Quem desejar colaborar com a manutenção do Blog Poesia Translúcida, é muito simples: Pix 21987271121. Qualquer valor, o mínimo será muito bem vindo! Muito grata!

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Próprio algoz


Boooooommmmmm!!!

De repente,  o estampido –

A explosão!

Acelerando de vez o coração!

O dia vira noite,

Não importa, o toque de recolher. 


Cicatrizes na alma,

Marcas eternizadas no corpo. 

O retrato da omissão,

Um governo corrupto,

Diante da  tragédia.

Mais um dia, fazendo média, 

Com a população sem direitos. 

O desenvolvimento cognitivo,  atrofia,

Não escapa nenhum,  

Nem muito menos parlamentares. 

Proclamando leis,

Promovendo a barbárie. 

Confabulando entre eles,

Tamanha crueldade,

Protelando medidas cautelares.


Os cidadãos de bem,

Tomados como reféns,

Em seus próprios lares.

No asfalto e concreto, 

A cidade cada vez mais densa,

Repleta de poluição. 

A Natureza radiante,

Lembrança distante. 

Perdendo-nos de nós mesmos,

Em mero conformismo. 

Qual é a finalidade de tudo isso, 

Se nada é de verdade, 

Com o outro não há o compromisso?


Criada a humanidade, 

Para ser o seu próprio algoz.

O fundamento do livre arbítrio, 

A desarmonia mental. 

A justificativa para o mal,

O controle da natalidade, 

As mortes em demasia.

Do modo arbitrário,

Totalmente cruel. 

O desequilíbrio dos recursos naturais, 

A luta desenfreada pela sobrevivência. 

Armações políticas,

Favorecendo sempre os seus.

Pares em conchavos, 

Armadilhas transvestidas de deveres.

Subjugando os menos favorecidos, 

Burlando os resultados, 

Na insaciável democracia. 

Denominando falsos reis,

A polarização, promoção do caos.


Nas ruas a efervescência, 

O povo na batalha,  a resistência. 

Clamando por clemência, 

Para desbravar outros horizontes, 

Haja paciência. 

A voz bradando a militância, 

Na face a marca da violência.

O povo sofrendo a intolerância, 

Ansiedade,  depressão  -

Afligindo a irracionalidade,

Ofuscando a incompleta felicidade.


Qual o futuro de nossas crianças?

Uma nação despontando sem o amanhã, 

Por quem deveria vir a proteção, 

Dia a dia marginalizados. 

Uma corja inteira de desalmados,

A favor da manipulação. 

Causando um modo frágil de torpor,

Com tamanha intromissão. 

Independente da raça ou credo,

Se existir ou não, 

Contemplado com a mesma graça. 

Exterminados sem persuasão,

O que cometemos na existência.

Qual é o crime em diligência,

Sem respeito, julgados a revelia.

A ausência da melanina,

Apoderando-se –

Tornando-nos escravos.

A presença da falta de ascensão, 

Levando-nos à destruição. 

Que cada ser humano,  

Mergulhe dentro de si,

Quem sabe há uma chance,

De continuarmos aqui.

A realidade se mostre diferente, 

Infinitamente descrente.


Boooooommmmmm!!!

De repente,  o estampido –

A explosão!

Acelerando de vez o coração!

O dia vira noite,

Não importa, o toque de recolher. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário