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terça-feira, 14 de junho de 2022

Universo literário

 


O sol lá fora não aquece,
Trás uma falsa impressão do que ainda é possível.

O meu eu:
Deseja algo ao contrário –
À realidade.
Como se uma sombra,
Ficasse à espreita –
Querendo devorar a luz,
Que há no ser.

Por isso, de olhos fechados,
Mantenho-me firme –
Segurando-me em sensações,
Que entorpecem.

É tudo tão abstrato –
E desconcertante.
Um mundo imaginário,
Em benefício próprio.
Onde o espaço alheio,
Permanece pequeno –
Neste universo literário.
Faz-me transmutar –
Em pura essência,
Tão vasto e surreal.
Só preciso fazer o necessário,
Desfazendo a arbitrariedade –
Do que é viver.

Sou apenas uma mulher,
Desejando sobreviver –
Em uma sociedade:
Vil e mesquinha.
Onde o capitalismo e o egoísmo,
Fala mais alto –
Do que todo e qualquer talento.

Numa brutalidade desumana,
Onde o relógio gira tão rápido –
Quanto as ações.
Não nos dando conta,
Dos acontecimentos.

O viver –
A resiliência –
São tão fugazes.
De repente, reluz,
E no próximo segundo:
Apaga-se –
Como não tivesse existido.

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