Triste realidade,
Travamos uma guerra interna,
Com a luz e o caos.
Na desordem urbana,
Batalha cotidiana.
Sem nenhum merecimento,
Uma herança maligna.
Afugentando a liberdade,
Distorcendo a verdade.
Em prol de interesses vis,
Danem-se os civis.
Vivenciamos na carne,
Sentindo na pele,
Uma obra de ficção.
O terrorismo estampado,
A qualquer momento.
Cidadãos reféns,
Diante de simples rotina.
O de ir e vir,
Cumprir os compromissos.
A cada dia mais difícil,
Dar o próximo passo.
Terreno conflagrado,
Estrada hostil,
Campo minado.
A qualquer momento,
O vento muda a direção.
Permanecemos ilhados,
Indigesta corrupção.
No segundo seguinte,
O fogo cruzado à ermo.
Tornando-nos alvos,
Em meio ao desespero.
Mais presente na vida,
A ansiedade.
Percorrendo o corpo,
Desfazendo a tranquilidade.
Fortes estampidos,
Prejudicando a audição.
Quem terá a empatia,
Ou a compreensão?
As cenas mais radicais,
Pura adrenalina.
Vertiginosa queda,
Digna de filme de ação.
Não é teatro,
Ledo engano, infernais.
Número de vítimas crescente,
O imperdoável sistema –
Máquina de moer gente.
A troco de nada,
Em nome da ambição.
Alicerçada fundamentação,
Promovem a balbúrdia,
Pão e circo.
Fingem apaziguar,
Inconstante panos quentes.
No final das contas,
Enfim, todos derrotados -
Um país inteiro enlutado.
Onde a Ordem e o Progresso,
É apenas uma frase de efeito.
O retrocesso, vigente feito.
A Pátria Mãe Gentil –
Que não mais consola.
Nas costas do homem de bem,
Quando não se é o fuzil,
Do coturno, a sola.
Pisoteando-nos amordaçados,
O de ter nascido, o maior pecado.
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