Quem desejar colaborar com a manutenção do Blog Poesia Translúcida, é muito simples: Pix 21987271121. Qualquer valor, o mínimo será muito bem vindo! Muito grata!

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Questão de tempo


Houve um tempo,

Em que sangrei horrores.

Transmutação de mares em agonia,

No qual andei adormecida.

Parecia que sufocaria a alma,

Desejando apenas ser livre.

Ocultando o meu coração,

Pela flecha da deslealdade ferida.

Em meio à escuridão,

Atormentada por sombrias alucinações.

Sangrando o peito em chaga viva,

Restando apenas o desamor.


Tranquei-me no silêncio,

Fortalecendo o brio.

Alimentando a essência,

Reconhecendo-me na luz.

Sou flor em meio à tempestade,

Protegida pela ancestralidade.

Fechando os doloridos machucados,

Tatuando as cicatrizes.

Seguindo por novas diretrizes,

Pagando por todos os pecados 


A lagarta recolhida em seu casulo,

Distante do caos.

Realizando a completa transformação,

Em busca do motivo,  a razão.

Para a sua existência,

Assim, cultivando a paciência.

Não quero mais a solidão,

A solitude me completa.

Exorcizando-me estou,

Na alquimia da equalização.


Nada melhor do que a passagem dos dias,

Florescendo a primavera.

Aquecendo as horas,

Cicatrizando,  enaltecendo a cura.

Olhos radiantes com o canto dos pássaros,

Com o colorido raro,

Co-criando a vida em quimeras.

Vivenciando as aventuras, 

Em meio ao caos, quantas loucuras.


A liberdade dos pensamentos, 

Com o discernimento.

Levar-me-á de volta para casa,

No amor farei lúcida morada.

Aconchegando-me no teu –

Em nosso abraço. 


No instante é um fio de esperança, 

No peito brincando.

Torno-me criança,

Brincando por entre as flores.

Na cartasse outros rumores,

Em sorriso verdadeiros de alegria.

Encantando-me com a magia,

Com a intercessão dos entes passados.

Reverenciando peço as suas bênçãos,

Na derradeira emoção,

Explodindo no céu fogos de artifícios.


Sou livre -

Banhada pela felicidade.

Reverberando a liberdade,

Ressoando quem realmente sou –

Gratidão por tantos livramentos. 

Afinal de contas,

A cada momento surgem novos desafios.

Na corda bamba os riscos,

Envoltos em rabiscos.

Percorrendo cada amanhecer concedido,

No limiar dos minutos.

Neste lugar –

O Planeta Terra.


Houve um tempo,

Em que sangrei horrores.

Transmutação de mares em agonia,

No qual andei adormecida.

Parecia que sufocaria a alma,

Desejando apenas ser livre.

Ocultando o meu coração,

Pela flecha da deslealdade ferida.

Em meio à escuridão,

Atormentada por sombrias alucinações.

Sangrando o peito em chaga viva,

Restando apenas o desamor.


Não importa mais,

Já passou. 

Tudo gira em torno do aprendizado, 

Se não for para ser vivenciado, 

Que caia por terra.

É para ficar o que somente for meu,

O que me prometeu o Universo, 

Transmutando em versos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário