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domingo, 27 de julho de 2025

Movimento quântico

 

Ondulações  -

Oscilações  -

Elevações  -

Movimentos quânticos,

Ressonância magnética, 

Valores reconstruídos.


O lado oculto da existência,

Mais enigmático. 

A dualidade do sobrenatural, 

O convite para o despertar. 

A busca frenética pela ascensão, 

A falta de conscientização. 


A estrada é longa,

No caminho árduo. 

A fuga através das distrações, 

É o momento de fechar os olhos.

Refletir o que está dentro, 

Em nossa própria essência. 

E não colaboramos com o vazio alheio,

Nessa grande imensidão. 


Há o que cooperam para tal realização, 

Como também os que ignoram os sinais.

Cada vez mais claros,

Avistamentos não mais raros.

Do joio ao trigo a separação, 

As máscaras caindo, triste constatação. 

Quem seria para proteger, vem a omissão, 

Em nenhum,  o ponto de intercessão.


Na almejada concepção de vida,

Para convivermos com a abundância. 

O que encontramos os frutos da intolerância, 

Rasgando o véu, flamejantes em vermelho. 

O reflexo obscuro no espelho, 

O novo se tornando velho. 


Qual é a linha tênue,

Da proteção ao mergulho de cabeça?

Sem nenhuma regra,

Do acolhimento uma palavra. 

Isso não é o poder da permuta,

Por outro ângulo,  a disputa.

De modo disfuncional,

Sem exceções,  muito normais.


O livre arbítrio,  colocado à prova,

Um pequeno erro,  o retrocesso. 

Para quê o progresso?

Retornando ao início, 

Sem alcançar a chegada. 

A mente perturbada,

Inconscientes vícios. 


Este é o retrato do século XXI, 

Almejamos outras dimensões, 

Sem sabermos lidar com a densidade. 

Uma geração influenciável,

Sem vontade própria. 

Convivendo na própria órbita, 

Não prestando atenção o que ocorre ao lado.

Vigiando o único umbigo, 

A empatia mais fria.


Para quê encontrar a evolução?

É um tanto aterrador.

Frases volúveis, 

Trazendo sofrimento e dor,

Quando finalmente,  vivenciaremos o amor?


sábado, 26 de julho de 2025

Salve a Natureza


Resiste a Natureza,

Em meio ao caos de nossa intolerância. 

O objetivo é a devastação, o ser humano, 

Não consigo ver a mudança de plano.

Na desordem do Congresso,

Vivenciamos o retrocesso. 

Imposto pelo capitalismo, 

Promovendo o vandalismo. 


O farfalhar das asas dos pássaros, 

Presenteando-nos com o seu canto.

A algazarra pela manhã, 

Qual é o espanto?

Nas estripulias, fazendo graça,

Observando-os pelas janelas.

Ou no banco da praça,

Lindas aquarelas. 


A resiliência entre o asfalto e a fumaça, 

Cortina vista do chão ao céu,

Estrondoso escarcéu. 

Se não mudarmos a perspectiva, 

De desalinhado pensamento.

Não haverá expectativa, 

Para o nosso desenvolvimento. 


Quantas chances desperdiçadas,

Indo por água à baixo.

Esvaindo-se o ouro branco,  límpido,

Misturando-se ao esgoto,

Sem o menor cuidado. 

Iminente chuva tóxica, 

Em meio à essa loucura. 

Será que teremos abrigo,

Desintegrando tudo?


Talvez não sobreviveremos a tais absurdos,

Aos desmandos de Estados volúveis.

Tornando-se desnecessárias as leis,

Em conchavos, famigerados viés. 

O povo sem educação, 

Principalmente,  a ambiental.

Enriquecendo os cofres, primordial,

No atalho do sobrenatural. 


Os animais,  pequenos seres vivos, 

Sofrendo terríveis consequências.

Cadê a compaixão,  falta de consciência, 

Em destaque políticos obtusos.

Empurrando goela abaixo a destruição, 

Exterminando qualquer possibilidade de vida.


É frustrante a longa caminhada, 

E não dar em nada.

Agarrando-nos à qualquer fio de esperança, 

No anseio de nossas almas,

Sem o menor resquício de calma.

Indeterminadas são as escolhas,

Pela falta de recursos.

Os rios secando, perdendo o curso,

Nada de natural,

 Não me leve à mal.


É  lindo viver o momento presente, 

Mas os próximos dias,  estão logo ali.

De braços cruzados,  estamos aqui,

Desejando um grito de regeneração. 

Com urgência,  é preciso transmutar o quadro, 

Da falta de oxigênio, 

Ao chegar à esta conclusão, 

Não precisa ser um gênio. 


Não somos os únicos habitantes –

Do Planeta Terra. 

De seres racionais,

Não possuímos este privilégio. 

Contestável sacrilégio, 

Sem argumentos ou refúgio. 

Mutáveis como uma doença, 

Devastando tudo lentamente. 

Somando um rastro de morte,

Cheiro de poluição, 

Exalando por toda parte.

Em atos inconsequentes, 

Cadê o poder da persuasão?



Salve a Natureza!


sexta-feira, 25 de julho de 2025

Renato Russo - A fonte inesgotável (27/03/1960 - 11/10/1996)



A música desde que me entendo por gente, sempre foi um ingrediente indispensável para o meu desenvolvimento pessoal, principalmente,  para a essência.

O Rock n’ roll foi algo que despertava a minha atenção ressoando com a alma e, não identificava bem os sentimentos,  em uma época quando não sonhávamos com a era digital, esse amadurecimento veio com o tempo.

O acesso à música era escasso, chegava através da televisão.

Quando aparecia a imagem do então rei do Rock: Elvis Presley, alguma chave virava em meu ser ascendido.

***

Em um lugar não muito distante,  quando ainda não era nem nascida, na também jovem capital do Brasil, outro brasileiro inconformado com a situação política buscava o seu lugar de pertencimento,  motivado pelo bom e velho rock n’ roll extravasar toda a sua revolta e indignação com o seu jeito autêntico e, por que não excêntrico? Porém,  verdadeiro e repleto de potencial, desafiando a todo um sistema.

Afinal, o que está entranhado neste gênero musical, senão a transgressão,  usando a sua força no movimento punk Rock da época para desmascarar toda uma hipocrisia que infligia o mínimo de decência humana, atos de rebeldia.

 
Este mesmo jovem era apaixonado por livros e música, alimentando dentro de si a revolta que motivava e fazia com que outros pensassem que poderíamos viver livremente, enxergando o Brasil como um país igualitário, sem a mordomia para os mais abastados, enquanto,  a maior parte da população sofria (sofre) com o descaso e desmandos até os dias atuais.

Os anseios desse jovem vinham impregnados em suas falas de efeito, com frases sarcásticas, não somente para ele, como também para que toda uma população tenha a oportunidade de possuir as devidas condições de viver em uma realidade totalmente diferente, não somente no Brasil como no Planeta inteiro, uma nova consciência de vida, decentemente com educação,  saúde e segurança,  os direitos básicos.

 
Ao mesmo tempo em que interagia com o público e seus fãs:

“QUE PAÍS É ESTE?”

Buscando uma autêntica reflexão.


Também dizia:

“QUERO TER ALGUÉM COM QUEM CONVERSAR,

ALGUÉM QUE DEPOIS NÃO USE O QUE EU DISSE,

CONTRA MIM...”


Talvez este fosse um reflexo do regime da Ditadura imposta no país,  o medo de sofrer com as suas consequências e desmandos.



E quando cantava:

“O BRASIL É O PAÍS DO FUTURO!”


Em um de seus shows ele protestou, dizendo que o Governo gastava mais com propagandas do que comprando comida para quem mais precisava.


Em pleno ano de 2.025, pergunto-me:

Por onde andará este país do futuro?

Porque a todo instante percebo o retrocesso no qual mergulhamos, com leis retrógradas, com a ameaça nazista se inflamando por todos os lados.


Como será que aquele jovem pensaria hoje?


Os anos se passaram...

A Democracia voltou a reinar em nosso abençoado e ensolarado país.

Ou teria sido apenas uma cortina de fumaça para acobertar diversos e cruéis crimes?

Iludidos com dias mais leves, meses e anos contemplando uma conquista em que para a termos muitos tombaram nos anos de chumbo, ou exilados para não sucumbirem às intempéries hostis.

Mas que de alguns anos para cá a sombra obscura daquele velho tempo voltou a pairar sobre as nossas cabeças como um anjo da morte querendo arrancar o que mais de precioso possuímos: A liberdade.

Acredito que nem tudo de fato é realmente o que nos é retratado e, apenas muda de figura, dando-nos o que tanto almejamos para deixar o povo satisfeito e eles continuarem as tramas sórdidas por debaixo dos panos.

Por mais que atravessamos uma etapa mais difícil (2.019 – 2.023) que,  infelizmente coincidiu com o período da pandemia da covid-19, trouxe-nos  graves consequências.

Portanto,  em 2.023 conseguimos virar este jogo, mas o iminente perigo não cessou trazendo consigo graves ameaças que perduram até o momento presente, deixando resquícios de ódio  e intolerância,  uma crescente guerra de egos, instaurando uma guerra civil em meio à população mais fragilizada.

Em um lugar onde somos completamente atacados por todo o viés, omissão, descaso com a saúde e a falta de preservação do meio ambiente - Aos periféricos, gerando a gentrificação.

Literalmente o pobre não tem vez, deixando bem claro uma segurança de extermínio, lugar no qual somos julgados pela simples maneira de sobrevivermos em pontos vulneráveis da cidade, ainda pelo tom da pele.

O status não vem pela educação,  cercados por todos os lados, sem o poder da escolha,  o valor se mede por aquilo que se tem, ou seja, nada!

A favor de uma geração,  colocando a sua voz ativa de protesto foi e sempre será potente diante das mazelas de governos cada vez mais omissos, diante da polarização que nos permeia por uma sociedade pautada no egoísmo, com a qual a valorização da educação é colocada em cheque.

A sua arte denunciava, cobrava, questionava de uma forma poética e potente, em que os versos estarão sempre atuais, pontuando o que há de mais perverso nesta política nefasta.

O que mais desejou foi um país crítico e politizado,  antes de tudo consciente!

“VAMOS CELEBRAR A ESTUPIDEZ HUMANA,

A ESTUPIDEZ DE TODAS AS NAÇÕES...”

A métrica de sua poesia e música ressoam vivos e pulsantes nas vibrações de ferramentas com a resistência do Rock.

Ele ousou ser um ser humano incrível, autêntico, determinado e sem medo de ser quem realmente se é,  almejando o melhor para a família, amigos e, demais brasileiros.

Em seus sonhos...

Nas entrelinhas...

Por entre escudos e espelhos –

Jamais se calaria.

Com a força destemida do Aborto Elétrico com a junção da Legião Urbana os seus fãs não o ignorariam.


Antes de tudo só queria viver um amor, em que pudesse ser enxergado como realmente era diante à sua opção sexual e, isso não é demérito para ninguém, pelo contrário, nunca se escondeu, demonstrando senão, somente o amor.

Os sonhos...

Sonhar era a sua arma mais significativa.


Esse jovem floresceu em meio à Ditadura, em que desejava apenas viver os sabores e dissabores da liberdade.

Como observo os jovens contemporâneos convivendo em um ambiente totalmente permissivo, mas com o perigo do Estado ou não sempre à espreita esperando o momento oportuno para dar o bote.

Em suas entrevistas e/ou em meio aos seus shows orientava a plateia composta por jovens e adultos subversivos a construir um raciocínio lógico regido pelo amor, ternura e esperança, mesmo em meio a todo caos e manipulação.

“É PRECISO AMAR AS PESSOAS,

COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ.

PORQUE SE VOCÊ PARAR PARA PENSAR,

NA VERDADE NÃO HÁ...”

Infelizmente,  a Legião Urbana teve um período curto de quatorze anos, de existência.

O seu idealizador não era e, sim, é uma alma cativante que, mesmo em um período turbulento da História do Brasil soube ser criativo,  contestador e desafiador, dando a cara para bater, inspirando tantos indivíduos com a sua força motriz, eternamente magistral... Aqueles que desejavam viver mesmo em um dos momentos mais conturbados.

Se as gerações que já passaram por aqui, após a sua partida, o conheceram, não sei. Mas de uma coisa tenho certeza: Vale à pena para os que estão aqui e, principalmente,  para esta e próximas gerações beberem dessa fonte inesgotável de inspiração.

Renato Russo não é apenas um rockeiro delinquente,  visto como um marginal em seu período punk Rock.

Ele é o motor que move toda essa engrenagem que nos leva a pensar e nos leva a ter um nítido raciocínio, não deixando que o façam por nós. É necessário tomarmos as rédeas.

Hoje me ponho a pensar:

Como seria não somente o nosso país,  como o mundo inteiro em pleno ano de dois mil e vinte e cinco ao modo Renato Russo de ser?

Talvez amaríamos sem medo, lutaríamos com mais poesia, sofreríamos com dignidade e esperaríamos mesmo na dor, por dias melhores.

Vários conflitos ao redor do Planeta, 

Iminências de guerras...

E Renato Russo pedia para não deixarmos a guerra acontecer, com ameaças de ataques nucleares, ogivas, sem falar em nossa guerra civil. Porque  uma bala quando não atravessa um corpo, ela provoca um ataque de pânico ou cardíaco, fatal!

“SOMOS TÃO JOVENS!”

Apesar de tudo...


“NUNCA DEIXE QUE NÃO DIGA,

QUE VALE À PENA,

ACREDITAR NO SONHO QUE SE TEM.

OU QUE SEUS PLANOS NUNCA VÃO DAR CERTO 

OU QUE NUNCA VAI SER ALGUÉM!”

A cada etapa é uma batalha, uma luta a ser vencida.

“SE O MUNDO É MESMO PARECIDO COM O QUE VEJO,

PREFIRO ACREDITAR NO MUNDO DO MEU JEITO. “


É com esse trecho que me despeço deste texto  porque se fôssemos falar de sua obra no total, levaríamos uma vida inteira.


À Renato Russo

Toda a minha gratidão,

Por sua poesia e garra que nos permite sonhar.

E dedico este texto à minha irmã Luciana,

Também muito fã da Legião Urbana,

Mas que em outubro de 2.000, realizou a sua partida.

 

🌟

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Intenso coração

 


A intensidade  -

Esta me fascina,

Encanta-me feito menina.

Embora, o conhecimento, 

De ser tão aleatório,

O quanto é ilusório.


Sou desperta,

Não gosto daquilo que é raso.

Faço parte da Natureza, 

Entranho-me em suas raízes –

No mais profundo. 

Buscando respostas, 

No cerne da alma. 

Emergindo como a larva,

De um vulcão em erupção. 


O silêncio  -

De mãos dadas com os pensamentos. 

A mente  -

Em constante ebulição. 

Os versos –

São os frutos dessa condição. 


Ressoa sem gritos,

Pelas ondas quânticas.

Provocando atritos,

Por outras dimensões. 


Compreender não é fácil, 

Este jeito estranho de ser.

Transparecendo o modo frágil,

Neste constante jogo inefável. 

Atirando-me de cabeça. 

Na falta de encaixes das peças.

Movendo as engrenagens,

Para não enferrujar, miragens. 

Mergulhando no mar da imaginação, 

Arrefecendo o ar.

Desfazendo qualquer caos,

Em meio ao turbilhão,

Desse desatento coração. 


segunda-feira, 21 de julho de 2025

Carta para a humanidade XXX


Um dia letárgico,

Uma miscelânea de sentimentos. 

Vontade de ficar quieta em meu canto, 

Cumprindo o que me cabe, o papel.


Não tenho receio, por ser uma pessoa desperta,

Pelo contrário,  somente gratidão.

Mesmo possuindo  dificuldades em minha visão física,

Não sabe o quanto é magnífico,

Enxergar e perceber aquilo por menor que seja,

Que para a grande maioria se passa desapercebido. 


De alguma forma o que me for permitido, 

Quero contribuir com algo satisfatório para o mundo. 

Embora, não tenha a total dimensão,

De fato do que realmente aconteça. 


Estou aqui para aprender,

Transmutando toda essa realidade densa que nos rodeia.

A humanidade está cada vez mais adoecida, 

Perdida em vícios e ilusões que não nos levam à lugar nenhum,

À não ser a beira do precipício. 


No entanto,  a realidade se mostra obscura,

Repleta de fumaça e odor fétido invadindo as nossas casas.

Assim,  como a minoria clama,

A Natureza também agoniza por nosso destempero. 


Se em algum dia sairemos desde ciclo vicioso,

É apenas uma incógnita. 

Que vai nos fragilizando aos poucos um grande enigma,


A Paz é um desejo constante, 

Transparecendo as inverdades. 

Como se nada fosse concreto, 

Incutindo o medo e o desespero. 


Há um grande anseio para o arrefecimento da densidade,

Fortalecendo o elo com o Divino.


Sejamos luz!


domingo, 20 de julho de 2025

Escolhas aleatórias


 

Nada depende dos nossos desejos,

Do que realmente poderia ser feito. 


Os fatos se dão como ocorrem mediante à escolha de terceiros, 

Independente de seus papéis  -

E padrões adquiridos. 


A sociedade em seu total declínio, 

Uma luta acirrada entre o bem e o mal.

Neste enorme novelo,

Cada vez mais emaranhado. 

O espírito de psicopatia acometendo ciladas,

Ressoando baixas vibrações –

Almas desamparadas.

Atropeladas pelos extremos,

Sem direito à confraternização. 


A vida é pautada em dias condensados,

Onde não possuímos valia,

Nem tão pouco serventia.

Um enorme tabuleiro de xadrez,

Na qual são trocadas as peças.

Mórbido jogo de interesses. 

A arte de não mais ser útil, 

Simplesmente jogado fora.

Feito um móvel qualquer, 

Acumulando poeira. 

O inadequado desgaste,

A ação do tempo –

Quanta loucura.


Aqui jaz os devaneios em desconstrução,

De uma essência pequena. 

Ao redor, nessa turbulência, 

Não há o menor sentido de empatia. 


É tudo tão aleatório, 

A mente em looping -

Pensamentos sem conexão. 

Uma miscelânea, 

Um amontoado, 

Talvez um turbilhão.

Magistral tornado,

O apocalipse –

Queda livre, a grande espiral.

Nos momentos de magia, elipse, 

Livramento ao modo natural.


sexta-feira, 18 de julho de 2025

O poder apocalíptico

 


Jogadas na Internet as distrações, 

Fake news,  a intolerância. 

Nas redes,  diluídas comoções,

Alienados pela ignorância. 

Turbinando as manipulações, 

Alta demanda de interações.


Colocando em risco a população, 

Gazes tóxicos, deliberada poluição. 

A olho vistos, pelas janelas, 

Vidros embaçados, nenhuma aquarela. 

Más notícias verdadeiras,  diante da tela,

Espelhando horizontes de destruição. 


A humanidade em pé de igualdade, 

Afundando-nos neste mar de lama.

Quem sabe,  areia movediça, 

Condenando a Natureza, vil injustiça. 

Gritos ecoam, nesse velho drama, 

Qual o fundamento,  na triste realidade?


Onde estarão as perspectivas de vida,

Diante de tal retrocesso,  realismo?

Prezando os interesses governamentais, 

O poder apocalíptico do capitalismo. 

Ignorando estatísticas,  antigos anais,

Escancaram a fome e o lamento,  dívidas. 


Nesses parâmetros,  inexistente progresso, 

A devastação em largos passos.

Transmutando-se o oxigênio,  artigo de luxo,

Aos menos favorecidos,  restarão o lixo.

O chorume escorrendo pelas portas,

Abrindo-se rios, sem compotas. 


No futuro próximo, dolorida realidade, 

O homem no papel de algoz, perversidade.

As queimadas em rastros, a Terra dizimada,

 A fauna e a flora sempre ignoradas.

Sem chances para as próximas gerações, 

Se não mudarmos com o Planeta,  as relações. 





quinta-feira, 17 de julho de 2025

Alta percepção


O silêncio na mente –

O eco no âmago.

O poder da percepção  -

Elo com o Eu Superior. 

O sagrado e divino,

A mortalidade em harmonia. 

A leitura extrassensorial,

Arrefecendo o véu do esquecimento.

Caindo as máscaras, 

Percebendo atitudes,

Além das palavras. 

Enriquecimento das habilidades, 

Tomando nota do velho.


Fazendo-se presente a desumanidade, 

Aos mais pobres à perseguição. 

A misoginia em alta escalada,

Portais de outras dimensões, 

Mulheres ameaçadas. 

Sem nenhuma ou mais reações, 

A ignorância em debandada.


O alto escalão, 

O caos em promoção. 

O  “Eles” por todas as partes,

Com tentáculos e ramificações. 

Dividindo-se entre direita e esquerda, 

Proliferação do mal.

Abrindo várias chaves,

Determinando as articulações.

Famigeradas participações, 

Contaminando os entraves. 


Cada qual com o seu papel,

Espalhando o escarcéu. 

No efeito manada,

A total polarização. 

Atingindo o vil objetivo, 

Criando várias teorias da conspiração. 

Gerando dúvidas, 

Também retaliações. 

Com o único intuito, 

De criar falsas resoluções. 

Nesse teatro sórdido, 

Onde o que manda são as maquiagens.

Feito um jogo infantil, 

Repleto de traquinagens.


Fingindo falso moralismo, 

Impondo o realismo.

Entre o palco da mídia,

E os tapinhas nas costas. 

Nas infames confraternizações, 

Cheio de más intenções. 

Recebendo as mofadas migalhas,

O restante da população.

Como prêmio a gentrificação,

O alvo na pele marcado.

O retrato da desumanização, 

O preto, pobre e favelado. 

Não valendo um centavo furado.

Na alça de mira,

Seja de qualquer governo. 

Do legal ou não legalizado,

Prevalecendo  a corrupção.


Só mais uma vítima inocente,  

Desse Estado descrente.

Tombando na mira do fuzil,

Ou sofrendo cruel injustiça. 

Dentro de casa ou na pista,

No hospital a omissão. 


De tudo isso qual é o propósito?

A favela a nova senzala, o depósito. 

Virou gourmetização,

Os ricos fazendo passeios,

Descobrindo o outro lado da moeda.

Por entre becos e vielas,

Os noticiários escancarando a crua realidade.

Para quê tanta rivalidade?

Talvez fruto do desamor,

Ou  a falta de oportunidades. 


Ainda há uma longa estrada,

O livre arbítrio  -

Faça de dois gumes.

Uma dádiva,

Ou do homem o próprio algoz.

Destruindo o que há pela frente, 

Agindo de modo descrente. 

Das duas: Uma!

Qual é a melhor opção?

De refazer outro caminho,

Com mais flores e menos espinhos,

Indo na contramão da destruição. 


O silêncio é a melhor resposta, 

Distante dessa Torre de Babel.

Onde cada um tem a sua opinião, 

Frases feitas na ponta da língua. 

Legitimando cruel condição, 

A virada da mesa está na ascensão.

Co-criando outro mundo,

Diante da estagnação. 


sábado, 12 de julho de 2025

Carta para a humanidade XXIX


 

Mais um dia...

Ou será, menos um dia,

Aqui no Planeta Terra?


Nessa miscelânea de correria e melancolia diária, 

E estamos, a fim de compreender o que de fato realmente acontece.

Talvez esse seja um desejo equivocado, 

O qual nunca o alcançaremos -

Um segredo proibido para os simples mortais.


O ser humano se acha muito presunçoso, 

Acima do bem e do mal.

Com a ideia e ideais que podem ser mais,

Ledo engano –

Destruindo-se por si só. 

Principalmente,  o de subjugar ou aniquilar,

Aquele que julga mais fraco.

Isso vai além de toda e qualquer entendimento,

Não é apenas um passatempo. 


Tudo não passa de uma quimera, 

Uma ilusão que nos move,

A buscar sempre o pertencimento do capitalismo. 

Querendo usufruir mais do que as nossas possibilidades,

Fomentando uma cultura de ostentação. 

Enquanto,  a Terra está cada vez mais devastada,

Sem o mínimo de cuidados, 

Por seus Governantes –

Esgotando-se os recursos naturais. 

Para quê cofres abarrotados,

Que de nada valerá o dinheiro?


Uma parte da humanidade está desperta,

Enxergando além do que esta velha máquina da manipulação, 

Impõe-nos totalmente fora do padrão.

Já passou do tempo de revermos antigas estratégias,

Para continuarmos a povoar o Planeta Terra.


Tudo ressoa fora da órbita do discernimento, 

A guerra do ego e a ambição,

Galgando novos patamares.

A polarização e a gentrificação,

Gritando pelos quatros cantos –

Disseminando o caos constante. 

A perseguição,

Ultrapassando qualquer linha delimitada.


Não me diga que os alarmes não estão ligados?

Ecoam estridentes  -

Chamando atenção para os ataques iminentes.


Há um chamado para o despertar coletivo, 

Mas estamos condicionados,

A viver pelo medo e desespero. 


Acordem!

 

Sejamos luz!


sexta-feira, 11 de julho de 2025

Crônica de 10/07/2.025


 

Não quero pensar muito...

Ainda mais nesta sociedade fria que nos rodeia.

Sem um pingo de acolhimento, 

Cobrando rótulos,  

Desejando colocar todos em gavetas.

Classificar-nos como aptos ou não aptos –

De uma extrema perseguição. 


E, no meio dessa colônia de Babel,  

Onde excluem aqueles que não pensam iguais.

Agora eu te pergunto:

- Qual é a graça ser mais do mesmo, deliberadamente um par de jarros?

Se a grande novidade é o novo,

O diferente em sua total energia positiva.


Quero o novo – O surreal -

Onde podemos harmonizar os pensamentos.

Em troca de um bem comum,

E, não monopolizar beirando o ridículo,

A prepotência humana. 


Quantas chances perdemos de conhecer pessoas incríveis?

Quantas vezes desperdiçamos sem ao menos nos darmos conta do extraordinário bem próximo,

Sem fazermos menção de nos levantarmos.

Ou promover qualquer movimento para que isso possa vir acontecer,

Somos fadados à permanecer em nossa zona de conforto.


O nosso potencial é muito delimitado, 

Há sempre a ofuscar a nossa visão uma contínua de fumaça. 

Como também existe o outro lado,

Oferecendo uma translúcida perspectiva de vida -

Basta com que saibamos explorá-la com inteligência. 

E desse modo, possamos reconstruir outro cenário mais abrangente,

Nem tudo o que nos é oferecido, 

Deve ser contemplado como algo comum.

É preciso que a humanidade possa cessar e repensar as atitudes, 

De um modo mais abrangente e menos sutil –

Cada vez mais destrutivas, pensando apenas em uma minoria –

Para os nossos irmãos, 

Com o pé de igualdade.