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segunda-feira, 2 de maio de 2022

(De)composição

 


A vida deu uma cessada...

Um slow na correria do dia a dia.

Coisas importantes foram adiadas, deixando em seu lugar o que é primordial –

Valores que há muito tempo foram deixados de lado –

Impondo-nos a um retrocesso.

Os dias corriam velozes...

Não dávamos conta  dos acontecimentos em nossa volta, emoldurados pelo egoísmo.

Os momentos simples perderam o seu contexto e deixados de lado.

Nunca tínhamos tempo de olhar para o próximo.

Não possuíamos  essa percepção e nem sequer percebíamos  o nosso erro...

O que é essencial.

Quando de um momento para o outro, tudo mudou!

Parecíamos tão distantes e blindados da ameaça.

Mas sem ser convidado o terrível mal se aproximou, provocando uma reviravolta e nos colocando em nossos devidos lugares.

O que mais precisamos para continuar trilhando o caminho da sobrevivência é procurar nos mantermos moldados com o espírito da solidariedade.

O ser humano está mostrando mais afeto para com o próximo...

Estávamos acostumados com a correria –

No processo interminável de produzir –

Com a escassez do tempo para realizarmos coisas mínimas.

Agora não sabemos o que fazer com o tempo que nos sobra.

Infelizmente existem aqueles, que não são poucos, que não estão nem aí, não estão acreditando na dura realidade que nos cerca, neste momento de crise. E que de um momento o jogo pode virar -

O que é felicidade passa a ser tristeza.

Enquanto, famílias choram por seus entes queridos, que não tem nem a chance remota de uma despedida, estão em meio às comemorações.

O tempo é de reclusão...

O mesmo tempo de reavaliarmos as nossas ações.

Estamos envoltos numa cortina de fumaça, em meio à uma guerra, lutando contra um inimigo invisível, que dissemina o caos em sua volta -

E é algo tão contraditório!

Anos atrás, lutávamos em meio à mísseis e bombas nucleares.

De repente, a natureza se volta contra nós, mostrando-se implacável, já que nesta guerra, ela não decide em qual país irá contra atacar.

A sua arma é pequena e eficaz, usando o próprio ser humano como fio condutor em sua devastação.

E para acabarmos com essa ameaça só há um caminho: A união de todos os povos usando e usufruindo de conhecimentos adquiridos durante a crise em prol de um mesmo intuito, o que seja de salvar vidas.

Para haver essa unificação, todos deverão estar em uma mesma sintonia vibratória, independente de sua raça, credo, cor ou religião.

Mortes serão inevitáveis –

O aprendizado ficará.

Cabe a cada um fazer a sua parte –

Neste período é necessário a união.

Em meio à (de)composição.


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