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quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Alheios pecados


Sinto-me letárgica em stand by,

Trilhando um caminho,

Acredito não ser o meu.

Porque não faz nenhum sentido,

Em qual momento, 

O meu brilho foi ao leu?


Por mais que eu tente,

Fazer diferente.

Não se encaixam as peças,

Não vejo a esperança. 

Uma pesada sentença, 

Talvez de uma quase morte.

Tornando-me impotente, 

Na reviravolta descrente.


No peito bate forte a abstinência, 

Da leveza do levitar.

Cessando por longas horas,

Os pássaros bailando pelo ar.

Bolas de sabão suspensos ao vento,

Aqui dentro um lamento.


Tenho saudades do que já fui outrora,

Onde nada mais me prendia, nostalgia. 

O teletransporte pela força do pensamento, 

O que sobra hoje é a falta de vontade. 

Presa nesta atmosfera densa,

O espírito desejando a liberdade. 

Do ir e vir perder o medo,

A mercê de alheios pecados.


A mente antes agitada,

Está quieta.

Do levitar falta a sensação, 

O corpo transmuta na hibernação. 

Cadê o frio na barriga, 

Aquele causado pela expectativa?


Os dias se tornaram frios,

Totalmente sem cor.

Derramando-se o mundo,

Em completo desamor.


Sobrevivendo em meio aos caos,

Por labirintos que se cruzam na imperfeição. 

Nos destinos perdidos nas bifurcações, 

Anestesiando as emoções. 

Tornando-nos animais irracionais,

Entrelaçados pela fria involução. 


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