Quem desejar colaborar com a manutenção do Blog Poesia Translúcida, é muito simples: Pix 21987271121. Qualquer valor, o mínimo será muito bem vindo! Muito grata!

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Ser Entrante


Mergulhei de cabeça, 

Perdi-me na insanidade, 

Deste denso lugar.

Encontrei-me por linhas paralelas, 

Na dádiva do despertar,

Na total asfixia, sem ar.


Para a grande maioria a perdição, 

Ao meu Eu Superior a salvação. 

Fazendo jus ao meu papel,

Fugindo de todo o escarcéu. 

A ilusória alienação, 

Perdendo-se em vícios. 

Sou desse modo,

A princípio,  

Na geração da vida.

Em meio à turbulência, 

Na loucura dessa espiral. 


Onde não me reconheço, 

Talvez seja um Ser Entrante.

Caído sem para quedas, 

Nestas terras distantes. 

A mercê do volitar,

Tomada por nova consciência, 

Clamando por justiça.

Não me acostumando com a banalidade, 

O que é transparência é de verdade?


Os dias correndo em ritmo lento, 

Um olhar seguro para dentro. 

De si, vasculhando cada recôndito, 

No esconderijo da alma.

Expressando toda a calma,

Enquanto,  tudo gira ao redor.

Alimentando-se do próprio amor,

Como os outros a enxergam,  inevitável, 

Não tem problema. 

O foco está em fugir dos dilemas, 

Impostos por lutas corriqueiras. 

Fomentando as aventuras, 

Colocando lenha na figueira,  estresse.


É apenas uma fase,

Logo depois vem a abundância. 

Envolvendo-nos em seus braços, 

A tranquilidade em largos passos. 

Reconheço-me nesses momentos, 

Longe de toda agitação. 

Com papel e caneta na mão, 

Aquecendo o meu coração. 


Tenho as minhas particularidades, 

O modo de enxergar o mundo diferente. 

Será que sou originária de outro Planeta?

Isso é o que me faz ser gente,

Não contaminada pela antipatia. 

E pelo desprezo de alguns,

Coloco-me no pódio, 

A número um.


Reestruturando-me –

Quando necessário. 

Acolhendo-me –

No meu aquário.

Improvisando a catapulta, 

Emergindo-me –

Longe de qualquer disputa.

Recriando-me –

Reconectando-me –

Com a minha ancestralidade,

Não somente dessa,

Como de outras dimensões. 

Pois, são eles que me salvam dos perigos, 

Os que me dão abrigo. 

Arrefecem as distrações, 

Colocando-me no verdadeiro caminho.


Embora, contemplando a solitude,

Essa é a minha virtude. 

Às vezes, com a pitada da solidão, 

Mostrando-me que estou humana. 

Sentindo na pele,

Cortando na carne –

Os desprazeres  nesta constante ebulição. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário