Boooooommmmmm!!!
De repente, o estampido –
A explosão!
Acelerando de vez o coração!
O dia vira noite,
Não importa, o toque de recolher.
Cicatrizes na alma,
Marcas eternizadas no corpo.
O retrato da omissão,
Um governo corrupto,
Diante da tragédia.
Mais um dia, fazendo média,
Com a população sem direitos.
O desenvolvimento cognitivo, atrofia,
Não escapa nenhum,
Nem muito menos parlamentares.
Proclamando leis,
Promovendo a barbárie.
Confabulando entre eles,
Tamanha crueldade,
Protelando medidas cautelares.
Os cidadãos de bem,
Tomados como reféns,
Em seus próprios lares.
No asfalto e concreto,
A cidade cada vez mais densa,
Repleta de poluição.
A Natureza radiante,
Lembrança distante.
Perdendo-nos de nós mesmos,
Em mero conformismo.
Qual é a finalidade de tudo isso,
Se nada é de verdade,
Com o outro não há o compromisso?
Criada a humanidade,
Para ser o seu próprio algoz.
O fundamento do livre arbítrio,
A desarmonia mental.
A justificativa para o mal,
O controle da natalidade,
As mortes em demasia.
Do modo arbitrário,
Totalmente cruel.
O desequilíbrio dos recursos naturais,
A luta desenfreada pela sobrevivência.
Armações políticas,
Favorecendo sempre os seus.
Pares em conchavos,
Armadilhas transvestidas de deveres.
Subjugando os menos favorecidos,
Burlando os resultados,
Na insaciável democracia.
Denominando falsos reis,
A polarização, promoção do caos.
Nas ruas a efervescência,
O povo na batalha, a resistência.
Clamando por clemência,
Para desbravar outros horizontes,
Haja paciência.
A voz bradando a militância,
Na face a marca da violência.
O povo sofrendo a intolerância,
Ansiedade, depressão -
Afligindo a irracionalidade,
Ofuscando a incompleta felicidade.
Qual o futuro de nossas crianças?
Uma nação despontando sem o amanhã,
Por quem deveria vir a proteção,
Dia a dia marginalizados.
Uma corja inteira de desalmados,
A favor da manipulação.
Causando um modo frágil de torpor,
Com tamanha intromissão.
Independente da raça ou credo,
Se existir ou não,
Contemplado com a mesma graça.
Exterminados sem persuasão,
O que cometemos na existência.
Qual é o crime em diligência,
Sem respeito, julgados a revelia.
A ausência da melanina,
Apoderando-se –
Tornando-nos escravos.
A presença da falta de ascensão,
Levando-nos à destruição.
Que cada ser humano,
Mergulhe dentro de si,
Quem sabe há uma chance,
De continuarmos aqui.
A realidade se mostre diferente,
Infinitamente descrente.
Boooooommmmmm!!!
De repente, o estampido –
A explosão!
Acelerando de vez o coração!
O dia vira noite,
Não importa, o toque de recolher.
Nenhum comentário:
Postar um comentário