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sexta-feira, 3 de junho de 2022

Desdenhados pelo sistema

 

De um jeito ou de outro,
Vivemos à mercê da raiva e da dor –
Impostas em nossas almas.
Em uma realidade,
Nada condiz com o que sonhamos.
Os sonhos –
São apenas desejos –
Que não se realizam.
Sobrevivemos com os restos,
Na busca inalcansável –
Por algo que nunca existirá.

As vontades descritas na mídia,
Como algo possível –
Fazem parte de um jogo sórdido.
Por que como os outros,
Não somos merecedores –
De receber tais graças?
E de uma maneira soberba,
Somos excluídos –
De uma sociedade:
Cruel e mesquinha,
Porque simplesmente,
Não nos moldamos de acordo –
Com certos trejeitos,
Também em conceitos.
A verdadeira face,
Pode ser tão desfavorável –
Quanto a de algum algoz.

Por isso,
Em pleno século XXI -
Moldados pelo falso moralismo,
Deturpado com o capitalismo –
Mergulhados no egocentrismo.
Seres marcados pela insignificância,
Expostos e ridicularizados,
Em rodas de panelinhas.
Fomentados pela ganância exacerbada,
Do poder monetário –
Onde não visam os reais valores.
Seres decrépitos,
Desdenhados pelo sistema.

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