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terça-feira, 22 de outubro de 2024

Carta para a humanidade XVIII


O que nos resta para os próximos dias,

Se continuarmos a agir da maneira de sempre?

- Não sei o que realizamos para tal feito. 

Como?

Destruindo a tudo, 

E à todos que encontramos pela frente. 

Em algum momento,  não sobrará nada!

Nem mesmo um fio de esperança para a reconstrução. 

O ser humano é perverso,

Com traços de psicopatia.

Possuímos a triste mania de queimar, 

E dilaceramos tudo!


A engrenagem da destruição, 

Nunca cessa de se movimentar. 

Não importa quantas vidas,

Ou a quantidade de sangue a jorrar pela sarjeta. 

Desde o início da história, 

Vestimo-nos de rolo compressores.

Esmagando pequenos seres,

Destruindo lares,

Desmatando e devastando florestas –

Transformando-as cinzas,

Cemitério a céu aberto. 

Pelas leis da ordem e do progresso,

Cultivando a poluição, gás carbônico. 


Não se preocupe,

Teremos máscaras e cilindros de oxigênio, 

Suficiente para todos?

Claro que não!

As classes abastadas favorecidas,

Que queimarão milhões de cédulas -

Em troco de nada,

Ou por um pouco mais de vida.


Pouco à pouco entramos na rota da extinção, 

Governos fascistas –

Agindo piores do que os animais. 


A humanidade –

Passou do patamar da irracionalidade,

Há muito tempo,

Só não enxerga quem não quer.


Peles redes sociais, 

Comportamento cada vez mais idiotizados.

A quem prevalece tudo isso?

Manipulados –

Atrás de fake news.

Acreditam –

Aceitam –

O que já vem regurgitado. 

A manivela do pensamento –

Enferrujada.

Massa encefálica branca –

Ao bel prazer sovada.


Permitem chafurdar no lamaçal,

De olhos vendados –

Caminhando para a beira do precipício, 

Contentando-se com pouco.

Caindo no conceito, 

De maneiras abissais. 


Para quê se preocupar?

Ou se dar ao trabalho?

Munidos pela ignorância, 

Arrotando ataques desnecessários.

Transmutam o essencial, 

Em um completo nada.

Devorando-nos iguais à lobos famintos, 

Voltando-se contra os seus – 

Acreditam que não há limites.


Simplesmente,

Moldamos um futuro incerto,

Com as ferramentas em decadência. 

Sem o menor rancor,

Impondo o pavor. 


Salvam-se algumas exceções, 

Caminhando na contramão.

Iluminando a consciência, 

Refazendo os passos. 

Um a um –

Emitindo a transparência. 


Não importa o que aconteça, 

Os dias estão contados. 

A intenção é que a humanidade pereça, 

Em meio à reestruturação do caos.


Estamos no meio de um turbilhão,

No olho do furacão. 

Um lugar onde as palavras são jogadas ao vento,

O que prevalecem são as atitudes. 

Mesmo que haja um final drástico, 

Manter a mente aberta –

Levará-nos-a à outros patamares,

Por Infinitas dimensões  -

Por sutis ares.


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