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domingo, 13 de fevereiro de 2022

Lucidez do âmago

 

É um cansaço –
Atordoa a alma.
Entorpece os sentidos,
Luta interna:
Entre a vontade de escrever,
E a dislexia corporal.

O que se passa,
Eu não sei -
Falta a compreensão.
Quero e preciso,
Ao menos um sinal –
Que traga respostas.

Tenho a necessidade,
De me expressar –
Através das palavras.
Imprimindo-as –
Em rascunhos,
Passando-as –
À limpo nos fichários.
O ritual diário,
Contextualizando o raciocínio –
Sem o auxílio de calendários.
O que importa,
São os sentimentos.
O meu vício –
A droga lícita –
Ameaçada de criminalização.
Passeia pelas veias,
Condensando a vida chata,
E sem graça ao redor.

Na falta da sutileza –
De alguns.
No exagero –
De questões capitalistas –
Dos demais.
Prendem-me –
O simples,
A delicadeza –
Dos acontecimentos.
E não momentos,
Que preencham  o presente.

É preciso a sensação:
De longitude –
De eternidade.
Marcadas com leveza,
Reverberando na essência.
Do primordial –
Nada efêmero.

A lucidez do âmago,
Antiguidade do ser.
Experiências translúcidas,
Regozijo de conquistas.

Transmuta o viver,
Através da gravura.
Transporta-me para algum lugar,
Revigorantes aventuras.
Quem sabe conhecido?
Divago pelas sensações,
Transcendendo em emoções.
Reconectam com os elos,
Não esquecidos.
Margeiam pela linha do sobrenatural,
A mente insana e surreal.

Por quantos lugares já percorri?
Vivenciando fatos –
Compartilhando da História.
Pequenos fragmentos,
Recomponhem-me.
Finíssimos fios condutores,
Imperceptíveis.
Recriando a ilusão,
Embora, mistificada.
Volitando –
Pela realidade e ficção.

É o modo de sobrevivência,
Nesta terra selvagem –
De utopia.

Abasteço-me –
Desfiguro-me em modo aleatório,
Desbravo o terreno hostil.
Sem perder o brilho –
Do que se faz essencial:
O jeito especial de ser.

Não pondero:
Se agrado ou não –
A alguém.
Ou ainda desagrado –
A maioria.

Não mais tem importância,
A não ser o bem estar –
Do próximo.

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