Um duelo iminente -
Entre o sim e o não.
Qual dos dois será mais perspicaz?
Dando vazão à razão,
Neste misto de emoções.
Misturando-se –
Transformando-se –
Em um completo nada,
As reações se tornam neutras.
Para não pensar,
Silenciando a mente.
Eliminando as cores,
Promove dissabores.
Para quê sentir um turbilhão?
Em que os outros não estão nem aí,
Transmutam-se em um completo nada.
Interesses próprios,
Para quê levar em consideração os sentimentos?
Neste lugar –
Onde prevalecem as falsas considerações.
No contraponto,
Cessando os movimentos.
Inevitável a ostentação,
Ganha quem oferece mais.
Artifícios e jogos superficiais,
Uma ladainha constante.
Retratando o poder,
O fútil como arte de entreter -
Entregando-se à falsos prazeres,
Não sacia o deleite.
Quem é que se importa,
Com o que realmente é verdadeiro?
Transformando o mundo,
Em um grande puteiro -
Vendendo-se a troco de nada.
Desfazendo a beleza,
Destruindo a Natureza.
Para que nadar contra a correnteza?
No desejo de receber mais do que migalhas,
A falsidade rendendo prato cheio.
Enquanto, a verdade vive à míngua,
Acariciando-nos –
Aliciando-nos –
Devotados beijos de língua.
Estupidez mórbida escancarada,
Corpos nus, almas desfiguradas.
Nas vitrines das redes sociais,
De tudo isso, por detrás.
Perdendo-se o necessário,
Como refém a essência.
Sem o mínimo de displicência,
Sempre existirá o antagonismo.
Tão impuro –
Quanto a qualquer sacrifício.
Ritual de purificação,
Desproporcional inquisição.
Queimando-nos em pleno século XXI,
Cancelamento de qualquer um.
Qual é a meta?
Cheirando à enxofre e estrume.
Emburrecimento –
Agenda global.
A humanidade sem freios,
Descendo ladeira abaixo -
Idiotas servindo de capacho.
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