que há espalhadas não somente nos acontecimentos do cotidiano,  mas também pela rede e imagens que chegam sempre instantaneamente através das telas em nossas casas. 


É necessário o recolhimento para que no silêncio possamos refletir e tirarmos as verdadeiras conclusões, não precipitadas. Porém o que for melhor ao darmos a continuidade na face da Terra.

Setembro  -

Que seja de luz e harmonia,

Assim, quebrando o vínculo da violência que impera  na Terra.

Nós seres humanos e, não os desumanos, principalmente,  as crianças,  precisamos co-criar um vínculo com a sabedoria e o discernimento longe de tudo que possa vir a nos causar uma vida inteira de traumas.


Sejamos prosperidade;

Sejamos felicidade;

Sejamos abençoados;

Sejamos bonança;

Sejamos luz!


Gratidão!

Gratidão!

Gratidão!


domingo, 31 de agosto de 2025

Marginalizados

 


O sistema falido,

A força bruta massacrada.

O poder corrompido,

A população dilacerada.


O som dos traçantes,

Ecoando no espaço. 

Acabou o lazer, decepcionante,

Correria a largos passos.


No meio do desespero, 

Salvem-se quem puder, pressão. 

Táticas de guerra, esmero, 

Infinita insanidade,  consternação. 


O burburinho,  transmuta o silêncio, 

O medo ofuscando o brio.

Marginalizados pela opressão, 

Impotentes, sem direito à indagação. 


sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Do alto da janela


Está tudo tão confuso,

Neste lugar tão obtuso.

Ultimamente,  em silêncio,

Tem andado a minha mente.

Nada acontece de diferente, 

Conflagrado ambiente. 

Confesso que não gosto, como?

Dessa iminente situação. 

A perspicácia feito água parada,

Sem nenhuma exatidão. 


Qual será o intuito,

Nessa grande imensidão?

Onde nos destruímos,  involução, 

Recriando holocaustos.

Condenando-nos a próxima sorte,

Ao futuro nenhum norte.

A futilidade como válvula de escape, 

A superficialidade como engajamento. 


Aqui jaz o meu corpo, 

Nenhum motivo para continuar,  mudança. 

A turbulência sugando a bonança, 

Nada de reconhecimento. 

Do julgamento,  o entretenimento, 

Ainda por descobrir a razão. 

Navegando por um mar aberto,

Sem hesitar a direção. 

Faço-me aos desmantelos,

A nau a deriva,

Com o foco nas perspectivas. 


Observando com cautela, 

Mesmo no alto da janela. 

Escolhendo o que devo ser,

Redescobrindo o prazer.

De qualquer maneira for, 

Com dignidade e louvor.


No íntimo a conexão, 

Fora de moda a retratação. 

Tranquila a consciência, 

Tramando com segurança a paciência. 

Um passo de cada vez,

Caminhando com altivez. 


quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Alheios pecados


Sinto-me letárgica em stand by,

Trilhando um caminho,

Acredito não ser o meu.

Porque não faz nenhum sentido,

Em qual momento, 

O meu brilho foi ao leu?


Por mais que eu tente,

Fazer diferente.

Não se encaixam as peças,

Não vejo a esperança. 

Uma pesada sentença, 

Talvez de uma quase morte.

Tornando-me impotente, 

Na reviravolta descrente.


No peito bate forte a abstinência, 

Da leveza do levitar.

Cessando por longas horas,

Os pássaros bailando pelo ar.

Bolas de sabão suspensos ao vento,

Aqui dentro um lamento.


Tenho saudades do que já fui outrora,

Onde nada mais me prendia, nostalgia. 

O teletransporte pela força do pensamento, 

O que sobra hoje é a falta de vontade. 

Presa nesta atmosfera densa,

O espírito desejando a liberdade. 

Do ir e vir perder o medo,

A mercê de alheios pecados.


A mente antes agitada,

Está quieta.

Do levitar falta a sensação, 

O corpo transmuta na hibernação. 

Cadê o frio na barriga, 

Aquele causado pela expectativa?


Os dias se tornaram frios,

Totalmente sem cor.

Derramando-se o mundo,

Em completo desamor.


Sobrevivendo em meio aos caos,

Por labirintos que se cruzam na imperfeição. 

Nos destinos perdidos nas bifurcações, 

Anestesiando as emoções. 

Tornando-nos animais irracionais,

Entrelaçados pela fria involução. 


terça-feira, 12 de agosto de 2025

Ser Entrante


Mergulhei de cabeça, 

Perdi-me na insanidade, 

Deste denso lugar.

Encontrei-me por linhas paralelas, 

Na dádiva do despertar,

Na total asfixia, sem ar.


Para a grande maioria a perdição, 

Ao meu Eu Superior a salvação. 

Fazendo jus ao meu papel,

Fugindo de todo o escarcéu. 

A ilusória alienação, 

Perdendo-se em vícios. 

Sou desse modo,

A princípio,  

Na geração da vida.

Em meio à turbulência, 

Na loucura dessa espiral. 


Onde não me reconheço, 

Talvez seja um Ser Entrante.

Caído sem para quedas, 

Nestas terras distantes. 

A mercê do volitar,

Tomada por nova consciência, 

Clamando por justiça.

Não me acostumando com a banalidade, 

O que é transparência é de verdade?


Os dias correndo em ritmo lento, 

Um olhar seguro para dentro. 

De si, vasculhando cada recôndito, 

No esconderijo da alma.

Expressando toda a calma,

Enquanto,  tudo gira ao redor.

Alimentando-se do próprio amor,

Como os outros a enxergam,  inevitável, 

Não tem problema. 

O foco está em fugir dos dilemas, 

Impostos por lutas corriqueiras. 

Fomentando as aventuras, 

Colocando lenha na figueira,  estresse.


É apenas uma fase,

Logo depois vem a abundância. 

Envolvendo-nos em seus braços, 

A tranquilidade em largos passos. 

Reconheço-me nesses momentos, 

Longe de toda agitação. 

Com papel e caneta na mão, 

Aquecendo o meu coração. 


Tenho as minhas particularidades, 

O modo de enxergar o mundo diferente. 

Será que sou originária de outro Planeta?

Isso é o que me faz ser gente,

Não contaminada pela antipatia. 

E pelo desprezo de alguns,

Coloco-me no pódio, 

A número um.


Reestruturando-me –

Quando necessário. 

Acolhendo-me –

No meu aquário.

Improvisando a catapulta, 

Emergindo-me –

Longe de qualquer disputa.

Recriando-me –

Reconectando-me –

Com a minha ancestralidade,

Não somente dessa,

Como de outras dimensões. 

Pois, são eles que me salvam dos perigos, 

Os que me dão abrigo. 

Arrefecem as distrações, 

Colocando-me no verdadeiro caminho.


Embora, contemplando a solitude,

Essa é a minha virtude. 

Às vezes, com a pitada da solidão, 

Mostrando-me que estou humana. 

Sentindo na pele,

Cortando na carne –

Os desprazeres  nesta constante ebulição. 


sábado, 9 de agosto de 2025

Quimera da poesia


O pavor -

O medo -

O ciclo de terror -

O circo do horror!


Ameaças em forma de estrondos,

Não há mira,

Nem o alvo certo.

Disparos de fuzis, trajetórias aleatórias,

Atravessando paredes  -

Sem aviso,

Estraçalhando corpos. 

A derradeira gota de sangue,

A transbordar o copo.

A falta de consciência, 

Por mero capricho,

Pelo arrefecimento de zelo.

Onde não há compaixão, 

O que sobra é ambição. 

Por quem vende mais, 

Pelo lucro positivo. 

Afrontando o poder,

A dor em demasia.

Aprisionando a população, 

Nesta completa loucura.

Contagiante  insanidade, 

Acinzentada realidade –

Desfazendo a felicidade. 


Qual será o futuro da humanidade,

Descendo ladeira abaixo?

Comportando-se feito lixo,

Transformando-se em farrapos.

Sem nenhuma mensura de gentileza, 

Opiniões diversas, dividindo  mesas.

Os devaneios do luxo,

O mesmo que trajando trapos.

Na retórica do retrocesso, 

Acertando em cheio, a meta do processo. 

Dando conta do recado,  a imaturidade, 

A violência impondo guarita.

Os governantes saciando as estatísticas, 

Jogando mais lenha na fogueira. 

Deste ardente caos, 

A vida alheia em tremendo vendaval.


Quem foi que recriou a ilusão distópica,

Distorcendo o que realmente era para ser.

Individualizando o prazer,

Aos rejeitados a triste sina.

Apenas mais um em meio à multidão, 

Essa é a tola constatação. 

Abnegando os semelhantes, 

Vestindo-se de papel principal. 

Aos outros,  simples coadjuvantes, 

Nessa transloucada Torre de Babel. 

Roubando-lhes completamente a memória, 

Pondo terrível fim na história. 

Como quem aniquilasse uma barata,

Por detrás das costas, fechando a porta.


Os periféricos se mantém firme na esperança, 

Por dias melhores, menos cobranças. 

Não ser subjugado, jogados à traças, 

Respirar livremente,

Andar tranquilamente. 

Respaldado todos os direitos, 

E não mergulhados em deveres,

Não mais forjados nos afazeres.


Será apenas um sonho,

Na quimera de minha poesia?

Acabar de vez com a hipocrisia, 

Deixando iluminado o amanhecer, 

Sem ao menos perecer?


quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Sociedade devastada

 


Transformaram a Terra,

Em um caos efervescente. 

O genocídio evidente, 

Aplausos para a guerra.


Opiniões se tem, em tudo,

Raciocínio lógico,  confuso. 

Mentes perturbadas,  obtuso,

Miscelânea – Crimes e pecados. 


O que será do futuro?

Surgindo mais apuros.

Nesta sombria imersão, 

É o fim, a constatação. 


Negando aos seus os direitos, 

Um aperto no peito.

Sufocados, milhares de afazeres,

Somando-se vão os deveres.


Alimentando-se a polarização, 

Neste teatro fajuto, discriminação. 

O medo movimentando a fornalha,

Deste Estado sem caráter,  canalha.


Encenando ações controladas, 

A população em riscos, consternada.

Nunca houve a Pátria Mãe Gentil, 

Tratando-nos de modo hostil. 


Usurpando os recursos naturais, 

Na geopolítica,  áreas de expansões.

Fomentando os gastos,  luxuosos currais,

Aos menos favorecidos,  as exclusões. 


Até quando continuarão as manipulações?

Aos pobres, arbitrárias incursões. 

O poderio bélico cravado na carne,

Distorcendo a moral,  o cerne.


Desafiadoras são as emoções, 

Agimos sem ao menos saber, impressões. 

A criança desde cedo, tática de guerrilhas, 

Sobreviventes ou não da matilha.


O alívio ao cessar o perigo,

Respiração ofegante,  assustada. 

Procurando no outro o abrigo, 

Na sociedade devastada. 


Legado de proteção



Há quem não compreenda,

Mas sigo os meus caminhos.

Encontro poucos percalços,

Buscando alinhamentos, espinhos.

Ainda mais sentindo dor,

No peito o desconforto. 

Redescobrindo novas aventuras, 

Por minha simples essência. 


O meu espírito volita, 

E ele necessita ir em outros rumos,

Sabe onde cuidar e o que ser curado.

Não importa como,

Só tenho a ânsia de me anestesiar dessa realidade –

Através do meu canal de escrita.


Na deslealdade alheia,

Consciente ou não.

Que sem nenhum cuidado, 

Condenam-me por ser diferente, 

Por não pensar como os iguais. 

Espalhando a sua penumbra, 

Disseminando o caos que os mantém cegos,

E, aprisionados em a mesma densidade. 


Não quero me tornar apenas mais um,

Moldando-me em sua fria estatística. 

Pois sou fogo ardente em meus pensamentos,

Que me inebriam –

Fortalecendo o meu elo com o extraordinário, 

Desenvolvendo o meu Eu Invisível. 


Não me importa nenhum um pouco, 

Se “eles” não me notam, escapatória. 

É benéfico que me mantenham longe de seu radar nefasto, 

Essa é a minha proteção  -

Gratidão!


sábado, 2 de agosto de 2025

Crônica de 31/08/2.025


Ao externo...

Aparente tranquilidade. 

Mas por dentro, no interior...

Uma constante inquietação, 

Sem conseguir me deter na concentração. 

Talvez por algum distúrbio físico,  

Consequência da enxaqueca. 

Ou ainda pela densidade que, mesmo me blindando, mina as nossas forças como água em um conta gotas, derrubando os alicerces.


O que me prende?

O que me mantém nesse lugar inóspito?


Pode parecer estranho...

Posso ser a estranha!

A sensação de ter caído de paraquedas sem explicação. 

Porém,  não me sinto parte desse lugar.

Porque não consigo ser e nem aderir a massa que vai batendo tudo em um igual contexto, ficando homogênea e sem graça, tornando todos semelhantes. 

E se você não consegue digerir ou pensar semelhante, sem o menor resquício de remorso, é julgado e jogado para fora sofrendo perseguições. 


Antes me sentia fora do eixo, mas de um bom tempo para cá tenho a percepção de agir da maneira correta.


O “eles” não importa!


O extraordinário,  o Eu invisível que há dentro de mim, expandindo-se de forma coerente, trilha todo o sentido diante do caos, imposto pela maldade humana.

Não preciso me respaldar e nem entrar na mesma sintonia.


É tudo extremamente mágico –

Quando permitimos que tudo realmente seja!


Cessar para pensar, refletir e fugir diante das sombras, levitando por cima dessa espiral que deseja tão somente sugar as nossas energias do bom entendimento.


Há toda uma egrégora da nossa ancestralidade nos apoiando e acolhendo no momento oportuno. 

Basta com que permitimos, fornecendo a permissão para que realmente aconteça. 


Sejamos luz!


Gratidão!


sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Carta para Agosto 2.025


O passado deixo para trás.

O velho – 

Tranco-o em um baú de lembranças.

Vivo o novo -

Energizada pela luz do amanhecer. 

O tempo é o meu maior aliado, 

Presenteando-me com o calor oportuno que enleia o meu coração. 


Agosto –

Seja bem vindo!

Resplandecendo os seus trinta e um dias de paz,

Consigo trazendo a prosperidade de um lugar com menos armas, com menos guerras.

Com toda a transmutação da luminescência de nossas almas.

Mesmo com todo esse silêncio gritando dentro do meu ser ecoando na mente, 

Transfigurando-me minuciosamente. 

Ressoo na vibração da Natureza,

Conecto-me com as suas raízes, realizando a fotossíntese na iminente ascensão, buscando-a a cada dia.

Não importa o que aconteça e,  nem o que os demais desejam...

Sou o meu ponto de ebulição,

O portal para outras dimensões –

Volitando pelo espaço sideral. 

Tudo bem...

Se você não acredita, não faz mal.


Escolho-me!

Acolho-me!

Transbordo-me!

Brindo-me com o licor mais saboroso da vida:

O prazer de ser quem eu sou em meio à tantas turbulências que encontro pelo caminho.


O anseio é tão somente único, 

Na imersão contemplativa,

Através do reflexo da própria existência. 


A Natureza é a maior dádiva que podemos receber através de seus recursos naturais e sobrenaturais. 

Gratidão por todos os seus esforços, embora, não sabendo preserva-la,

Ofuscando toda a sua magnitude. 

Saúda-la e protege-la é um sinal de bem que reflete em nosso ser. 

Tanto tem a nos oferecer desde o ar puro quanto a água límpida,

O orvalho à noite para quebrantar a densidade que nos rodeia. 


Agosto...

Muitos falam que é um mês ruim...

Mas é um novo ciclo para cessarmos e refletir:

O que podemos realizar para que a vida seja mais leve?

O Planeta Terra é um ser vivo...

O que é necessário para não mais faze-lo sofrer com tantos desmandos diante da poluição e agonia de nossos animais.

Somos partes importantes nesse processo. 


O amadurecimento espiritual e intelectual  vem quando decidimos ser pessoas melhores contribuindo para o bem e acolhimento humano. 

Do contrário,  só seremos mais  um número desperdiçando o que a Terra tem de valor para nos oferecer. 


E Agosto?

Que você seja lindo!

Oferecendo-nos paz e harmonia!


Sejamos luz!


Gratidão 


domingo, 27 de julho de 2025

Movimento quântico

 

Ondulações  -

Oscilações  -

Elevações  -

Movimentos quânticos,

Ressonância magnética, 

Valores reconstruídos.


O lado oculto da existência,

Mais enigmático. 

A dualidade do sobrenatural, 

O convite para o despertar. 

A busca frenética pela ascensão, 

A falta de conscientização. 


A estrada é longa,

No caminho árduo. 

A fuga através das distrações, 

É o momento de fechar os olhos.

Refletir o que está dentro, 

Em nossa própria essência. 

E não colaboramos com o vazio alheio,

Nessa grande imensidão. 


Há o que cooperam para tal realização, 

Como também os que ignoram os sinais.

Cada vez mais claros,

Avistamentos não mais raros.

Do joio ao trigo a separação, 

As máscaras caindo, triste constatação. 

Quem seria para proteger, vem a omissão, 

Em nenhum,  o ponto de intercessão.


Na almejada concepção de vida,

Para convivermos com a abundância. 

O que encontramos os frutos da intolerância, 

Rasgando o véu, flamejantes em vermelho. 

O reflexo obscuro no espelho, 

O novo se tornando velho. 


Qual é a linha tênue,

Da proteção ao mergulho de cabeça?

Sem nenhuma regra,

Do acolhimento uma palavra. 

Isso não é o poder da permuta,

Por outro ângulo,  a disputa.

De modo disfuncional,

Sem exceções,  muito normais.


O livre arbítrio,  colocado à prova,

Um pequeno erro,  o retrocesso. 

Para quê o progresso?

Retornando ao início, 

Sem alcançar a chegada. 

A mente perturbada,

Inconscientes vícios. 


Este é o retrato do século XXI, 

Almejamos outras dimensões, 

Sem sabermos lidar com a densidade. 

Uma geração influenciável,

Sem vontade própria. 

Convivendo na própria órbita, 

Não prestando atenção o que ocorre ao lado.

Vigiando o único umbigo, 

A empatia mais fria.


Para quê encontrar a evolução?

É um tanto aterrador.

Frases volúveis, 

Trazendo sofrimento e dor,

Quando finalmente,  vivenciaremos o amor?


sábado, 26 de julho de 2025

Salve a Natureza


Resiste a Natureza,

Em meio ao caos de nossa intolerância. 

O objetivo é a devastação, o ser humano, 

Não consigo ver a mudança de plano.

Na desordem do Congresso,

Vivenciamos o retrocesso. 

Imposto pelo capitalismo, 

Promovendo o vandalismo. 


O farfalhar das asas dos pássaros, 

Presenteando-nos com o seu canto.

A algazarra pela manhã, 

Qual é o espanto?

Nas estripulias, fazendo graça,

Observando-os pelas janelas.

Ou no banco da praça,

Lindas aquarelas. 


A resiliência entre o asfalto e a fumaça, 

Cortina vista do chão ao céu,

Estrondoso escarcéu. 

Se não mudarmos a perspectiva, 

De desalinhado pensamento.

Não haverá expectativa, 

Para o nosso desenvolvimento. 


Quantas chances desperdiçadas,

Indo por água à baixo?

Esvaindo-se o ouro branco,  límpido,

Misturando-se ao esgoto,

Sem o menor cuidado. 

Iminente chuva tóxica, 

Em meio à essa loucura. 

Será que teremos abrigo,

Desintegrando tudo?


Talvez não sobreviveremos a tais absurdos,

Aos desmandos de Estados volúveis.

Tornando-se desnecessárias as leis,

Em conchavos, famigerados viés. 

O povo sem educação, 

Principalmente,  a ambiental.

Enriquecendo os cofres, primordial,

No atalho do sobrenatural. 


Os animais,  pequenos seres vivos, 

Sofrendo terríveis consequências.

Cadê a compaixão,  falta de consciência, 

Em destaque políticos obtusos.

Empurrando goela abaixo a destruição, 

Exterminando qualquer possibilidade de vida.


É frustrante a longa caminhada, 

E não dar em nada.

Agarrando-nos à qualquer fio de esperança, 

No anseio de nossas almas,

Sem o menor resquício de calma.

Indeterminadas são as escolhas,

Pela falta de recursos.

Os rios secando, perdendo o curso,

Nada de natural,

 Não me leve à mal.


É  lindo viver o momento presente, 

Mas os próximos dias,  estão logo ali.

De braços cruzados,  estamos aqui,

Desejando um grito de regeneração. 

Com urgência,  é preciso transmutar o quadro, 

Da falta de oxigênio, 

Ao chegar à esta conclusão, 

Não precisa ser um gênio. 


Não somos os únicos habitantes –

Do Planeta Terra. 

De seres racionais,

Não possuímos este privilégio. 

Contestável sacrilégio, 

Sem argumentos ou refúgio. 

Mutáveis como uma doença, 

Devastando tudo lentamente. 

Somando um rastro de morte,

Cheiro de poluição, 

Exalando por toda parte.

Em atos inconsequentes, 

Cadê o poder da persuasão?



Salve a Natureza!


sexta-feira, 25 de julho de 2025

Renato Russo - A fonte inesgotável (27/03/1960 - 11/10/1996)



A música desde que me entendo por gente, sempre foi um ingrediente indispensável para o meu desenvolvimento pessoal, principalmente,  para a essência.

O Rock n’ roll foi algo que despertava a minha atenção ressoando com a alma e, não identificava bem os sentimentos,  em uma época quando não sonhávamos com a era digital, esse amadurecimento veio com o tempo.

O acesso à música era escasso, chegava através da televisão.

Quando aparecia a imagem do então rei do Rock: Elvis Presley, alguma chave virava em meu ser ascendido.

***

Em um lugar não muito distante,  quando ainda não era nem nascida, na também jovem capital do Brasil, outro brasileiro inconformado com a situação política buscava o seu lugar de pertencimento,  motivado pelo bom e velho rock n’ roll extravasar toda a sua revolta e indignação com o seu jeito autêntico e, por que não excêntrico? Porém,  verdadeiro e repleto de potencial, desafiando a todo um sistema.

Afinal, o que está entranhado neste gênero musical, senão a transgressão,  usando a sua força no movimento punk Rock da época para desmascarar toda uma hipocrisia que infligia o mínimo de decência humana, atos de rebeldia.

 
Este mesmo jovem era apaixonado por livros e música, alimentando dentro de si a revolta que motivava e fazia com que outros pensassem que poderíamos viver livremente, enxergando o Brasil como um país igualitário, sem a mordomia para os mais abastados, enquanto,  a maior parte da população sofria (sofre) com o descaso e desmandos até os dias atuais.

Os anseios desse jovem vinham impregnados em suas falas de efeito, com frases sarcásticas, não somente para ele, como também para que toda uma população tenha a oportunidade de possuir as devidas condições de viver em uma realidade totalmente diferente, não somente no Brasil como no Planeta inteiro, uma nova consciência de vida, decentemente com educação,  saúde e segurança,  os direitos básicos.

 
Ao mesmo tempo em que interagia com o público e seus fãs:

“QUE PAÍS É ESTE?”

Buscando uma autêntica reflexão.


Também dizia:

“QUERO TER ALGUÉM COM QUEM CONVERSAR,

ALGUÉM QUE DEPOIS NÃO USE O QUE EU DISSE,

CONTRA MIM...”


Talvez este fosse um reflexo do regime da Ditadura imposta no país,  o medo de sofrer com as suas consequências e desmandos.



E quando cantava:

“O BRASIL É O PAÍS DO FUTURO!”


Em um de seus shows ele protestou, dizendo que o Governo gastava mais com propagandas do que comprando comida para quem mais precisava.


Em pleno ano de 2.025, pergunto-me:

Por onde andará este país do futuro?

Porque a todo instante percebo o retrocesso no qual mergulhamos, com leis retrógradas, com a ameaça nazista se inflamando por todos os lados.


Como será que aquele jovem pensaria hoje?


Os anos se passaram...

A Democracia voltou a reinar em nosso abençoado e ensolarado país.

Ou teria sido apenas uma cortina de fumaça para acobertar diversos e cruéis crimes?

Iludidos com dias mais leves, meses e anos contemplando uma conquista em que para a termos muitos tombaram nos anos de chumbo, ou exilados para não sucumbirem às intempéries hostis.

Mas que de alguns anos para cá a sombra obscura daquele velho tempo voltou a pairar sobre as nossas cabeças como um anjo da morte querendo arrancar o que mais de precioso possuímos: A liberdade.

Acredito que nem tudo de fato é realmente o que nos é retratado e, apenas muda de figura, dando-nos o que tanto almejamos para deixar o povo satisfeito e eles continuarem as tramas sórdidas por debaixo dos panos.

Por mais que atravessamos uma etapa mais difícil (2.019 – 2.023) que,  infelizmente coincidiu com o período da pandemia da covid-19, trouxe-nos  graves consequências.

Portanto,  em 2.023 conseguimos virar este jogo, mas o iminente perigo não cessou trazendo consigo graves ameaças que perduram até o momento presente, deixando resquícios de ódio  e intolerância,  uma crescente guerra de egos, instaurando uma guerra civil em meio à população mais fragilizada.

Em um lugar onde somos completamente atacados por todo o viés, omissão, descaso com a saúde e a falta de preservação do meio ambiente - Aos periféricos, gerando a gentrificação.

Literalmente o pobre não tem vez, deixando bem claro uma segurança de extermínio, lugar no qual somos julgados pela simples maneira de sobrevivermos em pontos vulneráveis da cidade, ainda pelo tom da pele.

O status não vem pela educação,  cercados por todos os lados, sem o poder da escolha,  o valor se mede por aquilo que se tem, ou seja, nada!

A favor de uma geração,  colocando a sua voz ativa de protesto foi e sempre será potente diante das mazelas de governos cada vez mais omissos, diante da polarização que nos permeia por uma sociedade pautada no egoísmo, com a qual a valorização da educação é colocada em cheque.

A sua arte denunciava, cobrava, questionava de uma forma poética e potente, em que os versos estarão sempre atuais, pontuando o que há de mais perverso nesta política nefasta.

O que mais desejou foi um país crítico e politizado,  antes de tudo consciente!

“VAMOS CELEBRAR A ESTUPIDEZ HUMANA,

A ESTUPIDEZ DE TODAS AS NAÇÕES...”

A métrica de sua poesia e música ressoam vivos e pulsantes nas vibrações de ferramentas com a resistência do Rock.

Ele ousou ser um ser humano incrível, autêntico, determinado e sem medo de ser quem realmente se é,  almejando o melhor para a família, amigos e, demais brasileiros.

Em seus sonhos...

Nas entrelinhas...

Por entre escudos e espelhos –

Jamais se calaria.

Com a força destemida do Aborto Elétrico com a junção da Legião Urbana os seus fãs não o ignorariam.


Antes de tudo só queria viver um amor, em que pudesse ser enxergado como realmente era diante à sua opção sexual e, isso não é demérito para ninguém, pelo contrário, nunca se escondeu, demonstrando senão, somente o amor.

Os sonhos...

Sonhar era a sua arma mais significativa.


Esse jovem floresceu em meio à Ditadura, em que desejava apenas viver os sabores e dissabores da liberdade.

Como observo os jovens contemporâneos convivendo em um ambiente totalmente permissivo, mas com o perigo do Estado ou não sempre à espreita esperando o momento oportuno para dar o bote.

Em suas entrevistas e/ou em meio aos seus shows orientava a plateia composta por jovens e adultos subversivos a construir um raciocínio lógico regido pelo amor, ternura e esperança, mesmo em meio a todo caos e manipulação.

“É PRECISO AMAR AS PESSOAS,

COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ.

PORQUE SE VOCÊ PARAR PARA PENSAR,

NA VERDADE NÃO HÁ...”

Infelizmente,  a Legião Urbana teve um período curto de quatorze anos, de existência.

O seu idealizador não era e, sim, é uma alma cativante que, mesmo em um período turbulento da História do Brasil soube ser criativo,  contestador e desafiador, dando a cara para bater, inspirando tantos indivíduos com a sua força motriz, eternamente magistral... Aqueles que desejavam viver mesmo em um dos momentos mais conturbados.

Se as gerações que já passaram por aqui, após a sua partida, o conheceram, não sei. Mas de uma coisa tenho certeza: Vale à pena para os que estão aqui e, principalmente,  para esta e próximas gerações beberem dessa fonte inesgotável de inspiração.

Renato Russo não é apenas um rockeiro delinquente,  visto como um marginal em seu período punk Rock.

Ele é o motor que move toda essa engrenagem que nos leva a pensar e nos leva a ter um nítido raciocínio, não deixando que o façam por nós. É necessário tomarmos as rédeas.

Hoje me ponho a pensar:

Como seria não somente o nosso país,  como o mundo inteiro em pleno ano de dois mil e vinte e cinco ao modo Renato Russo de ser?

Talvez amaríamos sem medo, lutaríamos com mais poesia, sofreríamos com dignidade e esperaríamos mesmo na dor, por dias melhores.

Vários conflitos ao redor do Planeta, 

Iminências de guerras...

E Renato Russo pedia para não deixarmos a guerra acontecer, com ameaças de ataques nucleares, ogivas, sem falar em nossa guerra civil. Porque  uma bala quando não atravessa um corpo, ela provoca um ataque de pânico ou cardíaco, fatal!

“SOMOS TÃO JOVENS!”

Apesar de tudo...


“NUNCA DEIXE QUE NÃO DIGA,

QUE VALE À PENA,

ACREDITAR NO SONHO QUE SE TEM.

OU QUE SEUS PLANOS NUNCA VÃO DAR CERTO 

OU QUE NUNCA VAI SER ALGUÉM!”

A cada etapa é uma batalha, uma luta a ser vencida.

“SE O MUNDO É MESMO PARECIDO COM O QUE VEJO,

PREFIRO ACREDITAR NO MUNDO DO MEU JEITO. “


É com esse trecho que me despeço deste texto  porque se fôssemos falar de sua obra no total, levaríamos uma vida inteira.


À Renato Russo

Toda a minha gratidão,

Por sua poesia e garra que nos permite sonhar.

E dedico este texto à minha irmã Luciana,

Também muito fã da Legião Urbana,

Mas que em outubro de 2.000, realizou a sua partida.

 

🌟

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Intenso coração

 


A intensidade  -

Esta me fascina,

Encanta-me feito menina.

Embora, o conhecimento, 

De ser tão aleatório,

O quanto é ilusório.


Sou desperta,

Não gosto daquilo que é raso.

Faço parte da Natureza, 

Entranho-me em suas raízes –

No mais profundo. 

Buscando respostas, 

No cerne da alma. 

Emergindo como a larva,

De um vulcão em erupção. 


O silêncio  -

De mãos dadas com os pensamentos. 

A mente  -

Em constante ebulição. 

Os versos –

São os frutos dessa condição. 


Ressoa sem gritos,

Pelas ondas quânticas.

Provocando atritos,

Por outras dimensões. 


Compreender não é fácil, 

Este jeito estranho de ser.

Transparecendo o modo frágil,

Neste constante jogo inefável. 

Atirando-me de cabeça. 

Na falta de encaixes das peças.

Movendo as engrenagens,

Para não enferrujar, miragens. 

Mergulhando no mar da imaginação, 

Arrefecendo o ar.

Desfazendo qualquer caos,

Em meio ao turbilhão,

Desse desatento coração. 


segunda-feira, 21 de julho de 2025

Carta para a humanidade XXX


Um dia letárgico,

Uma miscelânea de sentimentos. 

Vontade de ficar quieta em meu canto, 

Cumprindo o que me cabe, o papel.


Não tenho receio, por ser uma pessoa desperta,

Pelo contrário,  somente gratidão.

Mesmo possuindo  dificuldades em minha visão física,

Não sabe o quanto é magnífico,

Enxergar e perceber aquilo por menor que seja,

Que para a grande maioria se passa desapercebido. 


De alguma forma o que me for permitido, 

Quero contribuir com algo satisfatório para o mundo. 

Embora, não tenha a total dimensão,

De fato do que realmente aconteça. 


Estou aqui para aprender,

Transmutando toda essa realidade densa que nos rodeia.

A humanidade está cada vez mais adoecida, 

Perdida em vícios e ilusões que não nos levam à lugar nenhum,

À não ser a beira do precipício. 


No entanto,  a realidade se mostra obscura,

Repleta de fumaça e odor fétido invadindo as nossas casas.

Assim,  como a minoria clama,

A Natureza também agoniza por nosso destempero. 


Se em algum dia sairemos desde ciclo vicioso,

É apenas uma incógnita. 

Que vai nos fragilizando aos poucos um grande enigma,


A Paz é um desejo constante, 

Transparecendo as inverdades. 

Como se nada fosse concreto, 

Incutindo o medo e o desespero. 


Há um grande anseio para o arrefecimento da densidade,

Fortalecendo o elo com o Divino.


Sejamos luz!


domingo, 20 de julho de 2025

Escolhas aleatórias


 

Nada depende dos nossos desejos,

Do que realmente poderia ser feito. 


Os fatos se dão como ocorrem mediante à escolha de terceiros, 

Independente de seus papéis  -

E padrões adquiridos. 


A sociedade em seu total declínio, 

Uma luta acirrada entre o bem e o mal.

Neste enorme novelo,

Cada vez mais emaranhado. 

O espírito de psicopatia acometendo ciladas,

Ressoando baixas vibrações –

Almas desamparadas.

Atropeladas pelos extremos,

Sem direito à confraternização. 


A vida é pautada em dias condensados,

Onde não possuímos valia,

Nem tão pouco serventia.

Um enorme tabuleiro de xadrez,

Na qual são trocadas as peças.

Mórbido jogo de interesses. 

A arte de não mais ser útil, 

Simplesmente jogado fora.

Feito um móvel qualquer, 

Acumulando poeira. 

O inadequado desgaste,

A ação do tempo –

Quanta loucura.


Aqui jaz os devaneios em desconstrução,

De uma essência pequena. 

Ao redor, nessa turbulência, 

Não há o menor sentido de empatia. 


É tudo tão aleatório, 

A mente em looping -

Pensamentos sem conexão. 

Uma miscelânea, 

Um amontoado, 

Talvez um turbilhão.

Magistral tornado,

O apocalipse –

Queda livre, a grande espiral.

Nos momentos de magia, elipse, 

Livramento ao modo natural.