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domingo, 27 de fevereiro de 2022

Espaço - Tempo

 


Algum dia desejei das flores –
A leveza,
Mas o rio de lama, arrastou-me –
Em sua correnteza.
Por caminhos que desconheço –
Mostrando a dura irrealidade,
Na imaginação a beleza.
Nem sempre colhemos aquilo que plantamos,
Por terra se foram os planos –
Eventos de dualidade.

O que faço aqui por entre papéis?
Desenhando um mundo que não reconheço,
O multicolorido em meio a ilusão.
O despertar das sensações –
No corpo desejaria as reações.

Compreendo que podemos ser mais –
Apresentando-nos de maneira atrativa,
Subjugandos como simples mortais.
Promovendo os horrores de uma guerra,
As ponderações nunca fizeram parte do script.
Agindo pelo impulso – A falta de paciência,
Visando lucros exorbitantes.
Os anseios gerados pelas sugestões,
Inúmeras são as questões –
Sem o alcance de respostas,
Medidas pela força e poderio bélico.
Em um futuro promissor,
Façam as suas apostas –
Certezas inconstantes.

Estradas tortuosas –
Levam-nos à vários lugares.
Do contrário a realidade –
O anseio do sono –
O escape por algumas horas,
O repouso não significa o descanso.
A carne desperta maltratada – A ilusão,
Na percepção fora do normal, presente.

Não há a compreensão dos fatos,
O destino – Escolha do livre arbítrio.
Por vezes, nunca faz sentido,
Na incógnita, vivenciando o virtual.

Almejamos a satisfação,
Leva-la da melhor forma possível –
Em todos os sentidos – Aplausível.
Sinto-me perdida – Sem orientação,
A escrita como bússola.
Desfazendo alguns mistérios –
Acrescentando outros,
Acessando alguma dimensão.

Contatada –
Quem sabe não me reconecta com o verdadeiro eu,
Com tudo aquilo em que acredito?
Uma galáxia –
Ou outro planeta –
Ainda algo mais que faça sentido?

Aqui talvez seja uma passagem –
O momento para adquirirmos experiências,
Mostrarmos a essência da alma sob pressão.
Se caímos ou não em falsas tentações -
No entender da sensibilidade –
Um lugar para nunca mais retornar.

A humanidade é uma caixa de surpresas,
Sempre pronta para provocar –
Nunca sabemos o que encontraremos,
Ao olharmos através do espelho.
Convivemos com a imparcialidade,
A neutralidade na corda bamba –
Conflitos de interesses.
Alimentando a sanha da guerra –
A Matrix irreal e imperfeita.
Na luta extrema pela sobrevivência,
Prevendo o futuro das próximas gerações.

A invisibilidade desacreditada,
Onde não se é notada -
Apenas por interesses fúteis.
Os versos a adoração devotada,
Em meus sombrios dias, perfeita religião–
A indulgência de efêmera solidão.

Inconscientemente vagando pela Terra,
No subconsciente a busca incansável –
Em demonstrar o verdadeiro potencial.
Na quimera da ascendência capitalista,
Para de obter um cantinho sob o sol, o valor.
Do contrário, tratado feito marginais,
Sinto o “chicote” na pele –
Enigmático e surreal.

Cada um escolhe o seu modo de vida,
O meu grifei com marca texto.
Ser diferente, nas trilhas –
Quem sabe se os tracei?
Este é o essencial contexto.

Permanecendo o ensejo no âmago,
De aqui (na Terra), não mais voltar.
São batalhas e lutas a serem travadas,
A ansiedade no corpo,
A transmutação por mudanças,
Em crescente ascensão espiritual.

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