Quem desejar colaborar com a manutenção do Blog Poesia Translúcida, é muito simples: Pix 21987271121. Qualquer valor, o mínimo será muito bem vindo! Muito grata!

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Carta para a minha alma



Sei que o caminho...

Não seria nada fácil.

A tão sonhada cura,

Da queda por um instante de imaturidade. 

Levando meses, anos de recuperação, 

Ao amanhecer um passo de cada vez – 

Sangrando  -

Cessando e respirando,

Por um breve momento de incertezas. 


A superação?

Quem duvida?

Coloco-me à prova,

Correspondendo as expectativas, 

Observo-me por outras perspectivas. 


No peito os espasmos Involuntários, 

A respiração ofegante. 

Quem é que controla essa ansiedade?

Com suas batidas descompassadas.

Tremenda descarga de adrenalina, 

Injetada nas veias,

Mãos atadas por invisíveis teias.


Quantos mais surgirão os obstáculos,

Fomentando imensos labirintos?

Deixando-me aprisionada,

Sem saber para onde prosseguir. 

Qual seria o caminho?

Eu ainda não tenho certeza,

Por mais que ande, não há atalhos,

Apenas longas estradas.

Horas a fio em total solitude,

O silêncio remanescente. 

Fazendo-me justa companhia, 

Transcendo na alquimia. 


Tenho a ancestralidade por mim,

Na terceira dimensão. 

Mais alguém?

A humanidade e seus interesses, 

Escondendo a real magnitude.

A verdadeira intenção  -

Estampada na face.

Demolindo alicerces,

Há quem se engana.


O que escondem, o vento sopra,

Ressoa em nossos ouvidos.

Nada e ninguém está desamparado,

Custe o que custar.

Passe o tempo que for, 

Em algum minuto, 

Revela-se sem dó e nem piedade. 

Fragmentando-nos em dor,

Ou nos fortalecendo o alívio. 

Tudo passa, 

Redescobrindo o próprio amor.


Na dualidade da luta brutal,

Entre a realidade e o sobrenatural. 

Reconectando-me com o essencial, 

É uma busca constante. 

Talvez até incessante, 

Para atingir outro nível. 

Quem sabe alcançar novo patamar, 

Reconhecendo-se em outra dimensão. 

Acolhendo-se dentro de si, persuasão, 

Encontrando a infinitude. 

Mesmo com a crença do fim,

Em plena densidade. 


O que coopera conosco é a verdade, 

Onde a maioria não está preparada para enxerga-la,

Ledo engano. 

A perspicácia se faz no momento, 

Largando para trás o passado sem lamento.

O prisma se apresenta em nossa frente, 

Basta com quem saibamos vê-lo  com o olhar da alma.

É nesse instante que o extraordinário se faz presente,

Surpreendendo-nos  -

Revelando o outro lado,

A minha eterna gratidão. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário