Houve um tempo,
Em que sangrei horrores.
Transmutação de mares em agonia,
No qual andei adormecida.
Parecia que sufocaria a alma,
Desejando apenas ser livre.
Ocultando o meu coração,
Pela flecha da deslealdade ferida.
Em meio à escuridão,
Atormentada por sombrias alucinações.
Sangrando o peito em chaga viva,
Restando apenas o desamor.
Tranquei-me no silêncio,
Fortalecendo o brio.
Alimentando a essência,
Reconhecendo-me na luz.
Sou flor em meio à tempestade,
Protegida pela ancestralidade.
Fechando os doloridos machucados,
Tatuando as cicatrizes.
Seguindo por novas diretrizes,
Pagando por todos os pecados
A lagarta recolhida em seu casulo,
Distante do caos.
Realizando a completa transformação,
Em busca do motivo, a razão.
Para a sua existência,
Assim, cultivando a paciência.
Não quero mais a solidão,
A solitude me completa.
Exorcizando-me estou,
Na alquimia da equalização.
Nada melhor do que a passagem dos dias,
Florescendo a primavera.
Aquecendo as horas,
Cicatrizando, enaltecendo a cura.
Olhos radiantes com o canto dos pássaros,
Com o colorido raro,
Co-criando a vida em quimeras.
Vivenciando as aventuras,
Em meio ao caos, quantas loucuras.
A liberdade dos pensamentos,
Com o discernimento.
Levar-me-á de volta para casa,
No amor farei lúcida morada.
Aconchegando-me no teu –
Em nosso abraço.
No instante é um fio de esperança,
No peito brincando.
Torno-me criança,
Brincando por entre as flores.
Na cartasse outros rumores,
Em sorriso verdadeiros de alegria.
Encantando-me com a magia,
Com a intercessão dos entes passados.
Reverenciando peço as suas bênçãos,
Na derradeira emoção,
Explodindo no céu fogos de artifícios.
Sou livre -
Banhada pela felicidade.
Reverberando a liberdade,
Ressoando quem realmente sou –
Gratidão por tantos livramentos.
Afinal de contas,
A cada momento surgem novos desafios.
Na corda bamba os riscos,
Envoltos em rabiscos.
Percorrendo cada amanhecer concedido,
No limiar dos minutos.
Neste lugar –
O Planeta Terra.
Houve um tempo,
Em que sangrei horrores.
Transmutação de mares em agonia,
No qual andei adormecida.
Parecia que sufocaria a alma,
Desejando apenas ser livre.
Ocultando o meu coração,
Pela flecha da deslealdade ferida.
Em meio à escuridão,
Atormentada por sombrias alucinações.
Sangrando o peito em chaga viva,
Restando apenas o desamor.
Não importa mais,
Já passou.
Tudo gira em torno do aprendizado,
Se não for para ser vivenciado,
Que caia por terra.
É para ficar o que somente for meu,
O que me prometeu o Universo,
Transmutando em versos.
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