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terça-feira, 10 de maio de 2022

Estado sem limites


Um olhar atento –
Olhos bem abertos,
No meio de sentimentos –
O deserto.

Uma busca implacável,
Pelo impossível.
Se sobreviveremos ao caos,
Um tanto quanto inacessível.

Castelos construídos na imaginação,
Desmoronando com a ilusão.
Imperfeições em meio aos sonhos,
Pedras e mais pedras.
No caminho –
Também existem os espinhos.

Invisíveis neste jogo de poder,
Cartas marcadas –
Almas vendidas –
Outras tantas destroçadas,
Em um duelo nefasto de  prazer.
As peças se mexendo à revelia,
A injustiça mostrando a sua cara –
Sempre mais debochada.
A nossa na mídia – Esbofeteadas,
Uma vergonha nacional.
Passando vergonha,
Para qualquer gringo ver.
Destroçado o patriotismo,
Um vil realismo.
As cores da bandeira,
Perdendo todo o seu significado.
A Pátria se escondendo –
Modo aleatório.
À olhos nus ressurgindo cruel Estado,
A justiça deixada de escanteio.
A moda se transfigurando –
Moderno coronealismo.

Em pleno século XXI,
Onde a banalidade toma conta –
Feito erva daninha.
Olho por olho,
A base da bala – Voando solta –
Sem o menor resquício de discernimento.
Dessa maneira,
Não sabemos aonde vamos parar.
Pregando –
Realizando a extinção em massa.
Gradativamente nos perdendo,
Sem o menor consenso.

O bandidismo em todas as esferas,
Não há mais a linha invisível –
Entre o Estado e o poder paralelo,
Misturam-se!
Em quem devemos confiar?
Entregues ao Deus dará,
Fomentado sem nenhuma condição.
O simples –
O menos importante.

Vivemos perplexos,
Sobrevivemos à mercê da violência.
Em nossa porta batendo a intolerância,
Um governo visivelmente desmontado.
Onde o pobre não mais pouco a pouco,
Mas em ritmo acelerado –
Vai perdendo os seus direitos.
Aumentando mais os deveres,
Principalmente, subjugados.
A cada dia alimentando a fome –
Por impostos.
Saúde, educação e dignidade,
Deixados de lado.
Corpos vilipendiados –
Jogados de um lado para o outro,
Sem alguma condição.
Indiferente Estado,
Não cuida de quem precisa.
Saciando a sua gula –
Por injustiça.
Devorando quem ultrapassa os limites,
Atos infundados.
Aguardando alguém –
Ou uma força maior –
Que os delimite.

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