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domingo, 20 de outubro de 2024

Desordem dos compassos



Em um lugar turbulento,

Prevalece o caos. 

Sigo tranquila,

Feito nau a deriva. 

A favor da correnteza,

Sem um porto.

Co-crio a segurança, 

Na essência. 

Irradiando a simplicidade, 

Inconstante felicidade. 

Oscila as batidas do coração, 

Para quê agir com a emoção, 

De quem sempre dá recado –

É a razão?


Sem problemas,

Sigo flutuando por calma  águas.

Um passo de cada vez –

Sempre existirá um talvez,

Pairando solto pelo ar.

Distingue a desordem dos compassos,

Ou culmina em um arremedo qualquer. 

Em primeiro lugar, a proteção, 

Incerta é a diversão. 

Contemplada com a densidade, 

Que logo se refaz.

Na terceira dimensão,

Arruina os castelos da imaginação. 


Quem foi que criou o certo ou o errado?

Quem distinguiu as cores?

Também os sabores e os dissabores?

Ainda o conceito do que é a verdade?

Nesta imperfeita realidade. 

Um lugar que na praticidade, 

Querendo ou não se torna volúvel. 

A inclusão se dá pelo o que se tem,

E não pelo o que se é. 

Se for diferente, 

Pensamentos divergentes.

Somos colocados na gaveta da exclusão,

Não há condição. 


Qual é a glória de ser igual?

Onde tudo se torna monótono, 

Sem expectativa do extraordinário. 

Parado e extremamente solitário, 

Mesmo estando acompanhado. 

Não há nenhuma graça nisso,

Constante desperdício. 

Com a magia da surpresa,

Arrancando sorrisos fáceis.



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