Quieta em meu canto,
Rabisco os meus rascunhos,
Na tentativa de saber quem eu sou –
Neste lugar.
São tantas questões,
Entorpece-me –
Arrefece o ar.
Transmutam-se os valores,
O que vale são os favores.
Interesses munidos pela permuta,
A gentileza perdendo o espaço,
Crescente desigualdade e disputa.
O que vivenciamos, os contrastes,
Da correria do dia a dia.
Sem a translúcida energia,
Meramente perda de tempo.
Apenas por ganhar alguns minutos,
O prazer de existir, diminutos.
Qual é a razão de ultrapassar os limites?
Se daqui nada levaremos para o além,
A não ser o contratempo.
O que realmente de pé nos mantém?
Reféns da violência –
Covardia circunstanciais.
Dependentes de um Governo omisso,
Alimentando os terroristas.
Para quê servem as leis?
Agindo de forma arbitrária,
Coação desnecessária.
Não há como ficar de boca fechada,
Ou permanecer neutro, nasce a revolta.
Quando a solução se dá de fachada,
Jogando por cima uma pá de cal.
Impregnando a falta de empatia,
Cada um lutando para sobreviver.
Em meio aos desmandos de quem é mais,
Crescente demanda, alucinação -
Será que em algum momento,
Haverá a sonhada salvação?
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